sexta-feira, 27 de junho de 2008

Pedalando na terra do Bobet!

Nunca fui um ciclista muito interessado no Tour de France. Um evento para elite dos profissionais, distante da nossa realidade e distante daqui. Competi em algumas provas de estrada, mas sempre fui mais ligado aos passeios de aventura, aos desafios, a eventos mais ligados a natureza, ao mountain bike, as corridas de aventura e por ultimo ao Audax.

Sempre ocupado com o trabalho, com a organização de eventos ciclísticos Audax e quando possível tentando pedalar, confesso que vivo desligado do mundo ciclístico competitivo. O que chegou em minhas mãos, me trouxe mais conhecimento e principalmente mais interesse no Tour, foram as excelentes reportagens de Revista Vo2 Max.

Recebo a minha revista, edição 33 (junho 2008) e junto a Edição Especial Tour. Vejo-a rapidamente e procuro localizar as etapas.

A primeira etapa tem a largada em Brest, cidade que me trás lembranças de quando estive pedalando lá.

No gráfico e texto da terceira etapa, Saint-Malo a Nantes, leio a frase:

“Se a chegada anterior era na terra de Hinault, o ídolo nessa região è Louison Bobet, tricampeão do Tour na década de 50” .

Os pensamentos voam e consigo lembrar de um rápido acontecimento que estava esquecido em algum canto da memória.

Estou pedalando o Paris Brest Paris no dia 23 de agosto de 2007. Estou próximo ao quilometro 825 da prova. Os pensamentos são poucos e pedalar é automático. Estou aproveitando cada pedalada, cada paisagem, cada momento, leio cada placa e acabo de cruzar por Illifaut. Estou em um bom ritmo apesar de ser o terceiro dia de pedal, de ter enfrentado muita chuva, vento e de ter dormido poucas horas.

Estou pedalando sozinho e alcanço um ciclista francês, não observo se ele também participa do Paris Brest Paris, mas isto parece ser o normal de todos que estão na estrada. O ciclista me faz algumas perguntas e seguimos conversando apesar da chuva fina que cai. A esta altura já falo quase fluente o francês e não tenho problemas para entender o que me é dito. Ele está bem animado e fala muito, a conversa está fluindo normalmente enquanto entramos em mais uma bela vila. Não observo o nome da localidade e o francês aponta para a frente e me diz:

Aqui é onde nasceu o ciclista Bobet!

No momento não lembrei exatamente quem era Bobet, mas o nome não era estranho, a pronuncia francesa é diferente da nossa língua. O ciclista com certeza era bem famoso, o orgulho de estar ali era grande. Não fiz o esforço de tentar lembrar quem.

Algumas pessoas desejam:

Bon courage! Bon Route! aplaudem o meu companheiro que esta mais a frente.

Ele se vira, mostra em minha direção e diz:

Não, para min não! Para ele, eu não pedalo tanto.

Logo depois freia a bicicleta, me diz, eu fico aqui.

Nem consegui me despedir corretamente, não reduzi a velocidade, segui a minha jornada e logo a frente encontrei outros ciclistas.

Não havia percebido que o ciclista não estava portando uma placa do Paris Brest Paris 2007. Tudo foi rápido, ou eu estava lento, mas as localidades eram muitas.

Agora, muito tempo depois, descobri que:

- conheço um cantinho do percurso do Tour de France 2008;

- já pedalei em Saint Meen Le Grand, terra natal de Louison Bobet;

- que recebi os aplausos dos conterrâneos de Bobet

Agora também sei a quem eu mais vou admirar no Tour de France 2008, as centenas de milhares de pessoal que estarão a beira da estrada aplaudindo e gritando para os ciclistas.

Para estes eu vou pensar:

Merci beaucoup!

A toute heure!





Luiz Maganini Faccin

junho 2008.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Audax 400 Curitiba

No Proximo dia 12 de julho acontece o Audax 400 Km de Curitiba!
Está é a unica prova classificatória para o Audax 600 de Santa Cruz do Sul do dia 02 de agosto.

Um grupo de Gaúchos pretende participar deste prova e está organizando uma excursão.
Saída deverá ser de Porto Alegre na sexta feira a noite, dia 11.
Retorno no domingo após o final da prova e chegada em Porto Alegre na madrugada, manhã do dia 14, segunda feira.
Ônibus leito, com bagageiro grande.
Valor da passagem individual vai depender do numero de participantes.
Mais detalhes da excursão serão definidos assim que tivermos mais informações sobre o evento de Curitiba e o grupo definido!

Informações Audax de Curitiba no site: www.audaxparana.com.br

Se você tem interesse em participar deste Audax entre em contato através dos e-mails.
trevisan arroba gmail ponto com ponto br
ou
luizmfaccin arroba yahoo ponto com ponto br

Audax 600 Km Santa Cruz

Audax 600 Km Santa Cruz do Sul
02 de agosto de 2008
Organizador Luiz M. Faccin
Grupo Santa Ciclismo
Largada zero horas no Hotel Antonios
Pc- 1 Restaurante Papagaio Br- 290
Pc- 2 km 225 no Hotel Antonios
Pc-3 Posto Br 24 horas General Camara
PC-4 Km 404 no Hotel Antonios
Pcv- 5 Quiosque Muçun
Chegada km 604 Hotel Antonios

Única prova classificatória será o Audax 400 de Curitiba do dia 12 de julho
Prova homologada pelo Clube Audax Paris ( LRM)
Mais informações em breve!
Duvidas entre em contato!
www.faccinadventure.com.br

terça-feira, 10 de junho de 2008

Esquentando a cabeça


O Audax/ Randonnée sendo um desafio de longa distancia, uma prova de endurance, apresenta certas características não existentes em outras modalidades.
Muitas vezes acontecem fatos curiosos, não vistos em outras provas, e, até mesmo, nunca vistos em lugar algum.
Durante o ultimo Audax 300 aconteceram alguns destes fatos curiosos e vou relatar um.
O ciclista novato, já havia pedalado mais de 200 km, na prova mais fria já registrada até hoje no Brasil. Havia enfrentado temperatura próxima a zero graus, neblina, muita umidade, mas, mesmo de dia, estava enfrentado o desafio de resistir ao sono.
Chegando a um bolicho ( isto é termo exclusivo de gaúcho, leia-se bar) encontrou um local quente ao lado de um fogão. Sentado não resistiu ao sono e dormiu.
O dono do estabelecimento sentiu um cheiro de plástico queimado e acordou o vivente:
- Acorda que o teu capacete está derretendo!
Quando dormiu o ciclista baixou a cabeça que ficou muito próxima ao fogo.
O resultado está na foto acima.


segunda-feira, 9 de junho de 2008

Audax engorda?

Uma das minhas preocupações na organização do Audax 300 foi não deixar ninguem com falta de energia.
Outro fator é que os estabelecimentos não estariam atendendo em horários tão improprios, ainda mais em uma noite tão gelada, se não fosse com o objetivo de obter algum lucro.
A missão do Audax Santa Cruz é: O Audax tem que ser bom, para quem pedala, quem apoia, quem trabalha e quem organiza.
Por estes fatores foram pagos lanches aos ciclistas e no PC 2, antes do horário mais frio e do trajeto mais longo, foi montada uma cozinha onde havia café, e arroz a disposição dos ciclistas.
O resultado contabil disto é que o custo com a alimentação foi recorde.
Cada ciclista brevetado consumiu R$16,00 em alimentação.
Bom. Pode-se fazer uma idéia de quantas calorias na média minima do consumo por ciclista.
4 bananas;
2 sanduiche com queijo e presunto;
1 prato arroz carreteiro;
1 prato de massa com guizado;
3 cafés;
Calcular as calorias ingeridas e comparar com o gasto conforme o numero de quilometros ou o tempo pedalando.
Se contar que:
os ciclistas não ingeriram apenas o que foi fornecido nos pcs;
o desgaste com o suor foi pouco;
a retenção de liquido nos musculos pode contribuir para o aumento de peso.
É até possível que muitos ciclistas tenham chegado mais pesados do que na largada!
Pedalar emagrece, mas comer muito engorda!

domingo, 8 de junho de 2008

Impressões do Carlos Polesello sobre o Audax 300 SCS 08

Ainda não tinha me pronunciado pois queria ler algumas opiniões de alguns participantes antes. Primeira constatação minha é que, apesar do frio, e tudo contra, foi apaixonante pedalar a noite, acho até que o 200 deveria ser neste horário de tão bom que é, e como eu gostei.
Em segundo lugar, o Audax 300 apesar de não ser no horário do 200 e não ter iniciantes, pois pelo menos fizeram o 200, achei um grande numero de pessoas com erros de estratégias na escolha do que vestir.
Quando começou a esfriar no RS a alguns dias atrás, eu comprei uma jaqueta apropriada para pedalar, mas de nylon, e sai em algumas noites em Porto Alegre para testar. Muito bom, não passava vento, o corpo ficava bem aquecido e tudo de bom. Quando chegava em casa via que as roupas de baixo estavam completamente molhadas. Bem, tinha rodado uns 30 a 40 km e ia logo tomar um banho quente, não havia problemas.
Mas no Audax 300 ? Sair pedalando com a roupa de baixo molhada ? E o frio ? E as paradas nos PCs ?
Não tive duvida, comprei outra jaqueta de tecido e decidi que iria me proteger bem por baixo e "mandar" ver.
Avisei um monte de gente na largada que sair com nylon era "perigoso", que minha experiência não tinha sido nada agradável, mas o pessoal estava mesmo era com medo da neblina e vento.
No PC 2 já tinha gente quase desistindo pelo excesso de roupas molhadas, com muito frio, não agüentando mais. Eu posso dizer que estava frio, mas nada insuportável. Hoje eu vejo que houve muito erro de estratégia na roupa que usar.
Leio que nas descida o pessoal até segurava no freio a Bike para não sentir tanto o vento frio, foi nestes pontos que eu mandei ver, principalmente nas descidas do Morro da Boa esperança (nos dois lados) e todos os declives possíveis.
Gostaria de dizer aqui que estarei sem falta no próximo 300 de SCS
Carlos Polesello- Porto Alegre

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Ganhador Sorteio Audax 300


Ganhador sorteio do Audax 300

Durante o Briefing do Audax 300 foi realizado o sorteio de uma lanterna Princeton Tec, modelo EOS Bike, entre os participantes presentes!
http://www.princetontec.com.br/produtos1.php

O ganhador foi o ciclista da foto Luiz Roberto Velho Lazary

Final do Briefing também foi realizado o sorteio de duas camisas Deuter e 2 bonés Princeton Tec, oferecimento da Proativa. Aproveito para divulgar outra promoção do apoiador
Já está sabendo da "Promoção Eu e Minha Deuter" ?
Entre no nosso site www.deuter.com.br e veja como funciona.
Veja o link http://www.deuter.com.br/promocao/galeria.html algumas fotos de participantes

Apoio Faccin Bicicletas Ltda www.faccinbicicletas.com.br

Relato de Carlos Fernando Kieling sobre o Audax 300 SCS

Relato enviado para os grupos audaxbr e pedalajeado.

Oi! Eu não havia mandado o meu relato pois estava esperando o do
Omar, pois seria impossível falar desse Audax sem tocar nesse assunto e
como não sabia de todos os detalhes era melhor ficar quieto do que dizer
(escrever) bobagens.

Nada de surpreendente na atitude do Faccin, do Zappe e do Guaraci,
pois quem pedala com o pessoal do nosso grupo sabe que nunca está sózinho.

A minha prova foi bem menos emocionante do que o relato do Omar.
Como muitos sabem quase não tenho conseguido pedalar, por isso essas
últimas provas tem sido bem complicadas. Nos últimos 60 dias eu pedalei
6, sendo que 3 desses dias foram provas de Audax (200 Ijuí e Caxias e
300 SCS). No sábado à noite estreei a minha nova aquisição, uma calça de
ciclismo, eu e o Bagatini éramos uns dos poucos que ainda não utilizavam
desse recurso nas provas mais frias. Em 2004 e 2005 poucos a
utiulizavam, hoje é quase regra. Larguei literalmente em último, pois
queria subir a serrinha na saída de SCS bem devagar, para não suar na
subida e gelar na descida. Já na descida que existe logo após a PRE o
meu termômetro marcava 2 graus!! E era menos de 22:30!! Na madrugada
registrei 1,2 graus em 2 oportunidades, às 2 e às 6:30.

Fiz o trecho até o Pesque e Pague sózinho, o máximo que aconteceu
foi pedalar alguns trechos muito pequenos com alguns ciclistas que
pedalavam num ritmo parecido com o meu. Depois do café e do sanduíche do
Pesque e Pague saí mais uma vez sózinho e pedalei até Santo Amaro onde
encontrei a turma de Caxias (Jeremias, Priscila, Balzan,...) e fui com
eles até o PC2 em São Gerônimo.

Cheguei com um tempo ruim, cerca de 5:40 (3:40 da manhã) , pois eram
97 km até lá, mas o pior foi ter perdido muito tempo, saí perto das
4:20. Quando saí todos os ciclistas já haviam chegado e restavam além de
mim apenas 3!! E desses 3, 2 desistiram!! Com a velocidade média com as
paradas " lambendo" os 15 km/h (15,1km/h) encarei a estrada e depois de
uns 10 km encontrei o Moacir Almeida de Catuípe, cidade vizinha a Ijuí.
E juntos fizemos a pior parte da prova, que foi encarar a madrugada e o
início da manhã. Fizemos uma parada no Pesque e Pague e pelas minhas
contas continuávamos perigosamente perto do ponto de corte da velocidade
média, isso não nos preocupava muito, pois o Faccin estava sendo
tolerante em virtude das baixas temperaturas da noite, que fizeram com
que todos pedalassem mais devagar. Mas não adiantava ter a complacência
do Faccin, pois em algum momento teríamos de recuperar o tempo perdido,
mas naquela parte da prova era difícil. Apesar da insistência do sol a
cerração não deixava o dia aquecer, por causa disso em todas as descidas
tínhamos de freiar pois os dedos estavam congelando. Assim que o sol
nasceu, resolvemos andar mais rápido (uns 20 - 22 km/h :-))) e
conseguimos lentamente "reviver" na prova. Chegamos ao Schuster com uma
sobra de quase 1 hora.

2 chícaras de café depois saí do Schuster mais uma vez sózinho, com
a intenção de recuperar mais um pouco do tempo para que pudesse chegar
tranquilo, sem a pressão do horário de chegada. Mas foi à partir desse
ponto que a falta de preparo foi muito sentida, a média que já estava
uma piada (18,3km/h) continuou a cair e cheguei em Cruzeiro com
18,1km/h. as pernas simplesmente não respondiam mais ao chamado do
"célebro". Ao chegar em Cruzeiro me animei com a recepção e finalmente
conversei com o Omar sobre o acontecido, por lá além do "chefe" do PC
(Eldo), estavam a Sílvia, a Manuela, o Milton, a Mara, o Henrique, a
Andréa, a Aline e o Igor (mulher e filho do Eldo), o Ericson e os outros
mecânicos da Casa do Ciclista, o pessoal da ambulância,... Enfim o PC
além de organizado estava muito bem frequentado :-)

Exatamente às 13:30, com 4:30 para fazer 67 km saí de Cruzeiro para
o trecho final da prova. Seria necessário manter média 15km/h para
chegar em SCS no tempo limite. Até o pedágio, cerca de 20km depois,
consegui manter um ritmo decente, mas à partir dali a coisa "enfeiou"
até Venâncio e piorou de vez na subida das 7 curvas em SCS. Mas ali eu
já estava em casa, e mesmo com um ritmo mais fraco ainda consegui chegar
com média de 18,0km/h, às 17:29, depois de exatas 19 horas e 29 minutos
de pedalada.

Deixo aqui os meus parabéns ao Dotto que mais uma vez voou na prova,
ao Norberto que com toda a sua simplicidade completou o seu primeiro 300
umas quantas horas na minha frente e ao Bagatini que mais uma vez fez
história. Ele sempre afirmou que até 4 graus de temperatura não era
necessário nehum tipo de proteção contra o frio, nesse fim de semana ele
provou que o limite é mais embaixo. :-)

Ao Zappe e ao Guaraci deixo a minha admiração, pois como o Omar
disse: "Tem coisas que separam os homens dos meninos!" Pedalar naquele
frio foi uma delas, abandonar a prova quando o frio já estava indo
embora para acompanhar um parceiro foi algo muito maior. Na minha
opinião, o Omar está tomando a atitude correta em relação ao Zorro! O
coitado do cachorro não tem culpa do dono ser um boçal, o negócio é
mexer no bolso do cidadão para ver se ele aprende a deixar o cachorro preso.

Por esse ano acho que chega de Audax, no máximo pretendo fazer um
200 no segundo semestre. O Audax Caxias 300 está descartado pois a
Manuela faz 2 anos naquele fim de semana e mesmo que pudesse ir, só iria
se pudesse treinar um pouco.

Era isso

Abraços
Kieling

Relato de Omar Torriani sobre o Audax 300 SCS

Relato enviado para os grupos audaxbr e pedalajeado.

Lotário e outros prezados Audaxiosos!

Infelizmente somente hoje pude achar tempo para escrever e me
manifestar sobre o Audax 300 de Santa Cruz do Sul. Para quem não
sabe, eu caí por causa do nosso amigo Zorro!
Nunca tive problemas com cachorro, mesmo o Zorro. Aliás, nem sabia
direito onde era seu habitat. Foi o Audax mais frio que já fiz e há
mais de 4 anos que pratico Audax. Estava tudo formidável, a
organização e até mesmo o frio. Acho que Audax sem algo diferente
não tem graça. Tem que ter alguma coisa para contar, senão, fica
naquele, "larguemo, pedalemo e cheguemo"! Dos últimos anos, este é o
que menos pedalei e me preparei. Fui mais por causa dos parceiros
Zappe e Guaraci, que pelos quais dou um dedo para pedalar com eles.
Fui com o intuito de fazer "na manha", como recomendou o Zappe.
Vamos vazer para chegar e acho que seria mais um desafio para mim
que sempre gostei de andar mais rápido, conter o ímpeto de
sair "fedendo".
Todos agasalhados, com exceção do Bagatini (segunda eu estava lá no
Jeremias em Caxias e 2 caras que não participaram do Audax
comentavam sobre os trajes do Bagatini- o homem tá cada vez mais
famoso). Largamos e foi tudo bem, parecia que estávamos com as
roupas certas, pois com o vento ao andar, não aumentava o frio pois
o exercício nos aquecia e contrabalançava. O problema foi na subida
da serrinha, logo na largada, que nos fez suar em bicas e encharcar
as roupas por dentro. Depois na descida já deu para ver o que seria.
Com a madrugada o frio aumentou e, à cada parada a luta era para se
re-hidratar e alimentar sem esfriar o corpo, pois a retomada era
triste. As luvas depois de molhadas por dentro e por fora, não
aqueciam mais. Mas tudo era administrável, com exceção das descidas
que, quanto mais íngremes, mais frio provocavam e o bater de queixo
era inevitável. Às vezes a gente gritava: Uhhhhuuuhhhuuuhhuuuuuu!
Ou, Ai, ai, aiiiiiiii fia da puuuuuuu.... O fato é que ajudava e
aliviava a dor que causava no rosto, pescoço, pés, etc. A partir das
4 e meia da manhã o grito também ajudava a espantar o sono.
Uma coisa interessante que o frio provocou é que desde o início o
nosso grupo saiu bem mais quieto que o habitual. Normalmente as
primeiras 2 horas é de brincadeiras, piadas e galinhagem, desta vez,
no trevo da RS, já estávamos calados e o silêncio tomou conta. Assim
permanecemos pela maior parte das 8 horas e meia que pedalamos, com
exceção de alguns momentos que algum de nós se lembrava de algo e
comentava e os outros riam, diziam alguma coisa e logo voltávamos ao
transe de pedalar e se encolher com o frio e se refugiar nos
pensamentos para aplacar o cansaço, a dor e o frio.
A organização e presença do Faccin, o tempo todo, apoiando e
protegendo, como sempre, foi fora de série. Até escolta contra o
cachorra mardito ele fez na ida. Quando passamos pelo Zorro, o
Faccin estava esperando na encruzilhada. Ao passarmos ele veio por
trás, com os faróis altos e assim que vi o mardito arremeter e
surgir desgraçadamente das macegas, esprintei e escapei e o Faccin
meteu o carro por cima dele, pena que não o atropelou.

Fomos bem até São Jerônio, 100km percorridos em quase 5 horas, uma
boa média com todas as paradas. Isto nos colocava dentro do nosso
plano de corrida. Mas agora tinha um trecho de retorno em sairíamos
da beira do rio e subiríamos de volta para uma cota mais alta. Não é
significativa, mas tira o impulso e a pedalada não rende. Assim como
sentido contrário a gente manda vê e acha que é o tal, na volta a
coisa pesa mais e, além disso, estava muito mais frio e não haveria
PC no meio, sendo o tirão de 86 km.
Assim zarpamos do Jóquei Clube de São Jerônimo às quatro e pouco da
manhã. Saímos entreverados num pelotão de uns 8 ciclistas incluindo
nós. O Zappe mandou vê e resolveu puxar o pelotão. Fui no vácuo,
administrando para não me desgastar. Senti que o ritmo estava puxado
demais e avisei aos 2 que se quisessem seguir assim que fossem, pois
precisava me poupar para os 200km que ainda restavam. Pois foi deixá-
los se afastar lá pela ponte do Jacuí e eles pararem no primeiro
posto de Gasolina. Depois disso nunca mais se aproximaram. Achamos
estranho aquilo e foi bom segurar o ímpeto para não nos
desgastarmos. Fomos bem até o cubo dianteiro do Zappe começar a
roncar. Paramos várias vezes para verificar, pois parecia que nos
baixios, com o frio, o barulho aumentava. Já tinha uma estratégia
para caso de a roda roncar de vez: o Zappe ficaria e eu e o Guaraci
seguiríamos até o PC com a roda estragada e avisaríamos para
trocarem a roda e traríamos de volta. Só que no meio do caminho um
de nós pararia e esperaria até o outro voltar e trazer. Assim, os
dois fariam 2 vezes somente metade do percurso a mais e
resgataríamos o Zappe. Mas, no fim, não precisamos.
É interessante como é crítica a chegada no Pesque-pague: a ânsia por
chegar é enorme e à noite a imprecisão das leituras de instrumentos
e até da localização nos prega peças e no final sempre tem uma
grande subida antes do PC. Desta vez o pior é que tinha um ciclista
uns 800m à nossa frente e sempre víamos que ele não parava e seguia,
o que significava que a estrada continuava. As luzes ficaram tapadas
pelas árvores, de sorte que só poderíamos saber que estávamos ali
uns 100m antes. Chegamos ao PC eram umas 5 horas da madrugada e
fizemos uma parada para meter um frukito, barra de cereal, umas
mariolas e zarpar.
Saímos de lá na euforia de que faltavam apenas uns 40 km até o café
da manhã e no máximo 2 horas de escuridão e frio. Mas tinha antes a
descida logo após o PC e com o corpo frio foi mais tremedeira, bate-
queixo e gritos: fia da puuuuuu!!!!
De obstáculo pela frente teríamos apenas a serrinha de Vale Verde,
que deste lado é mais curta, mas mais íngrime. O negócio seria
chamar a coroinha e subir devagar e sempre. A vantagem é que não
teria o sol inclemente das provas de 200km que a gente passa por ali
pelo meio-dia e o sol rachando o capacete.
Seguimos em marcha-batida, devorando as coxilhas e cortando a
cerração, apenas despertados de nosso transe pedalístico por algum
ônibus que desafiava a madrugada e o frio. Eu nem me lembrava mais
do Zorro, o maledeto cachorro que nos incomodou na vinda, estava um
pouco cansado e a dor que tinha na coxa direita tinha aliviado. Da
mesma forma a dor que sentia nos pulsos passara. Estava
administrando a corrida e daria para levá-la a bom termo. O sono
começava a pegar, cheguei a temer uma dormida na bike. Mas puxava
conversa com os guris e mandava pedal.
Lá pelas tantas o sol começou a se pronunciar, quebrando a cerração
e a geada, meio preguiçoso, mas dava sinais de vida. Estávamos
eufóricos que o pior já tinha passado e que agora era só administrar
o resto. Os faróis já nem mais faziam efeito e nem se arriscavam a
brigar com o poder do rei sol que não aparecia, mas começava a
anunciar-se por meio dos reflexos no firmamento. Longe no horizonte,
ainda se via algumas estrelas teimosas que queriam apreciar o
alvorecer e a geada, bem como a lua crescente que nos acompanhou
por algumas horas pela direita.

Nossa euforia durou pouco e nos calamos novamente, afundei em meus
pensamentos e mantive o ritmo das pedaladas, só pensava no café
quente que me esperava há uns 30km dali.
Eis que o silêncio é quebrado por um grito de pavor:
- Olha ali o cachorro! Grito o Guaraci.
Nesse ínterim só pude ver a fera me atacando pelo lado esquerda,
latindo e rosnando fortemente. A imagem que tenho em minha cabeça é
aquelas fotos que se tira em movimento em que somente o objeto
central está focado, todo o resto está tremido e fora do foco.
Parece que tudo foi tão rápido que só gravei aquela foto. Lembro de
me esgueirar para o lado para livrar minhas pernas de suas presas
assassinas afiadas.
A imagem seguinte foi o Zappe me dizendo que a gancheira do câmbio
estava quebrada e me pedindo a chave para cortar a corrente e
emendar numa marcha para tirarmos o câmbio e pedalar assim até o PC.
Aí comecei a falar coisas tipo:
- Eu acho que tá aí no bagageiro...
- Vamo Omar, pega logo! Disse o Guaraci
- Mas essa não é a minha bicicleta, esse não é o meu farol...
- Omar, tu tá bem? Tu viu que tu caiu?
- Eu caí? Eu durmi?
- Não, o cachorro avançou e tu caiu?
- Eu caí?
- Tu tá bem cara?
- Como é o teu nome?
- Omar!
Como é o nome da tua mulher?
- Bea.
- Qual é a marca da tua bici?
- Specialized?
- Mas eu caí?
- É cara tu não viu o cachorro?
- Eu dormi!?

Naquele momento os dois se olharam e se assustaram, eu já estava
numa tremedeira de frio. Eles me levaram para uma parada de ônibus e
puxaram os cobertores térmicos de emergência e me enrolaram nele. Aí
que viram que meu capacete tinha uma fenda enorme no lado direito,
na altura da orelha. Por dentro ele também estava todo comprometido.
Nesse momento chegou o Rigone e seu pelotão e chamaram o resgate.
Eles aguardaram o resgate e me despacharam. Fi-los prometer que iam
terminar a prova e que iam me dar as medalhas, mas os 2 dois sem-
vergonha deram um pau até o PC, tomaram um café, avisaram da
desistência de todos e seguiram para a Unisc para pegar o carro e
depois ir para o Hospital. Eu estava bem, não sentia nada, somente
um pouco no cotovelo direito. Foi o tombo mais indolor que já
tivera. Tanto, que ainda fomos resgatar um outro cara mais adiante,
que estava com dor no pé. Ele veio o tempo todo reclamando da
vergonha de desistir e o fato de que prometera a medalha para a
filha. Eu acho que vergonha é a gente não tentar ou tentar sem
preparo e experiência. Saber o limite e desistir antes do pior é
inteligência e autoconhecimento. Só não falei isso para ele porque
estava com tanto sono que não tinha vontade de falar nada. Respondi
em monossílabos às perguntas dos dois.
Chegamos finalmente ao Hospital e eu tremia feito vara verde.
Ficaram apavorados com a minha tremedeira e a roupa molhada. Tirei
as roupas de cima e me colocaram sobre os lençóis térmicos que
trouxera junto dois acolchoados. A enfermeira não achava a minha
veia na dobra e me enfiou uma agulha quase na altura do pulso. Deram-
me um soro aquecido para me re-hidratar e aquecer. Bem que o Faccin
poderia fornecer um sorinho para a gente levar pendurado na bike.
Hidratação direta na veia, jóia. Acho que vou adaptar um gancho na
minha bike. Será que pode?
Enquanto o médico examinava minha cabeça, olhos e reações a
enfermeira Eliana falava comigo:
- Mas o que vocês andam fazendo com essa friagem? Expliquei tudo e
ela disse que tinha um cunhado que também gostava dessas
loucuragens. Perguntei se ele era de Santa Cruz e ela disse que não,
era de Bento. Perguntei o nome dele e ela me disse: Walter Migowski.
Impressionado disse que ele era meu primo, na verdade casado com a
Denise, minha prima.
Bom, para encurtar a história, tomei meio litro de soro quentinho,
me aqueci. Dormi um pouco, porque eles me acordavam a casa 15
minutos, para ver se eu não tinha tido nenhum chilique. Depois de
ver que eu estava bem o médico me liberou, pois nem galo ou dor de
cabeça eu tive.
O velho Faccin ficou comigo o tempo todo e me deu um baita apoio.
Foi genial. Não me surpreendeu, pois já conheço a hospitalidade e
jeito especial de nos tratar da Família Faccin e quando estou num
evento organizado por eles, sei que posso pedalar tranqüilo por que
eles fazem de tudo para que tudo dê certo.
Quero mencionar também a eficácia do capacete da marca Bell.
Excelente. Estava com ele bem preso à cabeça. Os tirantes são fortes
e não se rompem facilmente. O capacete rachou, mostrando que ele
absorveu totalmente o impacto, sem deixar qualquer seqüela física em
minha cabeça. Se tive um apagão de memória foi pela desaceleração,
mas nem perdi os sentidos. Não tive dor de cabeça depois e estou
ótimo. No outro dia não parecia que tinha sofrido uma queda a não
ser pelo cotovelo e o ombro que me doíam um pouco. Nem lembrei de
tomar um relaxante muscular ou anti-inflamatório.
Gostaria de mencionar também a atitude de companheirismo dos meus 2
baita parceiros: o Zappe e o Guaraci. Agente costuma brincar sobre o
que separa os homens dos guris, mas a gente tem que saber com que a
gente pode arriscar o couro e esses dois são o tipo de caras que se
me convidarem para ir para o inferno eu vou, pois sei que na hora do
aperto e precisar, não precisarei nem dizer nada, porque ali do
lado estará a mão forte e inarredável de amigos de sangue.
Por isso, galera, se quiserem fazer o 300 de Caxias, é só me chama
que a bike já está quase pronta, pois eu já estou prontinho pra
outra indiada!

Valeu Zappe e Guaraci! Faccin e Cia., Audaxiosos que manifestaram
sua solidariedade e aos médicos e enfermeiras do Hospital de Santa
Cruz o meu muito obrigado pelo carinho e colo.
E ao Zorro e seu irresponsável dono que se prepare, porque não
pretendo descontar no pobre animal, mas pretendo fazer seu dono
nunca mais esquecer o que é responsabilidade. O Dr. Guaraci já tem
minha procuração!

PS : Ao cair estava com 152km pedalados e há 8:32h

Abraços

Omar Torriani

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Fotos parte II

Foram publicadas as fotos do Luiz Faccin, Giovane Faccin e Caçapava no picasa do Audax Santa Cruz.

Confira AQUI as fotos do Audax 300.

Relato do Audax 300

Release Audax 300 km Santa Cruz do Sul 2008.

Noite gelada de 31 de maio, às 22 horas, 68 corajosos ciclistas largaram em busca de um mesmo objetivo, completar o Audax 300 km, ou seja, pedalar 300 km em até 20 horas no percurso pré-definido. Algo inimaginável para quem estava lá, tremendo de frio. A noite prometia ser longa e foi. Provavelmente deva-se imaginar que somente homens super fortes seriam capazes de superar este desafio, talvez fosse melhor dizer “desafrio”, mas haviam ali cinco mulheres. Possivelmente deveriam ser todos jovens atletas, muito bem treinados, mas havia um ciclista com 57 anos de idade, que usa óculos e tem alguns quilos a mais do que o ideal. Difícil de entender o porque de tantos ciclistas, enfrentando tantas dificuldades e porque pedalar em uma noite tão fria? Mas é este o desafio, a data é marcada no ano anterior, faz parte de um calendário internacional e as dificuldades são parte do evento que se chama Audax. Alem da loucura aparente, todos tinha algo em comum, haviam pedalado o desafio anterior que foi o de 200 km. Outros pretendem chegar a desafios ainda maiores este ano e o próximo é o de 400 km.
A termômetro no Campus UNISC, local da largada, marcava quatro graus quando os ciclistas iniciaram a pedalada. Muitos pneus furados nos primeiros quilômetros do percurso, e teve até mesmo mulher que fez a troca da câmara de ar e seguiu em frente.
O primeiro Pc no Km 59 foi realizado no Pesque e Pague Panorama, localizado depois de Vale Verde, já no município de General Câmara. Parada para um lanche e café, carimbar o passaporte e seguir. A temperatura no PC era de sete graus, mas na estrada era ainda mais baixa! O que ajudou a esquentar foi à adrenalina liberada para fugir dos cachorros que irregularmente ficam soltos em frente às casas.
O segundo PC no km 98, foi realizado no Jóquei Clube de São Jerônimo, onde a temperatura estava em 5 graus. Para chegar até lá foi preciso enfrentar a umidade do vale do Rio Jacui, o que compensou foi à visão do céu estrelado. No PC nova parada para um café, um prato de arroz quente, antes de seguir para o percurso mais longo no horário mais critico da prova.
Até o terceiro Pc, localizado na Lancheria Schuster em Pinheiral, eram 84 quilômetros de estrada, sem opção quente de parada para reabastecimento. O frio estava realmente gelando. A umidade externa da neblina e a umidade interna em forma do suor deixavam os ciclistas molhados. Molhados a uma temperatura próxima de zero, sem duvida algo quer pode ser mortal. A opção, na realidade não existia outra a não ser pedalar, evitar paradas para se manter aquecido. Aquecimento é consumo de energia que deveria ser reposta com alguma alimentação, quem não fez isto cansou, parou e teve dificuldades imensas para continuar na prova. Alguns não suportaram o frio e jogaram a toalha, melhor dizer, pegar o cobertor de emergência, item obrigatório da prova e chamar por resgate. As dificuldades não estavam apenas no frio. O cachorro continuava atacando, um ciclista pedalou rápido e olhou para trás, acabou batendo no ciclista que estava na frente e caiu. Bateu a cabeça no chão, foi salvo pelo capacete, mais um item obrigatório para a participação no evento. Confuso, molhado, gelado foi levado ao hospital Santa Cruz, onde foi muito bem atendido e ficou em observação, logo ficou recuperado! Só não recuperou a decepção de não poder completar o evento e alguns prejuízos financeiros com quebra de equipamento.
O terceiro PC com mais lanche e café, quatro graus de temperatura, e previsão de pedalar os restantes 120 km com sol. Em muitos locais o sol só venceu a neblina às 10 horas e para os primeiros ciclistas o Posto de Controle mais gelado foi o de numero quatro, localizado em Cruzeiro do Sul, na margem do Rio Taquari.
De dia os ânimos melhoram a temperatura aumenta e o mais importante é o que realmente representa ser a única coisa a fazer, pedalar. Pedalar é fácil, mas o difícil é enfrentar o clima e os perigos da estrada durante tanto tempo. Muitas vezes são bem mais importantes o preparo psicológico e planejamento do que realmente o preparo físico, isto explica o primeiro parágrafo deste texto. O que realmente não tem explicação é que teve um ciclista que participou do evento vestindo apenas bermuda a camiseta de ciclista, nem mesmo com a pele cor violeta ele admitia estar com frio.
Depois de um prato de massa bem servida no PC quatro, restavam mais 67 km até a chegada no Campus UNISC. Alguns preferiram tirar uma soneca antes de seguir, afinal o sono é um outro inimigo invisível. Um ciclista novato, com sono e frio, sentou ao lado de um fogão, dormiu e encostou a cabeça o que quase causou um acidente. Entrou para a lista das historias engraçadas ao aparecer com um capacete derretido.
Os primeiros ciclistas concluíram os 300 km chegando na UNISC às 11h e 28 minutos, os últimos às 17h e 50 minutos, mas todos receberam a mesma premiação e são igualmente vencedores. Muitos chegaram reclamando de dores nos joelhos, o frio foi um dos responsáveis. Nove ciclistas desistiram e cinqüenta e nove completaram o brevet de 300 km. Alguns chegaram exaustos e outros nem tanto. Quatro mulheres completaram o percurso. Somente quem participa de um evento de longa distancia para saber o que realmente significa estar cansado. Todos os participantes, voluntários e apoiadores estão de parabéns. Qualquer titulo, ou premiação, é pequeno em comparação as sensações e lembranças dos momentos bons e difíceis passados durante o tempo em que tudo estava resumido a um objetivo e uma tarefa simples como pedalar!

Luiz Maganini Faccin
Diretor da Prova Audax 300 km
Grupo Santa Ciclismo

terça-feira, 3 de junho de 2008

Mais Fotos

O Miguel Lawich mandou mais algumas fotos tiradas durante o Audax 300 do último final de semana.

Confira AQUI as fotos do Audax 300.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Gráficos Audax 300




Créditos para Paulo Almeida, ciclista que pedalou o Audax.

Mais Fotos Audax 300

O Giovani Faccin publicou algumas fotos do Audax no Link do Álbum Picasa dele.

Vídeo da Largada

Primeiras Fotos

As primeiras fotos do Audax 300 SCS 2008 já podem ser vistas no link do álbum do Audax Santa Cruz.

Quem tiver mais fotos pode mandar para audaxsantacruz@gmail.com

domingo, 1 de junho de 2008

Audax 300 SCS 2008 encerrado - Resultados

Encerrou-se o Audax 300 SCS.

Segue no link o arquivos com os tempos.
Resultados Audax 300 SCS

Primeiras informações:



Dos 79 ciclistas inscritos, 11 não largaram e um desistiu logo no primeiro PC por problemas técnicos.

Os primeiros ciclistas a chegarem no PC 1 do pesque e pague panorama chegaram as 00h05m do dia 01 de Junho.