terça-feira, 7 de outubro de 2014

Calendário 2015

Brevet Comemorativo dos 10 anos da realização do primeiro BRM em Santa Cruz do Sul

BRM 200km – 08 mar 15
Santa Ciclismo – RS
ACP CODE: 980005
responsável: Luiz M. Faccin

Mais informações neste blog

Fleche Santa Ciclismo
A mais tradicional Fleche do Brasil
03 de abril de 2015
Local de concentração= chegada:
Faccin Bicicletas
Av. dep. Euclides Kliemann 544
Santa Cruz do Sul, RS

Calendário 2015 completo:

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Fleche Pomba Branca Erechim- Santa Ciclismo 2014

Fleche Pomba Branca Erechim Santa Ciclismo 2014

Largada 9h Marcelino Ramos
Quatro participantes
Capitão: Luiz M. Faccin
Evandro Anzilero
Marcel Lang
Adilson Geisler

22h Entrada Formosa- 322km
24h Hotel Feldmann 360km
Ponto de Concentração: Faccin Bicicletas em Santa Cruz doSul

Média pedalada: 22,1 km/h
Máxima: 59,5 km/h
Altimetria Acumulada 3613m


quarta-feira, 9 de abril de 2014

Fleche Santa Ciclismo 2014

Flechje Confirmada

Equipe Pomba Branca Erechim
Capitão: Luiz M. Faccin
Evandro Anzilero
Marcel Lang
Adilson Geisler
Eleonesio Diomar Leitzke

Percurso:
Marcelino Ramos- 8 horas do dia 18 de abril
Viadutos
Gaurama
Erechim
Passo Fundo
Tio Hugo
Soledade
Barros Cassal
Posto Paradouro Serrano- Herveiras
Ferraz
Vera Cruz
Santa Cruz do Sul- Faccin Bicicletas Ltda  = 363km
Previsão de chegada às 8h do dia 19 de abril de 2014


quinta-feira, 20 de março de 2014

Homologações Brevets Randonneurs Mundiais Brasil 2007

     Neste ano saímos da pré-história do “randonneuring” no Brasil para entrar para a fase da história. Tivemos novos organizadores, foi ano de Paris Brest Paris onde tivemos a primeira participação de um grupo de Brasileiros no PBP. Também foi feito um trabalho de conscientizar, ou melhor dizer, exigir dos organizadores as homologações, devido a necessidade destas para a classificação dos ciclistas no PBP.

    Devido a divulgação realizada no segundo semestre de 2007 surgiram organizadores em Brasilia e no Paraná.
Não foram organizados brevets em Porto Alegre, RS e neste estado foram organizados brevets em Santa Cruz do Sul (Santa Ciclismo) e em Lajeado (Pedalajeado). No Rio Grande do Sul tivemos brevet em mais uma cidade do interior do estado, mas este brevet foi o único realizado em 2007 a não ser homologado, o que já foi uma conquista se comparado com anos anteriores. Para constar este brevet teve 34 ciclistas que pedalaram os 200 km  do evento. 
Os brevets realizados em Brasilia tiveram um número grande de participantes.
Os brevets de Curitiba foram bem importantes para a classificação e preparação dos ciclistas para o PBP de 2007. Os brevets realizados no Paraná tiveram um grande percentual de ciclistas que não completou estes brevets.
Os brevets de SP foram melhor organizados e também classificavam ciclistas para o PBP
Embora os brevets eram organizados por clubes separados, por decisão do representante ACP da época, todos os brevets foram homologados pelo Clube Audax Brasil. Apenas no ano seguinte estas homologações foram realizadas separadamente e acredito que apenas depois de eu ter pedido a ACP o número para o Santa Ciclismo. Antes disto apenas o CAB- Clube Audax Brasil e a SAC- Sociedade Audax de Ciclismo possuíam número ACP, mas a SAC não organizou brevets em 2007.

Abaixo os brevets realizados e as homologações- número de homologados.

200km- Audax Brasil (Brasília) 25-03-2007   153 homologações
200km- Audax Brasil               10-02-2007    36 homologações
200km- Audax Brasil (Paraná)  10-03-2007    71 homologações
200km- Audax Brasil (Paraná)  31-03-2007    101 homologações
200km- Audax Brasil (Pedalajeado)  10-03-2007    120 homologações
200km- Audax Brasil (Niteroi)  10-03-2007    33 homologações
200km- Audax Brasil (Santa Ciclismo)  04-03-2007    132 homologações
200km- Audax Brasil (Ubatuba)  20-01-2007    20 homologações
200km- Audax Brasil (Campos)  10-03-2007    22 homologações

300km- Audax Brasil (Santa Ciclismo)  14-04-2007    79 homologações
300km- Audax Brasil (Campinas)  31-03-2007    17 homologações
300km- Audax Brasil (Brasilia)  22-04-2007    36 homologações
300km- Audax Brasil (Paraná)  28-04-2007    52 homologações

400km- Audax Brasil (Pedalajeado) 19-05-2007   43 homologações
400km- Audax Brasil (Paraná)    26-05-2007   17 homologações
400km- Audax Brasil (Campinas) 29-04-2007   21 homologações

600km- Audax Brasil (Paraná) 15-06-2007  14 homologações
600km- Audax Brasil (SP) 06-08-2007  18 homologações
OBS: em Campinas foram realizados mais de um brevet de 600km com o objetivo de classificação para o PBP e todas as homologações foram feitas no mesmo arquivo/data.

Resumo:
Brevets 200km=688
Brevets 300km=184
Brevets 400km=81
Brevets 600km= 32

Os arquivos de todas estas homologações foram salvos e estão disponíveis a quem os quiser consultar.
Nesta lista é provável que esteja faltando algum brevet homologado, pois somados são 2444 pontos e no ranking da ACP de 2007 o Brasil tem 2527 pontos, ou seja 84 pontos a mais. 

Paris Brest Paris Randonneur 2007
    Foi importante a participação dos brasileiros no PBP Randonneur 2007, nem tanto pelos resultados, mas muito pela expectativa, divulgação e necessidades de melhor organização geradas. Muito importante foi a cobertura realizada por Carlos F. Kieling de Lajeado. Foi a partir de 2007 que iniciamos a história que muitos randonneurs conhecem do que é longa distância não competitiva. É deste então que através da busca do Google você vai encontrar alguma coisa a mais sobre o PBP e a história que continuou

Aqui vai a fonte mais importante sobre os brasileiros no PBP 2007:

Veja no menu lateral do blog a Palavra Chave PBP

Em 2007 tivemos 14 ciclistas pedalando o PBP e apenas 3 que concluíram com sucesso. Estes relatos e sucessos incentivaram a decisão de outros brasileiros a também participarem de brevets de 1200km, o que aconteceu a partir do ano seguinte.

Vale lembrar que o calendário do ano seguinte é elaborado até outubro do ano anterior e desta forma o que é realizado em um ano é também decisivo para o ano seguinte.
A história continua em uma próxima postagem sobre o ano de 2008 onde já é possível encontrar mais informações disponíveis

quarta-feira, 19 de março de 2014

Homologações Brevets Randonneurs Mundiais Brasil 2005 e 2006

Homologações Brevets Randonneurs Mundiais Brasil 2005

Este foi um ano trágico. No final de abril de 2005 o presidente em exercício do Clube Audax Brasil, ciclista Alexandre Luz, faleceu ao ser atropelado enquanto pedalava o brevet 400km de Campinas SP.
Neste ano nenhum brevet foi homologado, nem mesmo os que já haviam sido realizados, no RS, SC, RJ e SP. Como exemplo posso citar o Brevet 200km de Santa Cruz do Sul teve 67 ciclistas que concluíram com sucesso o brevet, o arquivo para homologação havia sido enviado e o valor referente as homologações, passaportes e medalhas já haviam sido depositados na conta do Clube Audax Brasil. Todos os brevets eram realizados por este clube por sócios do mesmo. Todos os brevets eram homologados em um único envio para homologação realizado no final da temporada/ calendário.
O Clube Audax Brasil (CAB) acabou sendo extinto. Alguns ciclistas retomaram o clube e continuaram a realizar brevets com o mesmo nome e código ACP.
Os demais brevets do calendário no RS foram realizados e os ciclistas pedalaram sabendo que estes não seriam homologados. 
Não possuo as informações destes brevets, mas mesmo assim estes não existem para estatística oficial do Clube Audax Paris. 

Homologações Brevets Randonneurs Mundiais Brasil 2006

Apenas alguns números:
brevet 200km Audax Brasil    25-02-2006   13 brevetados
brevet 200km Audax Brasil    18-03-2006   33 brevetados
brevet 200km SAC Lajeado    07-05-2006   67 brevetados
brevet 200km SAC Santa Cruz do Sul   19-03-2006   110 brevetados

brevet 300km Audax Brasil 20-05-2006   06 brevetados

Todos os Brevets de 2006 realizados em Porto Alegre e Caxias do Sul não foram homologados porque o organizador não enviou os arquivos para que estas homologações fossem realizadas.

Nestes resgate utilizo como pesquisa e levo em consideração apenas os brevets homologados.
Não considero justo considerar como válidos brevets que não foram devidamente homologados, embora eu reconheça todo o esforço e os méritos dos ciclistas que pedalaram os brevets realizados. Eu mesmo fui um destes que pedalai diversos brevets não homologados.
Estes foram tempos conturbados em que muita coisa deixou de ser realizada.
No final deste ano, mesmo não sendo eu o representante ACP para o Brasil, fiz um esforço para resgatar o que restava, principalmente conseguir novos organizadores e fazer o calendário dos brevets de 2007, ano de Paris Brest Paris Randonneur.


Luiz M. Faccin

Homologações Brevets Randonneurs Mundiais Brasil 2003 e 2004

Resgate de algumas informações sobre os BRM realizados no Brasil  e homologados no Audax Clube Paris

Homologações Brevets Randonneurs Mundiais Brasil 2003

Tentei conseguir estas homologações, mas nem mesmo o Jean Gualbert Faburel, responsável atual pelas homologações internacionais do Clube Audax Paris possui estas homologações que foram realizadas na época por outro responsável. Neste ano foram realizados os primeiros Brevets Randonneurs Mundiais no Brasil e estes foram apelidados de Audax. Os brevets foram realizados pelo Clube Audax Brasil. O ciclista Manoel Rama Terra completou o Paris Brest Paris 2003

Homologações Brevets Randonneurs Mundiais Brasil 2004

Apenas alguns números:
brevet 200km SP/Rio 07-02-2004   22 brevetados
brevet 200km SP/Rio 06-03-2004   52 brevetados
brevet 200km POA    13-03-2004   201 brevetados

brevet 300km SP/Rio 10-04-2004   10 brevetados
brevet 300km SP/Rio 01-05-2004   16 brevetados
brevet 200km Caxias do Sul 10-04-2004   60 brevetados

brevet 400km SP-Campinas 29-05-2004   35 brevetados
brevet 600km SP-Campinas 26-06-2004   22 brevetados

Todos os Brevets de 2004 foram homologados pelo Clube Audax Brasil ( Audax Randonneurs Brasil 980001), único clube na época.

Abaixo o ranking do Clube Audax Paris a partir de 2003


Nessa tabela a ACP adota um critério de pontuação muito simples: cada 100km pedalados vale 1 ponto, ou seja, todo ciclista que completar uma prova de 200km conta 2 pontos para o seu país e assim por diante.

A nível de curiosidade coloquei nessa tabela o RS, que se tivesse homologado todas as provas desde 2004 ocuparia no ranking acumulado o 15o. Lugar, em 2007 o 16o. e em 2008 o 11o.  Fonte: 
http://www.audaxdovale.audax.org.br/2009/10/o-brasil-no-rankink-da-acp.html

Na fonte acima o Carlos conta com os números de todos os eventos realizados e não apenas com os homologados. A tabela é a que foi divulgada oficialmente pela ACP em seu site na época.

terça-feira, 18 de março de 2014

Mais uma vitima!

A realidade é mais real, e cruel, do que se quer imaginar.
Alguém disse:
"todo o ciclista que pedala estes eventos longos e muito longos, um dia sofre um acidente grave". Obs: isto não foi dito por um brasileiro.
Alguém escreveu:
O que acontece nos brevets é que muitos ciclistas não sabem e nem percebem o risco que estão correndo.
Algumas vezes penso que muitos ciclistas não sabem o que estão comprando. Algum pode pensar que estará seguro enquanto pedala um brevet, mas a segurança é algo efêmero e o que pode te salvar é a sorte, Deus, tua experiência, teu cuidado e talvez o resgate mais rápido.
Algumas vezes penso que alguns organizadores não sabem o que estão vendendo quando oferecem o evento mais alegre, mais divertido. Talvez fosse melhor oferecer o mais seguro, ou o com menor perigoso o que provavelmente não seja o que mais interessante. 

Em 2005 o ciclista Alexandre Luz morreu ao ser atropelado durante o Brevet Randonneur Mundial 400 km de Campinas, SP.

Neste último sábado dia 15 de março de 2014 o ciclista Egon Koerner faleceu ao ser atropelado por um motorista bêbado e sem habilitação durante a realização de um Brevet Randonneur 400 km no Paraná.

http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/geral/noticia/2014/03/procurador-regional-do-trabalho-de-sc-morre-atropelado-no-parana-4447730.html




Seria bom organizar apenas a lista de brevetados, lista de ciclistas que são Super Randonneur, Randonneur 5000, Randonneur 10000, ciclistas que completaram brevets de 1200km ou mais. Agora teremos que manter uma lista de vítimas e acidentados?
Não penso que deveremos banalizar ou esquecer os acidentes;

Como ciclista e organizador, com ainda um pouco de consciência, neste momento é difícil de pensar na possibilidade das próximas noites na estrada.

Imaginar a dor dos familiares e a tristeza dos organizadores, que como nós perdemos um amigo, mas e o futuro? Vamos pedalar para esquecer!

Alguém um dia disse que eu estava levando a organização dos brevets muito a sério, mas quando o bem mais precioso que temos esta em jogo, não  é uma brincadeira.

As lembranças dos momentos em que estivemos com o Egon estão na memória. O que nos resta é trabalhar para que a sua morte não tenha sido em vão.

Já não sei se penso exatamente o mesmo como pensava em 2005, mas segue abaixo o texto que escrevi na época: 

Brevet Randonneur X Morte


1- Como todos devem saber: durante o Brevet Randonneur 400 km, realizado no final do mês de maio de 2005 em SP o Presidente em exercício do Clube Audax Brasil foi atropelado por um caminhão falecendo no local. 
 Fiquei muito triste com o que aconteceu, alem de ser mais uma vida que se foi, temos mais o que analisar e refletir.
O Alexandre estava praticando o esporte que gosto, estava pedalando a modalidade ciclística que mais pratico e era um representante da modalidade ciclística que também represento!
Se o vice presidente do Clube Audax Brasil, que era o representante nosso a nível internacional, de uma modalidade ciclística, morre atropelado durante um evento, o que dizer do cidadão comum, trabalhador, que não usa sequer refletor na bike, que não tem farol, que não sabe as regras de transito? Quando vamos conseguir fazer uma prova de 1200 km aqui? nunca? quem vai querer vir de outro país pedalar aqui nestas condições? Que segurança poderemos dar?
O que aconteceu lá poderia ter acontecido aqui em Santa Cruz, em Caxias, em Porto Alegre! Poderia ter acontecido comigo no brevet 400, poderia ter acontecido com alguém no brevet de SCS, poderia a pode acontecer com qualquer um!
Que mundo besta, animal que vivemos! Não podemos esquecer que vivemos no terceiro mundo e que por mais que possamos sonhar  temos pouco como mudar isto!
2- Quem não lembra do Morte do Airton Sena? O que existe de semelhança? Naquela época a imprensa noticiou de quase todas as maneira possíveis à morte do piloto. Ninguém que eu fiquei sabendo escreveu que: se o melhor piloto de Formula 1, competindo em uma pista exclusiva, utilizando toda a tecnologia possível, sofreu um acidente e morreu. Qual a possibilidade de isto acontecer com o cidadão comum, utilizando um veiculo qualquer, em pistas cheias de defeito e mal sinalizadas, sem utilizar equipamentos de segurança, em estradas cheias de pedestres, ciclistas, animais etc?  Se o melhor piloto do mundo morre em um acidente em alta velocidade, o que dizer do motorista comum que ultrapassa os limites aceitáveis de velocidade? A morte tem que ser utilizada como uma forma de conscientização, uma lição e não apenas para aumentar o Ibope dos meios de comunicação!
Com a morte do Alexandre devemos fazer o mesmo! Se o presidente do Clube Audax Brasil, utilizando equipamentos de segurança, transitando no acostamento de uma das melhores rodovias do país, pedalando no acostamento, morreu! O que dizer do ciclista imprudente que pedala sem equipamentos, que pedala em cima da pista de rodovias de mão dupla ou na contra mão?
3- Tem ciclista que reclamou das exigências da organização das provas no RS, que deveríamos ser mais liberais com os ciclistas, que os amigos com quem pedala são responsáveis. Tem ciclista que reclamou de ter que levar a bike para a vistoria, que reclamou de ter que levar pilhas reservas nas provas, de ter que utilizar o farol nas provas com largada no inicio do dia, que reclamou da penalidade por estar transitando no centro da pista etc.
A morte do Alexandre é a resposta para todos estes ciclistas! A resposta é uma interrogação: Você quer ser o próximo?
Reclamem da falta da segurança nas provas, mas não reclamem das exigências? Pedalem sabendo que Audax e Brevet Randonneur é um passeio muito bom, um desafio, mas que deve ser realizado com responsabilidade, que exige mais do que preparo físico, exige cultura, exige conhecimentos.
Pedalem sempre sabendo que o risco existe e em algumas situações somente o teu Anjo da Guarda poderá te ajudar!
 4- Acho que a morte do Alexandre não pode ter sido em vão e  temos a obrigação de lutar ainda mais para fazer o Randonneuring crescer, para tentar mudar ao menos um pouquinho deste mundo, nem que seja o mundo ciclístico!
O Alexandre morreu fazendo o que gostava, pedalando longa distancia em um BRM. Este fato tem que ser motivo de inspiração, de reflexão, mas não de desistência. Temos que seguir o exemplo dos alpinistas que chegam ao come da montanha em homenagem ao colega que morreu na tentativa.
Quem sabe em um futuro não realizamos um prova Audax 1200 km com o nome Alexandre Luz.
Outros ainda poderão morrer, mas é melhor morrer lutando do que viver derrotado!
Quantos ciclistas, quantas provas realizadas e quantos km percorridos na soma total de todas as participações? Quantos que venceram doenças, vícios, sedentarismo, stress para, e com, as participações nas provas de longa distancia? Quantas provas ainda iremos realizar? quantos ciclistas ainda irão participar? Quanto bem o Randonneur já fez? Quantos que saíram do sofá para pedalar? Quantos sobreviventes do Randonneur?
Não podemos pensar apenas no que morreu e esquecer os que ficaram! Por isto digo: O Randonneur não pode parar!!!

As pessoas vão, mas os BRM ficam!

Luiz Maganini Faccin


Junho 2005

sábado, 15 de março de 2014

Dez anos do primeiro Brevet Randonneur Mundial no RS

Dia 13 de março de 2004 foi realizado em Porto Alegre o primeiro Brevet Randonneur Mundial no RS
Prova do Clube Audax Brasil, organizada por ciclistas do grupo Bike-rs comandados por Marcelo Lucca.
Brevet contou com a presença de mais de 200 ciclistas e foi um marco na história do Randonneur no Brasil que a partir de então passou a ter mais adeptos.
Brevet contou com a colaboração de lojas de bicicletas que contribuíram com divulgação e inscrições podendo destacar a Bike Sul, Danda Bike, Bike Tech e Faccin Bicicletas.

Vale o recado do Luiz Lazary:

O Marcelo Guazzelli de Caxias do Sul descobriu!

Marcelo Lucca, aqui em Porto Alegre, junto com vários voluntários deram início aos sonhos das Longas Distâncias sobre a bicicleta.

Então, um muito obrigado a todos!

Pela possibilidade de praticar um esporte não competitivo!
Pela oportunidade de fazer amigos e de ter um encontro com a ALEGRIA!
Pela chance da aventura e da vida dentro da vida!

Um grande abraço!

Luís Lazary,

Porto Alegre - RS

Em março também podemos comemorar os cinco anos do primeiro brevet Audax realizado no Brasil.
Audax 100km do Santa Ciclismo realizado no dia 08 de março de 2009 em Santa Cruz do Sul.

http://www.audaxbresil.blogspot.com.br/2009/02/evento-inedito-audax.html

OBS: Os brevets Audax são os realizados conforme a Formula Audax, regulamento e calendário da União dos Audax Franceses e Audax Bresil. Os Brevets Randonneur Mundiais são realizados conforme o regulamento e calendário do Clube Audax Paris e Randonneurs Brasil.







quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Melhores e Piores relatos

Pensei em escolher o melhor relato de todos os escrito de um brevet Audax ou Randonneur Mundial.
Lendo alguns dos relatos publicados encontrei um que considerei o mais impressionante e um bom registro do que pode acontecer em um brevet. Melhor dizer, o que acontece nos brevets e que muitos ciclistas não sabem e nem percebem o risco que estão correndo.

Então indico a leitura dos três relatos abaixo e que são do mesmo BRM realizado em 2008:

O Último Audax de Rosane

No último dia 30 de novembro foi realizado o Audax Randonnée 200 km de Santa cruz do Sul, brevet que eu também pedalei. Fiquei sabendo de alguns acontecimentos que relato a partir de agora.

Foi um brevet com muito calor e depois vento e chuva forte. Últimos 50 km em asfalto com acostamento áspero e desnível grande em relação a pista. Resultado foi que vários ciclistas caíram, graças ao São Cristóvão, sem nenhum acidente grave.

A Rosane Gomes é candelariense e foi a primeira brasileira a completar um brevet de 600 km. Utiliza uma bike aro 700 com pneus 700x 35, pedala com cuidado e nunca havia sofrido tombos durante um brevet Randonneur. É a pessoa mais motivada e alegre que eu conheço e é responsável por termos vários outros ciclistas pedalando os brevets.

A Rosane estava logo depois de Rio Pardo, depois da chuva forte, pedalando no acostamento, bem próximo a pista, utilizando uma faixa mais lisa de asfalto. Quatro carros passaram, logo depois ela perdeu o equilíbrio e caiu para o lado da pista. Deitada com metade do corpo sobre a pista percebeu um carro passar e conseguiu visualizar toda a parte de baixo deste veículo. O Junior, seu filho, que vinha logo atrás, e também estava pedalando no evento, ficou apavorado quando viu um carro passando ao lado da cabeça da mãe. Depois de levantar a Rosane viu a marca do pneu do carro que raspou no seu capacete.
Novamente pedalando foi tomando consciência do que poderia ter acontecido e tomou a decisão de nunca mais pedalar os eventos Audax/Randonnée.
Estes acontecimentos ela me narrou no dia seguinte e me avisou da decisão.
Vai continuar pedalando, mas principalmente nas estradas no interior de Candelária. Vai sentir falta dos amigos que fez nas provas.



Veja algumas fotos do capacete:

http://picasaweb.google.com.br/luizmfaccin/CapaceteDaRosane#


Rosane!
Você sempre será a primeira brasileira que, apesar de todas as dificuldades, completou um brevet de 600 km. Você já tem o nome registrado na história e apenas vai mudar o lugar onde pedala. Quando conseguir vou pedalar contigo ai em Candelária, mas acho que vou de carro, ou pedalando por estradas de terra, para poder chegar vivo.


Lembranças:


Em 2005 o ciclista Alexandre Luz morreu ao ser atropelado durante o Audax/randonnée 400 km de Campinas, SP.

O kayo Oliveira me relatou sobre um amigo, vencedor e participante de vários eventos ciclísticos de longa distancia. Este ciclista pedalou o Paris Brest Paris 2007 e decidiu não pedalar mais eventos longos. Disse que "todo o ciclista que pedala estes eventos longos e muito longos, um dia sofre um acidente grave" e que ele iria parar antes de isto acontecer.

Outros comentários
:


Muito participante dos brevets Audax utiliza uma bicicleta com equipamento ótimo, moderno e leve, mas nem sempre o mais adequado para a situação em que está pedalando.
Muito participante dos brevets Randonneur, principalmente nos de menor distancia, não tem experiência em pedalar em locais estranhos, de noite, na chuva e com tantos fatores adversos.
Mesmo o participante mais experiente, utilizando o equipamento mais adequado e seguro, pedalando na estrada que conhece bem, com todo o cuidado possível, está sujeito a quedas e acidentes com perigo. Escrevo esta frase lembrando de quedas que sofri, apesar de todos os cuidados que tive.


Publicado Originalmente em:

Mais um Tombo no brevet 200km
Ainda sobre o brevet de 200 km do dia 30 de novembro.

Estava no Hotel Feldmann, quando da chegada do um ciclista, que relatou ter presenciado a cena mais engraçada que já havia visto durante uma pedalada.

Versão 1:

Disse o ciclista.

Estava pedalando durante a chuva forte, quando a bike derrapou e eu cai. No sentido contrário vinha um carro que freou e foi indo, indo, indo e desceu o barranco da estrada.


Versão 2:
Ainda no Hotel Feldmann fiquei sabendo a notícia que um amigo, também ciclista, havia capotado com o seu carro.
No dia seguinte este ciclista/ motorista me ligou e perguntei sobre o ocorrido e ele me relatou o seguinte:
Estava indo para Pântano Grande, durante a chuva forte, para acompanhar os meus amigos que estavam pedalando o brevet de 200 km. NO sentido contrário vinha um ciclista ( a descrição foi a mesmo da ciclista que contou a versão 1) que pedalava em cima da pista e caiu sobre o asfalto. O carro que vinha atrás desviou e passou muito perto deste ciclista caído, mas invadiu a contra mão, ou seja a pista onde eu estava. No susto eu freei o carro e desviei. O carro deslizou, deslizou e capotou ao sair do acostamento. Por sorte eu não me machuquei, mas fiquei com medo e senti o perigo. "Não sei se vou pedalar Audax no asfalto novamente, é muito perigoso".

O Objetivo destes relatos não é encontrar culpados, mas mostrar algumas coisas que acontecem durante os brevets e que independem da organização.
Quando o organizador está dando as orientações durante o briefing, muitos estão desatentos, ou mais preocupados com a janta que vem logo em seguida.
Muitos nem participam deste momento importante da prova.


Versão 3:
O ciclista,
que não devia estar pedalando em cima da pista durante a chuva forte,
quase é atropelado por veículo,
que não devia estar andando tão rápido durante a chuva forte.
Ambos causam um acidente com terceiro.
Na realidade o que mais me impressiona é que, provavelmente o ciclista cansado, caiu e não percebeu que quase foi atropelado.
Desta forma não tomou conhecimento do perigo que correu e achou a situação engraçada.


Outros:

Casal estava andando de carro durante a chuva forte quando presenciou ciclista andando em cima da pista que quase foi atropelado por carro que vinha no sentido contrário.

O colete refletivo deve ser utilizado quando
- começa a chover;
- estiver escurecendo;
- tiver neblina;
- tiver fumaça;
- ou qualquer fato que atrapalhe a visão dos motoristas.

No randonneur, que aqui chamamos de Audax, permite o andamento livre a cada ciclista pedala no seu ritmo. Um ciclista pode estar andando sozinho a quilômetros do ciclista mais próximo.
No Audax, que ainda não foi realizado no Brasil ( escrito antes de 2009), os ciclistas pedalam em grupo a uma média horária imposta. Desta forma pode ser utilizado carros, ou motos, como veículos batedores, o que aumenta em muito a segurança nos brevets.

Devido a estes fatos, estou acreditando ainda mais na vantagem do item segurança, nas provas pedaladas em grupo.
Publicado originalmente em:

Despedida da Rosane

Luiz e amigos ciclistas!
É com muita tristeza que encerro minhas provas no Audax.
Depois do susto do ¨meio atropelamento ¨ tive conciência dos riscos que corremos.
Depois de passar todo aquele calor, temporal com direito a muitos ventos, quase morri.
Claro que todos sabem que estou com uma doença letal, e que pelos meus médicos tinha no máximo uns 17 messes de vida, mas resolvi lutar e já vou para meu quarto ano.
Tudo isto graças ao meus filhos pois comecei as pedaladas com muito incentivo deles, aos amigos Luiz Faccin e Giovane, que sempre me apoiaram pois foram os primeiros que me darem muitas dicas dos Audax, a Gabriela, Alessandro, Joel,Baltazar Lidiane, Corrente, Udo,......e muitos outros.
Foram mais de 12 provas entre elas os 600km.
Não está sendo fácil abrir mão do Audax, foram pedaladas que me marcaram.
Muitos amigos, tantos que não lembro seus nomes, mas reconheço muito bem cada um deles seja em qualquer lugar ( apesar do problema neurológico ). Passei muito frio, calor, medo das pedaladas durante as noites em que ficava muito tempo sozinha pois meu rítmo é lento e mal consigo acompanhar meu filho Júnior, que muitas vezes ficava para trás trocando pneus e me mandave seguir para não nos atrassarmos.
Tenho muita coisa para contar que acho até que vou iniciar um relatório para quando eu me for poderam ler com mais tempo.
Meu muito obrigada a todos que sempre ajudaram nas provas, ao meu marido Luiz, que me deu apoio em todas elas, ao meu filho Márcio pela paciência.
Gostaria de ter cara de pau para quebrar minha promessa de não voltar aos Audax, e também coragem. Mas prefiro morrer ¨naturalmenta¨como dissem meus médicos.
Desejo para todos ótimas pedaladas e não desistam jamais, ( Tomem muito cuidado e que Deus os abençôe).
Mil bjs.
Se precisarem de mim estarem em Candelária de braços abertos.OBRIGADA!!!!!!!!!!!!!

Publicado originalmente em:


Em breve vou escolher o relato mais engraçado.
Acho importante ler e reler estes relatos.

Alguns ciclistas me perguntaram  por onde anda a Rosane.
Segue abaixo a foto da nossa amiga no Audax Caminhada 25km de Candelária realizado em setembro de 2014. Ultimamente esta participando de rusticas e dando palestras.




quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Primeiro Randonneur 10000 Brasileiro

Esta confirmado, o Brasil já tem um ciclista Randonneur 10000

Veja no site:
http://www.randonneursbrasil.org/lista-randonneur-10000/

Parabéns Nilson Ricardo de Macedo Randonneur 10000 número 49


Mais informações sobre esta conquista, leia o regulamento em :

http://www.randonneursbrasil.org/regulamento-randonneur-10000/



Em 2013 foram 34 ciclistas que conquistaram este titulo, entre estes
15 japoneses, 8 espanhóis, 5 franceses, 2 alemães, 1 croata, 1 canadense, 1 belga e um brasileiro.

Ver resultados:
http://www.audax-club-parisien.com/download/Resultats2013_0405.pdf


Foto: Nilson pedalando o brevet de 400km do Santa Ciclismo em 2013


Um brasileiro entre os primeiros R10000 das américas.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Primeiro Randonneur Brasileiro



O primeiro brasileiro a pedalar um brevet 1200km e Paris Brest Paris
(Resgatando mais um pouquinho de história)

Em alguma noite do mês de janeiro de 2005 estou no centro de Garopaba passeando com a família. Parado na calçada sem querer olho para a traseira de um carro estacionado e vejo algo raro, muito raro, que talvez poucos pudessem entender o seu significado. Era difícil de acreditar, mas o carro estava com vários adesivos de Brevets Randonneurs, mais conhecido como Audax aqui no Brasil, uma modalidade muito pouco divulgada. Adesivos Randonneurs Canadá, Boston Montreal Boston e Paris Brest Paris, seria possível? Quem teria participado de todos estes eventos? Possivelmente algum paulista do Clube Audax Brasil em férias nesta praia, mas a placa era de Garopaba.

Resolvi esperar e conhecer o motorista. Estava ali a mais de ½ hora e nem sinal, resolvi deixar o meu cartão com e-mail, site, telefone e algumas palavras sobre Audax e randonnée, no pára-brisa do veiculo, mas fiquei por perto. Um minuto de distração e o carro desapareceu. Perdi uma grande chance de conhecer um ciclista, ou apenas um apaixonado por está modalidade de ciclismo de longa distancia não competitivo.

Mais alguns dias na cidade e nem sinal de carro adesivado! Final de férias e nem sinal de receber algum improvável contato do ainda mais improvável ciclista participante destes desafios ciclísticos. Em alguma noite do mês de julho de 2006 estou em casa em frente ao computador conferindo os e-mails e leio no assunto de um deles: Contato do ciclista de Garopaba! Pensei ser algum ciclista qualquer desta praia famosa a procura de alguma informação sobre algum texto que escrevi e publiquei em algum site!

Surpresa, um ciclista chamado Kayo Oliveira, que reside em Boston, estava com o meu cartão deixado no para brisa do carro em Garopaba. Reside 6 meses em Boston e 6 meses em Garopaba. Retorno o e-mail e pesquiso a internet a procura de algum Kayo. Encontro resultados de breves de 400 e 600 km e uma foto de algum Paris Brest Paris. Conhecer um audaxioso que pedalou 600 em Boston já seria bom, poder conversar e trocar informações melhor ainda. Os e-mails demoraram a ter retorno, mas ficamos de nos encontrar em Garopaba no inicio de 2007.

Novembro de 2006 recebo um e-mail com fone, endereço e aviso que o Kayo estava em Garopaba e assim que eu estivesse lá deveria ligar para um encontro. Na tarde do dia 17 de janeiro de 2007, estou em Garopaba ligo para o Kayo que atende o telefone. Quinze minutos e chego pedalando na linda casa de um senhor barbudo e simpático. Antes de tocar a campainha vejo na garagem o carro adesivado estacionado.

As três horas seguintes passaram rapidamente e conversamos como velhos amigos ciclistas que a muito pedalam juntos. Como em um brevet o tempo passa rápido quando você está fazendo o que se gosta, como em um brevet, não existe diferença de idade, todos somos jovens. A seguir relato um resumo das informações colhidas nesta conversa e nos demais encontros que tive com o meu amigo Primeiro Randonneur Brasileiro. Este texto tem como objetivo divulgar a história desconhecida de um ciclista brasileiro, e deixar disponível um pouco das experiências que podem ser úteis para futuros participantes e organizadores de Brevets Randonneur Mundiais e Audax.

Este texto ainda representa um pouco do meu interesse por ciclismo e por história. Kayo Oliveira, 61 anos é natural de Novo Hamburgo, RS, pedala desde os 16 anos de idade e está a 30 anos em Boston ( escrito em 2007). Agora que está aposentado vive 6 meses em Boston onde vive a sua filha e 6 meses em Garopaba, onde reside sua mãe e irmão. Vive no verão, fugindo do intenso frio do inverno em Boston. Disse estar cansado de neve, mas nunca se sentiu cansado para pedalar sua mountain bike, com mais de 30 cm de neve nas montanhas locais a 10 graus negativos por 36km ou até mais!

Kayo pedalou o primeiro brevet em 1994, mas apenas depois de muita insistência de um amigo. Depois do primeiro brevet 200 ficou viciado e só parou por problemas de saúde.


Premiação Boston Montreal Boston 1998


Principais participações e comentários:

1994 até 1996:
pedalou alguns brevets a cada ano.
1997: pedalou: 2 brevets de 200 km, 2 brevets de 300 km, 2 brevets de 400 km, 2 brevets de 600 km e um brevet de 1000 km. Todos em Boston.

1998: pedalou os brevets de 200, 300, 400, 600 e completou o Boston Montreal Boston 1200 km. O BMB ( Boston - Montreal - Boston) é considerado o brevet de 1200 mais difícil devido a grande quantidade de montanhas a serem superadas, principalmente no primeiro e quarto dia de pedalada.

1999: pedalou os brevets de 200, 300, 400, 600 e o Paris-Brest-Paris 1200 km. O PBP (Paris Brest Paris) é o brevet de 1200 km mais tradicional, realizado a cada 4 anos a mais de um século, é o que conta com o maior numero de ciclistas participantes. Kayo, mesmo residindo em Boston e tendo feito toda a sua preparação lá, participou do PBP como brasileiro, prova disto é que a placa que utilizava estava com a bandeira do Brasil.

2000: pedalou os brevets de 200, 300, 400 e 600. O brevet de 600 km de Boston é muito difícil, para muitos é mais difícil que o brevet de 1200 km. Os desníveis de altitude são muito grandes e dizem que quem completa o 600 em Boston está preparado para pedalar os 1200 km.
2001: pedalou os brevets de 200, 300, 400, 600 e o desafio 4x125 milhas de Boston (800 km).

2002: pedalou os brevets de 200, 300, 400 e 600. Participou do BMB 1200 para ajudar dois amigos, depois de 400 km na chuva no inicio da prova e dos amigos desistirem resolveu também abandonar.
2003: Depois de muitos problemas com o joelho fez uma cirurgia para colocação de uma prótese e não pedalou a partir de julho.

2005: pedalando devagar sofreu uma queda ao tentar tirar uma folha da roda dianteira. Caindo de cabeça no chão quebrou uma vértebra do pescoço. Acidente grave que poderia ter lhe tirado a vida, ou deixado com seqüelas graves.
2007: Após um longo tratamento, mesmo contra a vontade da família (devido ao acidente), se prepara para a partir de abril retornar lentamente as pedaladas.

Kayo não se define como um ciclista rápido, mas como um ciclista capaz de pedalar o dia todos sem ficar cansado!Kayo participa da organização dos eventos em Boston como voluntário e demonstrou grande interesse em saber informações sobre os eventos realizados no Brasil.

Texto publicado originalmente no site Inema: http://inema.com.br/mat/idmat083916.htm


Luiz, Paulo de Oliveira ( irmão de Kayo) e kayo de Oliveira no encontro em 2007.



O encontro/ descoberta do Kayo Oliveira para mim representou algo semelhante a carta marítima que o Amyr Kling encontrou em um abajur quando estava prestes a  embarcar para a travessia do Oceano Atlântico com uma embarcação a remo.

Texto que o Kayo enviou dias antes do PBP 2007
Como estás? Espero que estejas pronto para esta façanha, Milhões de felicidades e muita sorte, tenho certeza que completaras a prova. Não esqueça da hidratação e alimentação estes são os teus principais aliados, paradas curtas e objetivas, nao te comprometa com muitos outros ciclistas, pois eles podem te prejudicar em caso de cansaço de parte deles, ou em caso de problemas mecânicos com as bicicletas deles. O melhor e te aliar a quem tu conheça e mantenha a tua cadencia. O entusiasmo inicial e contagiante e pode levar o ciclista a um desperdício de energia inicial que poderá vir a fazer falta mais tarde. Acredito teres um plano geral para a prova, ser for o caso procure mante lo a medida do possível. Cansaço faz com que a gente procure desculpa para fazer paradas desnecessárias, mantenha te na bike mesmo que for em velocidade reduzida, pois pouco progresso e melhor nenhum progresso. Se la pelas tantas tu começares a alucinar, não te assustes, pois não serás o primeiro Audaxioso a passares por isto. Importante, a região de Bretagne e famosa por uma bebida feita de maca, se não falha a memória chama se Cidre ou algo assim, sob nenhuma hipótese beba a durante a prova, pois e bem possível que pode te causar um problema estomacal violento, ou melhor pode te dar uma corredeira como tu nunca tiveste. Bem meu amigo, vou ficar torcendo por ti e toda gauchada que se atreveu a encarar os 1200 km. nas estradas francesas, BOA SORTE E PEDALEM COM SEGURANCA. Julho 2007.




Kayo com a camisa do BMB

A conquista de amizades vale mais do que as medalhas.