quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Fotos chegada Nilson e Rogerio no PBP 2011


Nilson Ricardo de Macedo e Rogério G. Carneiro na chegada


Nilson e Rogério com a bandeira do Brasil logo após a chegada




Rogerio trocando de camisa com um italiano

Nilson e Rogério completaram o Paris Brest Paris Randonneur 2011 em 74h e 55 minutos

Classificação Brasileiros no PBP2011- Final

Veja os resultados dos brasileiros no Paris Brest Paris Randonneurs 2011 visitando o site nacional da organização dos Brevets Randonneurs Mundiais:

http://randonneursbrasil.com.br/

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A saga da Lidiane

Lidiane Tamara Lauermann
Minha placa número: 1894
Vou largar nas 80 horas
Idade : 24 anos
Profissão: Comerciante
Histórico esportivo: sempre caminhava, acredito que não seja um histórico esportivo.Conheci e comecei a participar das provas devido a Gaby, quando comecei a pedalar meu objetivo essa emagrecer, depois continuei porque acabei gostando.
Minha estratégia para o PBP: Não perder muito tempo, descansar dos 400km e 800km. Pretendo dormir em camas,mas caso não seja possível em qualquer cantinho.
Meu primeiro Brevet: 2007
Meus Brevet(s): 2007 (200km), 2008 (até 400km), 2009 (200km até 1000km),2010 (200km) e 2011 (até 600km)
Minha bike é uma hibrida, marca Scott aro 700, modelo Sportster P3.
Meus Treinos: não treinei o que devia, me preparei como para todas as outras provas. Estou preocupada em relação ao tempo, vou ter pouco tempo para descansar, vai ser uma experiência única.
Sem apoio.
Estou feliz de participar do PBP!! Agradeço a todos que sempre estiveram presentes me apoiando e incentivando em todos dos meus brevet(s) anteriores, em especial a minha família e claro a Gabriela.
Que vai fazer muita falta do PBP.
Agora é só acreditar do Cara lá de cima e ter muita fé.
Lidi!
---------------------------------------------

A Lidi fez a inscrição para o PBP no dia 13 de julho, recebeu o e-mail com o dossiê e não conferiu. As inscrições encerraram no dia 15 e só depois deste dia ela foi conferir e descobrir que marcou a inscrição na largada de 80 horas. Enviou e-mail para a organização que respondeu que: depois de definidos os números das placas e encerradas as inscrições, não poderiam fazer alterações.
Disse para a Lidi pedalar o PBP em até 90 horas e na chegada entregar o e-mail impresso junto com o cartão e passaporte do PBP.
Acredito que se ela completar em 90 horas terá o PBP homologado;
Acredito que ela completa em 90 horas;
A Lidi não treina, é uma randonneuse lenta, mas é forte.
A Lidi é disciplinada enquanto pedala, já esta acostumada a estar sempre no limite do tempo e a parar pouco nos PCs.
A Lidi tem boa resistência ao sono. Analisando os tempos ela deve ter dormido algumas horas em Loudeac na ida e no retorno.
A Lidi nunca esta triste, o mundo pode desabar que ela esta sorrindo e isto ajuda muito em provas de longa distancia.
A Lidi chegou no Km 921 com 67h e 31 minutos e no último trecho ela fez uma média melhor 15,7 km/h ( inclui o tempo das paradas).
A Lidi tem 22h e 30 minutos para pedalar os últimos 308 km e completar em até 90 horas.
Comparado com um brevet de 300 km ela tem 2h e 30 minutos de folga apenas, mas o suficiente para algum descanso.
Estamos torcendo!
PedalaLidi!
A Lidi pedalou 1090 km do Paris Brest Paris Randonneur 2011.





terça-feira, 23 de agosto de 2011

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Siga os brasileiros no PBP

Para seguir os brasileiros:

Lista dos Brasileiros:
http://randonneursbrasil.com.br

Com o numero de placa siga o ciclista em:

http://www.paris-brest-paris.org

Outras opções
O Erich Brack esta utilizando um GPS que fornece informações periodicamente.
Veja no site
http://www.santaciclismo.com.br

Flavio e Edmilson

Vídeo na retirada dos documentos
http://youtu.be/38Tbsd__Bng

Também tem o nosso álbum de fotos que contém imagens do nosso passeio em Paris, ontem, algumas fotos dos audaciosos aqui do hotel e outras coisinhas mais.

Picasa

Randonneurs Portugal postou algumas fotos

http://www.facebook.com/RandonneursPortugal


Cobertura dos Ciclistas Cariocas

http://www.rio.audax.org.br/

Pesquise no site do PBP e veja alguns vídeos e fotos, mas esta difícil localizar algum brasileiro nas imagens

http://www.paris-brest-paris.org/pbp2011/index.php

Mais informações neste blog



Brasil no PBP 2011


Em 1999 tivemos o Kayo de Oliveira, melhor, não tivemos, pois naquele tempo não existiam brevets no Brasil;
Em 2003 tivemos o Manoel Terra, mas dos que pedalam ainda hoje são poucos os que acompanharam a participação do Manoelito.
Em 2007 tivemos o primeiro grupo de brasileiros participando de um PBP. Foi um PBP com tempo ruim, chuva e vento e poucos brasileiros brevet. Tivemos uma boa cobertura da imprensa e principalmente muitos ciclistas acompanhando a nossa participação. Para isto o trabalho do Carlos F. Kieling no blog http://www.audaxdovale.audax.org.br/
Foi ótimo e importante. Tivemos alguns relatos e história para contar, boas e ruins, mas motivaram a participação de outros brasileiros em eventos maiores.
Nos anos seguintes tivemos outros participantes em brevets longos, os primeiros brevets de 1000 km no Brasil, o primeiro Randonneur 5000.
Em 2011 temos o primeiro grande grupo de Brasileiros no PBP.
Pretendia fazer uma pesquisa para colher informações que poderiam ser importantes para as próximas participações brasileiras, em 2015, mas até para fazer a lista completa dos participantes já tivemos dificuldades, imagina fazer uma pesquisa com 50 participantes. A confecção, encomenda e envio das camisas foi outro trabalho.
Em novembro fiz uma lista com o nome de 65 brasileiros que pretendiam participar do PBP 2011, destes apenas 22 estão pedalando na França neste momento. A questão não são os 22, mas os demais que decidiram participar quando, e se tiveram tempo de se preparar adequadamente?
Também fico pensando porque de muitos dos melhores randonneurs brasileiros não estarem participando do PBP 2011? Mesmo aqueles que teriam condições financeiras para estar lá!
É melhor cair na real e deixar de sonhar.
O fato é que os brasileiros estão participando do PBP 2011 e nem consegui colocar mais informações como deveria ter feito durante a semana. Acho que não tenho a mesma capacidade que o Kieling teve em 2007. O fato é que devemos aproveitar a oportunidade para divulgar a modalidade, para torcer a acompanhar os amigos, e quem sabe teremos muitos brevetados, quem sabe todos escrevam um bom relato que motive muitos outros a participar e organizar brevets.

Alguns recados para complementar esta postagem:

Acho que conseguimos que a maior parte dos brasileiros com menos experienca fossem bem informados, e preparados para a prova.
Já estão largando os grupos de 90 horas. Alguns como Cezar largam as 21:00, isto é 16:00 horas de Brasil.
Todos tem um chip no tornozelo, mas parece que somente tem sensores nos PCs.
Silas, 8574, Rafael, 8575, e eu largamos segunda as 05:00, ou meia noite no Brasil.
Muito obrigado a todos pela torcida, e garanto que vamos carregar bem a bandeira brasileira.
Abraços a todos e bom pedal,

Richard Dunner


eu me sacrificarei para esse vosso objectivo, andadando com vòs uma parte do percurso
para vos propulsar para um ressultado positivo, sabendo que eu conheço o percurso
inteiro como os meus dedos e os pontos mais fragéis, e podêr ir o mais longe para
dormir a st. Nicolas du pelem

Jorge Martins

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Quem será o próximo Randonneur 5000 brasileiro?

Para o conquista do titulo de Randonneur 5000 os pré- requisitos principais são:
Um Paris Brest Paris
Um brevet 1000 km
Uma Fleche
O saldo de 5000 km em brevet.
O prazo para conquistar a medalha é de 4 anos.

Em 2009, após a conquista deste titulo, fiquei na torcida por Erich Brack e David Dewaelle que conquistaram o Paris Brest Paris 2007, mas para ambos ficou faltando a conquista de brevet 1000.

Vendo a lista dos brasileiros que irão ao Paris Brest Paris, conferindo a lista dos ciclistas que concluíram os brevets de 1000 km e fleches, fica fácil descobrir quem pode ser Randonneur 5000 ainda em 2011, caso conquiste o Paris Brest Paris 2011.

Lidiane Tâmara Lauermann, Alexsander Kohler Gomes e Edson Behenck Alves já possuem uma fleche, um brevet 1000 e os 5000 km de saldo e podem ser R 5000 ainda este ano.

Em 2012 o Luiz Roberto Velho Lazary, se conquistar o PBP 2011, precisara apenas de uma fleche para conquistar a R 5000

Também em 2012, os demais ciclistas brevetados no PBP 2011, também poderão conquistar a R 5000, desde que obtenham os demais brevets necessários. Isto só poderá acontecer depois do próximo brevet de 1000 km que provavelmente deva ser realizado no segundo semestre, depois das Fleches que são durante a Páscoa.

Ler o regulamento Randonneur 5000

Ver mais informações

Lista dos Brasileiros no Paris Brest Paris 2011

Boa sorte aos brasileiros no Paris Brest Paris 2011, vocês podem ter mais um motivo para concluir o PBP

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Algumas dicas extras sobre PBP

Algumas duvidas dos participantes

Perigo de roubo/furto durante o PBP
Já vi ciclista levando cadeado no PBP, mas acho que será muita “sorte” tem algo furtado durante o PBP. Bem, eu tive, mas deixei a roda ao lado do carro na calçada.
No ginásio local de largada e chegada, o participante precisa apresentar a ficha de inscrição com etiqueta numerada, para sair ou entrar com bike.
Nos PCs, vai ter centenas de bikes estacionadas e não irão furtar justo a tua. Não sei de nenhum caso durante o PBP 2007.
Também não fiquei sabendo de roubo de faróis ou itens de acessório, eu deixei sempre na bike, mesmo enquanto dormia e não sumiu nada.

Não deixa a bicicleta solta, cuida até mesmo chaveada, em Paris e periferia!

Comida fora dos PCs para ganhar tempo!
O PBP é realizado em estradinhas secundárias na região da campanha/ florestas, ou seja, as estradas do interior que aqui são em grande parte estradas não asfaltadas. Não existem postos de combustível com lojas de conveniência e nem grandes restaurantes no caminho do PBP. Fora dos PCs as opções de comida são mais raras.
Em uma ou outra vila eles montam lancheria em barracas de lona, algumas vezes vai encontrar mercadinho atendendo ciclistas na madrugada, tem gente oferecendo água, café e biscoitos na estrada em alguns locais, mas não dá para deixar de comer nos PCs para querer se alimentar apenas na estrada! Quem fizer isto vai comer pouco.
Vale a pena perder um pouquinho mais de tempo e comer nos PCs.
Tem fila nos PCs, mas não é tão exagerado o tempo perdido, é só não mosquear demais.

Nos Pcs tem:
Água potável de boa qualidade;
Lancheria com café, Coca-Cola, água, baguete, etc
Restaurante que serve o prato do dia: bandeijão onde vai pedindo o que quer e eles servem o teu prato: Arroz, sopa, massa, molho, carne, queijo, vinho, coca-cola, água, cerveja, chá e outros. Depois de servido vai com a bandeja no caixa que eles calculam o valor- para mim dava sempre em torno de 10 euros- preço acessível para os padrões europeus.

Quanto de dinheiro levar!
Em 2007 eu levei 200 euros em dinheiro, sobraram uns trocadinhos, gastei em:
- comida e bebida
- um aro traseiro completo (58,00)
- três câmaras de ar 700,
-uma centragem de aro mal feita de cinco euros;
-Alguns cartões postais e dois jornais.

Nos restaurantes do PBP- são comunitários e não vi ninguém pagando com cartão;
É aconselhável levar cartão de credito para o caso de emergência e até em caso de desistência para comprar o bilhete de trem para o retorno a Paris.

Passaporte levar junto!

Resposta difícil, a questão não é levar, é onde deixar!
O que li em livros e revistas com dicas de viagem e também já fiz algumas vezes é:
- deixar o passaporte o hotel;
- levar a carteira de identidade, brasileira mesmo, junto colocar um cartão (de visita) do hotel. Se precisar, diz que esta hospedado no hotel e que o teu passaporte esta lá!
- O caso de quem não vai estar em hotel é mais complicado, daí depende de cada situação.
Se levar o passaporte durante o PBP use um saco estanque
Saco estanque pequeno
Ou então
Porta documentos

Na vistoria você recebe um saquinho para colocar o “Passaporte” do PBP

Vento
É mais forte perto de Brest e geralmente é em direção mar- terra, ou seja, contra para ir e a favor no retorno. O retorno é importante no PBP porque alem do vento tem a ânimo de estar mais perto do final. Clima é clima e é importante ver a previsão alguns dias antes até para saber o que vestir.
Comparando o clima de verão da França com o do Brasil. Para quem vai participar do PBP é claro. Para quem é do sul: não vai encontrar frio e nem tanto calor. Para quem é do Sudeste ou Centro, não vai encontrar tanto calor.

Orientação e uso do GPS
Mesmo contrário ao que os aficcionados por tecnologia podem considerar, no PBP o GPS não é necessário. Mais necessário considero levar a planilha impressa para que, se não encontrar alguma placa no percurso final, olhar qual é a próxima localidade, procurar a placa indicativa da estrada e seguir. Necessário é saber perguntar. Cada um deve saber a sua capacidade de orientar-se, teve ciclista perdido em Roca Sales (cidade com duas ruas apenas) durante o brevet de 200 km de Lajeado.
Em minha opinião, um brevet não é apenas pedalar certa distancia, mas a oportunidade de viver aquele desafio, aquele momento e acima de tudo de aprender algo.
A medalha por si só vale muito pouco, o que vale é o esforço para conquista-la.

Medo de tombo
O maior perigo é o sono, teu e dos outros, mas se você juntar o sono dos outros e a tua vontade de querer andar no vácuo o tempo todo, o perigo de cair é maior. Basta observar e vai perceber que o ciclista da frente, ou do teu lado, esta andando mal e não consegue manter a linha reta.

Vácuo Psicológico
Usa o vácuo psicológico e não o físico!
Vácuo psicológico de estar pedalando em um grupo motivado em média sustentável, mesmo que esteja a um metro do ciclista da frente. Este tipo de vácuo pode ser mais útil do que o físico de cortar o vento apenas. Se você fala francês converse um pouco com algum, enquanto pedala, ele vai te dar dicas de andamento, da estrada...
Fuja de ciclista chorão, principalmente se ele fala a tua língua, o desânimo é mais contagioso que o vírus da gripe H1N1 e os sintomas são imediatos.
É melhor ser o mais fraco entre os fortes, do que o mais forte entre os fracos, principalmente psicologicamente.

Economia errada durante PBP.
-Economizar creme hidratante e na quantidade de comida;
Economize tempo mal aproveitado, aproveite bem o tempo parado para fazer o que realmente precisa que é comer, dormir, consertos bike...

Uso de fones de ouvido e celular durante o Paris Brest Paris.

Na minha sincera opinião, são dois itens supérfluos, mas tem ciclista que não desgruda destes aparelhos, acaba deixando de escutar outras coisas. Alguns ficaram insatisfeitos com a proibição do uso destes aparelhos durante o PBP.
O que não se observou é que é proibido usar fones de ouvido e não é obrigatório o uso do capacete! Porque isto?
O Paris Brest Paris segue os mesmos princípios do regulamento dos Brevets Randonneurs Mundiais
Ler o regulamento!

Artigo 5- Cada participante é considerado como estando em uma excursão individual, ele deve respeitar o código de transito e todas as sinalizações oficiais.

O código de transito da França não obriga a utilização do capacete por parte do ciclista. O Código Brasileiro também não trás esta obrigação, mas o capacete é exigido nos brevets por exigência do regulamento de cada clube/organização.
O código da França proíbe o uso de celular e fone de ouvidos enquanto o motorista esta no volante. O Código Brasileiro também trás esta proibição. Qual é a novidade? O ciclista pedalando na França é considerado como veiculo no transito, porque poderia usar fones de ouvidos?
No brevet de 600 km de 2011, inclui no regulamento, a proibição do uso de fones de ouvidos. Considero que o uso dos fones aumenta do risco do ciclista ser atropelado por um veículo, principalmente nas estradas onde o brevet foi realizado. Na época nenhum participante reclamou desta proibição, alguns até elogiaram a atitude.
Porque alguns futuros participantes reclamam desta regra?
1- Porque aqui não existe uma definição clara sobre esta proibição para ciclistas;
2- Porque não estão acostumados a respeitar as leis, às vezes nem as do bom senso.
Se o código aqui não é respeitado por muitos, isto não justifica fazer o mesmo.
O participante do PBP poderá ser abordado não apenas por um voluntário da organização e receber advertência ou punição, mas também por um policial da “policia rodoviária” de lá.

O que me faz pensar é:
- se alguém precisa tanto de um fator externo/extra para pedalar para se manter motivado, será que não falta gostar mais do pedalar de maneira que isto o satisfaça mais plenamente?
- será que não existem detalhes mais importantes para o randonneur se preocupar alguns dias antes do PBP 2011?

O Paris Brest Paris terá mais de 6000 participantes e serão raros os momentos em que não haverá alguém para conversar, ou apenas para escutar e tentar entender.
O PBP é na França, para quem é brasileiro, e vive aqui, o percurso sempre será novidade, mesmo no retorno em algum local que você foi de dia, poderá voltar durante a noite, não vai faltar o que ver, mesmo no trecho mais monótono do percurso

Aproveite o PBP como ele é e não como você imagina que seja.
Em 2007 não levei câmara fotográfica durante o Paris Brest Paris, quis reduzir o peso e a possibilidade de paradas e perdas de tempo. Durante o PBP enquanto pedalava olhei para o lado, avistei um castelo atrás de um lago, era lindo, nunca tinha visto um. Naquele momento me arrependi não ter a minha fotográfica. Passei uma ponte de pedra e cheguei a uma vila medieval linda, olhei para o lado e vi uma loja de Souvenirs. Parei e fui comprar alguns cartões postais, conversei com uma senhora idosa e com o dono da loja. Disse que levaria os cartões para a minha esposa ver o local lindo onde eu havia pedalado, ele me deu mais uma ½ dúzia de postais de presente. Sai super feliz por não ter levado a minha digital, teria as fotos, mas não teria a lembrança da conversa e nem os postais.

Pedalei os primeiros 360 km junto com o Jorge Martins e a Sylvie. O Jorge conversa muito e adora ajudar os demais sempre dando dicas. Eu poderia andar mais rápido, mas assim não me desgastei demasiadamente no inicio e aprendi bastante. O Jorge encontrou uma dinamarquesa com que fomos conversando durante algum tempo, mas depois nos desencontramos. Quando voltava de Brest á noite, pedalando sozinho, alcancei duas mulheres que nem tinha ideia de quem seriam, até que reconheci a vós da dinamarquesa e fomos conversando como velhos conhecidos (do dia anterior), até eu deixa-las para trás em alguma subida. Possivelmente se eu estivesse com fones de ouvido, me isolando do mundo exterior, escutando musicas que eu já havia escutado, não teria conversado com a Dinamarquesa. Mais tarde novamente nos encontramos por acaso em um PC e também logo após a chegada.

Palavras de Gustave de Beaumont sobre Alexis de Tocqueville:
“Na viagem de Alexis de Tocqueville, o que há de mais interessante é menos a viagem em si mesma do que a maneira de viajar. Ela era particular. Não poderíamos imaginar a atividade de espírito e de corpo que, como uma febre ardente, devorava-o sem trégua.”
“esses diversos modos de viajar são igualmente honestos e legítimos, e, não é para criticar aqueles que tomam as viagens como um exercício de corpo ou um agradável passatempo, mas apenas para mostrar que Alexis entendi-as de outra forma. Para estudar suas instituições e penetrar, por assim dizer, a alma de seu povo..”
“Nunca, de resto, em qualquer circunstâncias de sua vida, Alexis de Tocqueville deixou-se levar mais pela corrente de suas impressões do que pelo encanto irresistível dessas grandes solidões da América, onde tudo se reúne para inebriar os sentidos e adormece os pensamento”


Boa sorte aos brasileiros em 2011.