sábado, 1 de junho de 2013

Relato brevet 600km Susana

Querer, é poder!

Domingo que vem, dia 26/05, fará um ano e meio apenas que eu, Bruno, Leandro e Ruimar começamos a participar das provas de audax, e conseguimos conquistar pela segunda vez, o título de super randonneur!
Meu primeiro audax foi o 200 de Sta Cruz p/ Barros Cassal, dia 26/11/2011. Dia 02/09, daquele mesmo ano, havia passado por uma cirurgia, só ganhei alta médica em outubro, tive pouco tempo p/ me preparar, mas eu quis..., eu fui!
O 300 foi em Sta.Maria, e 400, e o 600, fizemos com a SAC



Esta ano, fizemos o 200 do Varzea ,200 de Bagé, 300, 400, e o 600 em Sta. Cruz!
Durante a semana passada, deixamos tudo pronto p/ esse 600.
Aí já começa a prova. A estratégia de escolher a roupa certa, nem demais , nem de menos, sempre pensando que tudo que for inútil é peso morto, e espaço morto, onde tu poderias levar uma comida a mais. Se informar sobre o roteiro, se existem vários pontos de abastecimento, se não tiver muitos, tem que carregar mais comida!
Planejar, onde vai dormir, se vai dormir...
Para mim, tenho que planejar tb onde meus filhos ficam, suas rotinas...
Com tudo pronto, sexta-feira, fechamos a academia as 21:00, jantamos e fomos dormir. Já estava combinado de irmos na combi do Muky até Sta. Cruz, saindo as 2:00 da manhã. Tinha muita serração no caminho, demoramos um pouquinho p/ chegar no hotel da largada, mas deu tudo certo! Todos estavam prontos, as 3:30 foi dada a largada!
Saímos em direção à Rio Pardo, em seguida dobramos antes do viaduto, em direção a Herveiras. Esse trecho, próximo de Vera Cruz foi um dos mais frios, mas a medida que pedalávamos, foi esquentando. A esta altura, os mais rápidos já ganhavam distância.Eu, Bruno,Muky, Adilson Geri e Aires Moreira formamos um peloton. Um pouco antes da subida de Herveiras, parei p/ tomar um remédio, estava com dor de cabeça por causa da renite ao frio que tenho, aproveitei p/ comer um choquito, e o Aires trocou as pilhas do farol dele.


Começamos a subir, foi diferente, as outras vezes que subi sempre era dia, agora estava escuro. Era bonito olhar p/ trás e ver as luzes dos colegas refletindo nos paredões. Pouco depois disto, o sol começou a se pronunciar, mas sem se mostrar.
Logo estávamos chegando no Paradouro Serrano. Lá tomamos um café, e um pastel, reabastecer as garrafinhas, de volta a estrada.Seguimos p/ Barros Cassal, paramos denovo, os guris queriam provar a torrada que eu havia dito que era boa! Logo após o trevo de Barros Cassal, furei um pneu, os guris me ajudaram a trocar. Seguimos p/ Soledade, uma leve constante subida , muita serração, mas a paisagem foi especial, e o pedal até que rendeu. Esse trecho tinha muito buraco!
Chegamos umas 12:30 no PC em Soledade, onde almoçamos, foi especial de bom! A dona do restaurante conseguiu dois absorventes p/ mim, sim isso mesmo!
Seguimos em direção a Arvorezinha, trecho bastante montanhoso, mas muito bonito.
Chegando no segundo PC, O Bruno comeu um abacaxi, eu um frukito, uns picadinhos que havia levado, e castanhas de cajú. Seguimos, sobe, desce, sobe, desce...sobe, precisava aliviar, não tinha banheiro, fui no "eucaliptus". Já estava escurecendo quando chegamos no descidão de 7km de Dr. Ricardo, foi alucinante, fiquei com um pouco de medo.
Lá em baixo, logo avistamos a ciclovia, seguimos por ela, quase no final, o Aires entrou num buraco na ciclovia, quebrou um raio, pensamos, e agora? Seguimos p/ o hotel Hengu, que era o PC de Encantado, nosso colega audaxioso Eduardo Etgeton veio lá nos dar um olá.. O Bruno lembrou do Escatola, que tb é ciclista na cidade, o pessoal do hotel conseguiu o telefone dele p/ nós, o Bruno ligou p/ ele, e não é que ele nos emprestou uma roda! Enquanto esperávamos, aproveitamos p/
comer um pastel, e dois cafés. Turbinados pelo café, saímos num ritmo forte até Lajeado, de lá p/ Teutônia, nossa city! Neste trajeto, cruzamos com o Faccin na estrada em dois momentos, em Arroio do meio, e em Teutônia. Chegamos no Hotel União, quarto PC, as 21:50. Jantamos lá, uma boa massa, salada, bife de frango. Fomos lá p/ casa, todos acamparam lá, tomamos banho, cada um o seu, demos uma dormidinha de duas horas. Já havia deixado as cobertas p/ o pessoal. As 24:30 levantamos, tomamos um café, 01:15 pegamos a estrada. Andamos uns 12km, começou a chover, colocamos capas de chuva, meio apreensivos, saímos.
Foi um longo, demorado, dramático caminho chuvoso... Era escuro, não dava p/ ver se haviam buracos, não rendeu... Antes de Venâncio Aires, foi a vez do Adilson furar um Pneu. Paramos num posto, alguns comeram, o Muky queria abortar a missão, mas logo se recompôs. Filamos um chimarrão do cara do bar. Seguimos p/ Sta Cruz, estávamos todos deprimidos. Chegamos meio abalados em Sta. Cruz, na entrada da cidade toca meu celular, era o Ruimar, estava acordando na combi, dormiu umas 7h, mas ah! Ele esperou p/ terminar a prova conosco, isso é que é parceria!
Não podíamos descepcionar, descidimos que depois de tanta ralação, tenteríamos terminar. Tomamos um café num posto, comi dois pães de queijo,fomos p/ a estrada. Dentro de Sta Cruz, um cidadão abriu a porta do veículo, derrubando o Muky, e quase o Ruimar cai por cima...
Bora p/ estrada, tudo alegria, o Ruimar foi puxando o pelotão. Paramos num mercadinho p/ abastecer .
Meus joelhos doiam muito! Tentava puxar a perna, mas doia de qualquer jeito. Volta e meia, passava um anti inflamatório no joelho.
Combinamos com a mulher do pesque e pague, que comeríamos uma massa na volta. Seguimos até o trevo de São Jerônimo, o qual deveríamos tirar uma foto p/ comprovar a passagem. Uns dez km antes, começou a chover. Paramos p/ colocar as capas novamente, sendo que só tiraríamos no fim. Tirada a foto, comecei a contagem regressiva...
Paramos no pesque pague, comemos a massa, e fomos p/ a estrada. Os últimos 100km, o grupo se dividiu, O Bruno e o Muky ficaram um pouco p/ trás, eu fui com os outros, pois queria sair da chuva o quanto antes, já estava com um pouco de cólicas. Cruzamos com o Luiz Faccin novamente na estrada zelando por nós, tirando umas fotinhas molhadinhas!
Conseguimos manter um ritmo bom, apesar da chuva.
Chegando na 287, foi um terror, muito movimento, buracos, chuva forte! Fiquei com medo da descida da Unisc.
Chegamos no Hotel PC, as 19:00. Só alegria neste momento! Tomei um banho quente, roupas secas, e fui pegar a medalha. Neste meio tempo, o Bruno e o Muky chegaram. Estava concluido este brevet. Teutônia ciclismo, 100% de êxito!


Sem sombra de dúvida, foi um desafio físico, mas nesta prova o desafio psicológico foi maior! E ter coseguido superar, com certeza nos fortalece! Obrigada aos parceiros, Bruno, Muky, Aires, Adilson e Ruimar que me deu uma mãozinha quando o joelho apertava! Muito mais que a medalha que ganhamos, ficam as lembranças dos momentos que passamos juntos, das risadas, do trabalho em equipe, da superação dos obstáculos, mas acima de tudo, a amizade!
Valeu pessoal, agora quem sabe tentamos novamente o 1000KM?
Parabéns a todos ciclistas, não foi fácil, mas quando a gente quer, a gente pode!
Abração!

Susana Beatris B. Tigemann
Teutônia Ciclismo. 

2 comentários:

jaguara-gringo disse...

Parabéns meus camaradas de pedal, parabéns por voltar ao outro titulo de Super-randonneur, Vocês que estan novinhos no pedal ja teim 2 Super, Teutônia se apronta beim. Estaremos juntos no próximo 1000 de Floripa, van a gostar e curtir daqui.Abraços para vc.
Jorge Luis Rovetto

Anônimo disse...

O mais legal é essa parceria de vçs 4 de Teutônia(isso vale ouro).Parabéns
Claudio S