terça-feira, 30 de junho de 2009

Pré Inscritos para brevet 1000 km

Lista finalizada dia 28 de abril

1-Luiz Maganini Faccin (RS) {Com brevet 600 km }
2-EDIMAR DA SILVA (RS){Com brevet 600 km }
3-GLADEMIR HENRIQUE SCHMITZ (RS)
4-Klaus Rurack (RS)
5-Vitor Hugo Matzembacher (RS){Com brevet 600 km }
6-Osvaldo de Oliveira Nunes (DF){Com brevet 600 km }
7-DEMEURE SILVA RIBEIRO (DF)
8-Osvaldo de Oliveira Nunes Junior (DF)
9-RUBENS PINHEIRO GANDOLFI (RS){Com brevet 600 km }
10-Jonas Ruschel (DF){Com brevet 600 km }
11- Marcos Reginaldo Furtado da Silva (DF)
12- Jorge Fernando Estevão Maciel (RS)
13- Rafael Pereira de Castro (RS){Com brevet 600 km }
14- Joci Jorge Gugelmin (SC)
15- EDUARDO DÁVILA BERNHARDT (RJ)
16- Rogério da Silva Bernardes (DF){Com brevet 600 km }
17- Bruno lima do Nascimento (DF)
18- EDSON BEHENCK ALVES (RS){Com brevet 600 km }
19- ISAC CHEDID SAUD FILHO (RS){Com brevet 600 km }
20- LUIZ HENRIQUE COSTA Mitczuck (RS)
21- Ricardo Baldasso (RS)
22- Antonio Carlos Lacerda (PR)
23- Luciano Borowski Hansen (RS)
24-Mogens Nielsen (RS)
25-Herberto Martini (RS)
26-Roberto P. Trevisan (RS){Com brevet 600 km }
27-Marcos Rogério Gelain de Sá (RS)
28-Eduardo Levandoski Ribeiro (RS)
29-Richard Dunner (SP)
30-Lucio Roberto Schossler (RS)
31-Rolf Harms Hinrichs (RS){Com brevet 600 km }
32-José Íris Moraes Figueiredo (RS)
33-Jeferson Emiliano de Oliveira (RS){Com brevet 600 km }
34-Erich Brack (RS){Com brevet 600 km }
35-Jair Nelo Pinto (RS){Com brevet 600 km }
36-Paulo Carneiro Endres (RS){Com brevet 600 km }
37-Paulo Roberto Bagatini (RS)
38-Udo Carlos Weissenstein (RS){Com brevet 600 km }
39-Eduardo Spellmeier (RS)
40- Edson Carlos Berreta (RS){Com brevet 600 km }
41- Geverson Porciuncula(RS)
42- Mateus dos Santos Ferreira Lemos(RS){Com brevet 600 km }
43- Lotário Hartmann (RS)
44- José Vilson Araujo (RS){Com brevet 600 km }
45- Alexander köhler Gomes (RS)
46- Simone Barbisan Fortes (RS)
47- Everson Tag (RS)
48- Luìs Roberto Velho Lazary (RS) {Com brevet 600 km }
49- Evandro Paulo Sarzenski (RS)
50- Ronaldo Paulo dos Santos (RS){Com brevet 600 km }
51- Carlos Raul dos Santos Calvete

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Porque a pré inscrição?

Depois de realizado o brevet 600 poderia fazer um balanço do que já foi realizado nesta série 2009 do Santa Ciclismo. Mas o brevet de 1000 km vem ai e vou deixar estas analises para depois.

Este blog é para quem gosta de ler e por isto não fique limitado a ultima postagem.

Porque a pré-inscrição?
O brevet de 1000 km está sendo organizado a primeira vez aqui no Brasil e é organizado de forma amadora. É muito importante antes de tudo lembrar isto.
Quando se vai fazer algo que nunca foi feito o número de interrogações e chances de erro é bem maior.

A minha idéia era de organizar um brevet com poucos ciclistas e apenas com ciclistas experientes, isto torna a organização muito mais simples e fácil.
Na realidade eu gostaria de escolher quem poderia participar do brevet de 1000. Isto seria injusto com certeza. Seria autoritário e estaria contra o principio básico das modalidades Randonnée e Audax que é o de ser um evento democrático. Nos brevets não existe distinção de bicicleta, idade, sexo, religião, tamanho, e outros. Não vou ir contra estes princípios de igualdade, mas que eles aumentam em muito o trabalho do organizador é certo.

Pensava em limitar o número de participantes do brevet 1000, mas surgiram várias duvidas e a primeira foi quantos.
Para ter uma amostra dos interessados pensei em fazer a pré-inscrição.
E surgem outras duvidas.
Se faço a pré inscrição tenho que divulgar.
Quem não sonha em pedalar e concluir um brevet 1000 ou 1200?
Se divulgo alguma pré inscrição, onde basta clicar e digitar algum nome e alguns números, para estar pré inscrito, podem surgir dezenas de pré inscritos que nunca irão pedalar um brevet de 400. Também aparecem os bisbilhoteiros de plantão na internet: apareceu um link, clica para ver o que é, na esperança de ter alguma vantagem. Tem ainda os na duvida, será que faço!
Para evitar isto é melhor cobrar alguma coisa.
E as duvidas continuam: quanto?
Apesar de alguns me dizerem: cobra mais! Não seria uma má idéia levando em consideração que o ciclista teria um motivo a mais para participar do brevet 1000, utilizar o valor já pago. A idéia foi apenas ser algum valor o que na realidade representava:
uma atitude: a de pagar,
uma ação, ir no banco, ou fazer a transferência, ...
um movimento em direção ao brevet 1000;
uma decisão: eu quero ir e por isto estou me pré inscrevendo;
um pensamento: vou ir.

Pagar os 10 reais foi mais psicológico do que pratico. Teve alguém que me enviou um e-mail que me deu a resposta que eu precisava. Avisou que havia realizado a pré inscrição, impresso o boleto, quando estava na fila para pagar, pensou. Pensou no que iria gastar, no tempo que teria que estar longe do trabalho e decidiu que não iria participar e não pagou o boleto. Magnífica resposta!
Com certeza muitos não pensaram antes de pagar os 10,00 e nem sabem se irão pedalar o brevet 1000. Outros já haviam decidido a muito tempo que iriam pedalar os mil. Outros tem capacidade de anunciar que irão pedalar os mil, mas são seres superiores ou desatinados e não realizaram a pré inscrição. Outros irão decidir participar do brevet 1000 apenas depois de haver concluído o brevet de 600, e após terminado o período de inscrição.
Os 10,00 são importantes e ajudaram a pagar o molde a parte do valor das medalhas. Se alguém se achar injustiçado eu devolvo o valor pago.

Os fatos continuam acontecendo e para economizar frete, tempo e ter redução do valor unitário, eu resolvi encomendar as medalhas dos brevets, Fleche, 400, 600 e 1000 em uma única remessa.
Quantas medalhas encomendar?
Mesmo sabendo que em 2008 apenas 17 ciclistas completaram o brevet de 600, foi otimista e encomendei 25 medalhas cromadas para o brevet 1000. Nesta altura já havia decidido aumentar o número de participantes. AS medalhas são as fabricadas aqui no Brasil e tem um custo reduzido.

O brevet de 1000 km está sendo organizado a primeira vez aqui no Brasil! Seria legal o ciclista receber uma medalha original do Audax Clube Paris.
http://randonneesantacruz.blogspot.com/2009/03/motivos-para-fazer-pre-inscricao.html
Continuei com a intenção de encomendar as medalhas vindas da França. Esta possibilidade era remota. Mais difícil ainda seria receber as medalhas antes da realização do brevet.
Aproveitando que eu me trumbico em francês e que precisava também das medalhas de Super Randonneur (SR) de 2008, tentei e pedi 20 medalhas ACP 1000 km para envio com as medalhas SR. Não me pergunte onde fica o Alegrete, mas graças ao Antonio Costa ao Jean Gualbert eu recebi 10 medalhas ACP 1000 km.

Agora eu estou com as 10 medalhas e vai ficar muito feio não termos no mínimo 10 ciclistas brevetados no mil KM.




E as pré-inscrições? E as outras 25 medalhas? E quantos participantes no brevet?
E o valor que tenho que pagar por estas Medalhas?

As respostas que dependem de min são mais fáceis do que as que dependem de outros.
As pré- inscrições estão encerradas a tempo senão vou realizar pré inscrição na semana do brevet.

As outras 25 medalhas serão somadas com as 10 e ao todo temos 35 medalhas para o brevet 1000.
Quantos no brevet? Desisti de limitar o número de participantes e também desisti de pedalar os 1000 km nos mesmos dias.
Quem vai receber as medalhas ACP e quem recebe as demais medalhas?
Olha a lista dos pré inscritos. Os 10 primeiros da lista, na ordem de numeração da pré inscrição, que concluírem o brevet 1000 irão receber medalha ACP. A partir do décimo ciclista a chegar (sempre na ordem de pré inscrição e não na ordem de conclusão do brevet) receberá a medalha feita aqui no Brasil ( não é o mesmo modelo).

O valor das medalhas?
Ainda não sei. As 10 medalhas ACP serão pagas com o valor das inscrições.

Mais medalhas. O ciclista que por acaso concluir o brevet 1000 e não receber a medalha ACP, poderá realizar a encomenda desta medalha. Para isto deverá pagar o valor desta medalha e também o valor do frete. O recebimento da medalha pode ser demorado e existe a possibilidade de eu nem consegui-la.

A medalha é um item e a homologação é outra. Todos o ciclistas que concluírem o brevet, respeitando as regras do regulamento, terão o tempo homologado.

Não existe medalhas, homologação sem pedalar.
Não existe brevet de 1000 sem concluir o brevet de 600.
Faltam poucas semanas, mas muitos quilômetros e muitas dificuldades para chegar ao brevet 1000

Existem outras duvidas

Escrito em 30 de abril de 2009 e enviado aos pré-inscritos.

Lista de inscritos brevet Farrapos 1000 km e lista para medalha ACP 1000 km
Lista Final para medalha:
Tem que pedalar 1000 km primeiro:
1-Luiz Maganini Faccin (RS)
2- EDIMAR DA SILVA (RS)
3- Vitor Hugo Matzembacher (RS)
4- Osvaldo de Oliveira Nunes (DF)
5- RUBENS PINHEIRO GANDOLFI (RS)
6- Jonas Ruschel (DF)
7- Rafael Pereira de Castro (RS)
8- Rogério da Silva Bernardes (DF)
9- EDSON BEHENCK ALVES (RS)
10- ISAC CHEDID SAUD FILHO (RS)
11- Mogens Nielsen (RS)
12- Roberto P. Trevisan (RS)
13- Jeferson Emiliano de Oliveira (RS)
14- Erich Brack (RS)
15- Jair Nelo Pinto (RS)
16- Paulo Carneiro Endres (RS)
17-Udo Carlos Weissenstein (RS)
18-Edson Carlos Berreta (RS)
19- Mateus dos Santos Ferreira Lemos(RS)
20- José Vilson Araujo (RS)
21- Luìs Roberto Velho Lazary (RS)
22- Ronaldo Paulo dos Santos (RS)

Inscritos no brevet 1000 e não estavam pré- inscritos
Cicero Ramos
CLAITON KETZER
Dacivaldo Silva Matos
ÉRIKA FERNANDES PINTO
GABRIELA MARTIN
Lidiane Tamara Lauermann
MAICO BEZ BIROLO
ROGERIO GIRON CLAUMANN
RODRIGO ANTONIO CORTESE
SAUL ALEXANDRE RODRIGUES
Atualizado dia 24 de julho

Relato brevet 600 Claiton

Meu Randonnée 600, começou as 18 e 30 de sexta feira, quando eu e o Udo,fomos pedalando até o local da reunião, cerca de 12 km. Depois da reunião voltamos pra casa, também pedalando. Marcamos para sair de Vera Cruz as 2 e 30 da manhã, uma hora antes da largada da prova.
Viemos em direção a Vera Cruz,(terceira vez em poucas horas que fizemos esse trecho), nós como somos. Vera Cruzenses, andamos de olhos fechados nessa parte,sabíamos de cor onde estavam os buracos da pista e do acostamento.
Passando por Candelária, seguindo a Novo Cabrais, começou aquela neblina do final da noite. Logo adiante ingressando no trevo de Novo Cabrais, encontramos a primeira surpresa da noite, três gurias caminhando no meio da rodovia que segue para Cachoeira do Sul, onde uma delas disse: pelo amor de Deus fulano, onde tu ta? O que deu para perceber dessa cena foi , ou dá ou desce, a aquela hora só poderia ter sido isso que teria acontecido.
Depois dessa cena fabulosa pedalei mais alguns quilômetros com o Udo e paramos por volta do km 70 num posto, para tomar um café com leite, ou melhor dois cafés com leite, o preço estava muito defasado 1,00 real,o Udo viciou no preço, não no café, e pediu mais um .Parada de aproximadamente 15 min e dá lhe pedal, já estava amanhecendo,o rendimento estava bom naquele momento, por serem os quilômetros iniciais. Mais um pouco a frente, e o sol começava a aparecer aos pouquinhos. Nessa parte da rodovia até o Restaurante Papagaio a média continuava boa. Foi a vez que mais rápido andei nesse trecho, em comparação as demais vezes que passei por este local.
Depois de carimbar o passaporte no PC1, segui pela BR 290, onde o cuidado na rodovia teve que ser maior devido ao maior fluxo de veículos e caminhões. As primeiras dores da Randonnée começaram nesse trecho, dores no pescoço, de ficar olhando para trás e para o retrovisor. Segui até o pedágio, onde parei para tomar um café, e logo segui até a Raabelândia no km172. Almocei e por volta das 13 horas parti em direção a Santa Cruz. Nesse trecho resolvi seguir pedalando sozinho e cheguei no PC2 no hotel as 15h e 15min, onde parei para comer umas bergamotas e uma banana. Logo em seguida o Udo apareceu, esperamos mais um pouco e seguimos,damos passamos num posto pra comprar umas coisas e seguimos para subir aquela bela subida de 4 km. Em seguida rumo a Passo do Sobrado, Vale Verde, onde paramos para comprar um litro de iogurte, um pra cada um, a fome estava grande, neste momento a noite já se aproximava, hora de ligar os faróis e brake light.
Chegando no PPP, não comemos a massa dada pela organização na ida, resolvemos, pegar na volta, já que o PA ficaria aberto até a meia noite. Saímos dali,andamos uns 500 metros.Percebi que tinha algo estranho....Havia esquecido o capacete no PPP, primeira seqüela da prova, voltei coloquei o capacete e retornei pra rodovia. Pedalei mais 30 km com o Udo, parceiro de pedal até então, até chegarmos no PC3, em General Câmera. Quando cheguei no PC tive uma surpresa, tinha uma sopa quentinha esperando pelos ciclistas,obriguei me a repetir.
Mais 30 km de retorno até o PPP para comer aquela massa que estava esperando por mim. Sai o PPP por volta da meia noite, o rendimento começava a cair a partir daquele momento, fizemos um mini pelotão de 5 ciclistas para melhorar a iluminação e para espantar o fantasma do sono, que aos poucos começava a aparecer de leve.Três ciclistas do mini pelotão depois de alguns quilômetros,estavam num ritmo mais forte que os dois Vera Cruzenses que continuavam a pedalar juntos. Chegando em Passo do Sobrado, percebi que o Udo estava praticamente dormindo em cima da bike, quase batendo nos olhos de gato da pista. Perguntei se queria dar uma parada, ele disse que não.Respeitei a opinião dele, por ser um ciclista experiente, pensei que deveria saber o que estava fazendo.
Quando chegamos na RSt 287, a iluminação da rodovia melhorou,e o Udo começou a pedalar num ritmo melhor. Acho que o Udo tem medo do escuro,hehe.
Em seguida subimos pela primeira vez as temidas sete curvas, até chegarmos no hotel. Eu fiquei hospedado no “Luizas” hotel, pra quem não sabe é um hotel grátis que tem em Santa cruz do Sul.eheh, brincadeira, fiquei na casa de uma amiga que faz parte do Grupo Santa Ciclismo. Mais uma vez obrigado Luiza por acordar as 2h e 30 min da madrugada pra acolher um ciclista fedorento, faminto e com sono.O Udo ficou na casa do Giovani, marcamos para aparecer no hotel as 6 e 30 da manhã.

Coloquei o relógio para despertar as 6 da manhã, aquelas 3 horas de sono pareceram que haviam sido apenas 10 min, mas valeram a pena, acordei novo.
Pedalei até o hotel e as 6 e 33 partimos conforme o combinado. Na altura do subidón encontramos o Jonas Brasiliense falsificado, pela primeira vez 3 Vera Cruzenses pedalado juntos um Randonée 600 km. Pedalamos juntos até o Casa Cheia em VA, onde paramos para tomarmos um café. Pedi pomada emprestado para o Jonas para passar nos lugares detonados pelo selim.Essa parada durou cerca de 40 min.
Ingressamos na RSC 453, onde logo começava uns trechinhos chatos, e eles ficaram mais chatos ainda com a presença de um vento muito forte. Nesse trecho dispersei-me do Jonas e do Udo e segui sozinho, ou melhor com o vento. Mais uns quilômetros a frente o Faccin ofereceu me bergamotas e bananas, peguei algumas e segui até chegar no PC5 em Encantado.Carimbei o passaporte e fui almoçar em companhia do Luiz Faccin. Falei a ele que o meu pneu traseiro estava indo pro saco e ele disse que havia pneus á venda no carro. Comprei um, e os voluntários se prontificaram para trocar ele pra mim, obrigado voluntários.
Parti para a última parte da prova com o Cláudio de Poa, curiosidade, ele também teve que trocar o pneu. O almoço e o pneu novo me ocasionaram uma força do além. Pedalamos num ritmo bem forte até Lajeado, onde paramos por 10 min num posto. Seguimos em direção a VA, sempre no mesmo ritmo, até o Casa Cheia onde comi um pastel. A sensação da certeza de completar a prova já estava começando a mexer com os neurônios. Faltavam poucos km, mas ainda tinha mais uma vez as 7 curvas, subimos ela antes de começar a movimentação de veículos no final do domingo. Chegamos no final da Prova as 18h e 05 min.
Completar uma prova de 600 km tem um gostinho especial, meu primeiro Randonnée de 600, em 2007 não participei por ser em Curitiba, em 2008, desisti dos 400, e em 2009 parabéns pra mim e a todos os demais participantes, voluntários, pessoas envolvidas com esta prova.
Depois da premiação fiz mais 12 km até em casa.
Total do final de semana 650 km.

Claiton Ketzer

Colorado Last Chance- Venture do kansas



By Trevisan
Inspiração para o Brevet 1000k Farrapos Randonneurs!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Brevet espartano

Leia no blog:
http://audaxdocarvao.blogspot.com/
As palavras do Maico Bez Birolo

Quero falar um pouco dos 600km de Santa Cruz do Sul que participei nos dias 20 e 21 de junho de 2009. Sempre considerei as provas do Luiz M. Faccin “espartanas” demais. No entanto, inegável, ao chegar “são e salvo” ao final delas há um aumento, um plus, na sensação de conquista, de satisfação pessoal. Acho que essa é a grande marca de suas provas, em que se evita ao máximo passar a “mão na cabeça” dos competidores. Em mais este “brevet de...

http://audaxdocarvao.blogspot.com/2009/06/randonnee-600km-scsrs-2009.html

Paulo Lopes

Copiando as palavras do Udo:

“Na semana passada, Paulo Santana (Figura Folclórica do RS) completou 70 anos. No Jornal do Almoço ele falou que há 70 anos, em 1939 numa certa hora desse dia, faleceu em Londres o homem "mais genial do planeta" naquela época - SIGMUND FREUD....E poucas horas depois nascia "PABLO SANTANA", disse ele (com muita modéstia), que aquilo foi apenas uma "passagem de bastão".
“Às 17h30 de domingo, faltando 2h para encerrar o brevet 600 km, morreu o "Paulo Loko", como era conhecido o Paulo Lopes, de Santa Cruz do Sul ( Participou da 1ª Volta de Ciclismo de Porto Alegre no ano de 1958, entre outros feitos ), e poucas horas depois Nasceram dezenas de NOVOS BREVETADOS, e com brevet inédito, inclusive pra mim, que, nunca havia feito um Randonnée 600.”

Paulo Lopes
Era extremamente alegre e brincalhão, estava sempre gritando, era muito irreverente, só quem conheceu para saber o quanto. Quem conheceu no inicio até se assustava com a gritaria que fazia, mas quem o conhecia melhor sabia que era uma pessoa extremamente boa e não deixava de ajudar aos outros, um grande amigo.
Apesar de nunca ter conquistado grandes títulos é um marco do surgimento do ciclismo em Santa Cruz do Sul. Se tivesse tido melhores condições, com certeza teria conquistado muitos outros.
Loucura é ser diferente do que é considerado normal. O Paulo era louco porque era alegre, porque gritava, mas também era louco porque pedalava.
Lembro de quando era criança e via aquela figura maluca chegar pedalando e gritando. Era o único ciclista de Santa Cruz do Sul, o único que tinha uma bike speed na cidade, antes mesmo do surgimento das Caloi 10 e do asfalto. Quando consegui uma Monark 10, resolvi acompanhar o Paulo nas pedaladas. Acho que fui o seu primeiro companheiro nas pedaladas. Apareceu o Omar que pedalou por algum tempo. Surgiu o Miguel Lawish, seu irmão José Inácio ( Chaco) e o meu irmão Giovane. Foi criada a Equipe Mercur Metalplas de ciclismo:
http://www.santaciclismo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=222&Itemid=41
Um sonho do Paulo estava sendo realizado, ele estava em uma equipe de ciclismo. Por muito tempo pedalou sempre sozinho, sem competir, mas sem deixar a paixão morrer.
São muitas as pedaladas e a histórias para se contar. Histórias do tempo que não existiam tantos perigos na estrada e nem tantas estradas, mas estas não tinham pedágios e tinham acostamento pedalavel.
O Paulo nunca pedalou um brevet Audax ou Randonnée e sempre me dizia brincando: O que tu quer pedalando 200 km!
Dificilmente ele teria condições de pedalar um brevet. Devia sentir saudade dos velhos tempos e das nossas pedaladas para Rio Pardo, Barragem Anel de Dom Marcos, Venâncio Aires, Ponte do Império, para a linha Seival a procura de um velho trator “Fordéco”, para ir até o Cerro Botucarai e subir correndo em 20 minutos,...
Coitado do São Pedro, o Paulo deve ter chegado lá fazendo uma gritaria daquelas e deixado o velho santo atordoado!
Valeu Paulo. Pega o “Fordéco Celestial” e vem fazer escolta para os ciclistas nos brevets do Santa Ciclismo.
O Paulo passou o bastão que está com o grupo dos ciclistas de Santa Cruz do Sul.
Ficam as lembranças, um pouco de história, algumas fotos e esta homenagem.

Comentarios do Paiudo

Na semana passada, Paulo Santana (Figura Folclórica do RS) completou 70 anos. No Jornal do Almoço ele falou que há 70 anos, em 1939 numa certa hora desse dia, faleceu em Londres o homem "mais genial do planeta" naquela época - SIGMUND FREUD.

...E poucas horas depois nascia "PABLO SANTANA", disse ele (com muita modéstia), que aquilo foi apenas uma "passagem de bastão".

Pois é... Às 17h30 de domingo, faltando 2h para encerrar o brevet, morreu o "Paulo Loko", como era conhecido o Paulo Lopes, de Santa Cruz do Sul ( Participou da 1ª Volta de Ciclismo de Porto Alegre no ano de 1958, entre outros feitos ), e poucas horas depois Nasceram dezenas de NOVOS BREVETADOS, e com brevet inédito, inclusive pra mim, que, nunca havia feito um Randonnée 600.

Já que estou falando sobre mim... Estou cada vez mais convencido que, para longas distâncias, os conceitos de "estática e dinâmica" quase que se fundem numa mesma explicação. Se saírmos pedalando a quase 25km/h, e depois de muitas horas reduzirmos para 15km/h, parecerá que estamos parados, mas já com "reservas" para podermos descansar e continuar no dia seguinte.

No conforto das nossas bikes, leves e boas, podemos assegurar nossa chegada dentro do tempo, mas nem todos, como... Vou citar apenas a Esther como exemplo - Dependem apenas da bike, e isto fez com que a conquista fosse mais especial, exatamente UM DESAFIO, que foi superado, o que propõe nos Randonnées e Audaxes.

Desculpe ao pessoal da "rabeira" por eu não ter acompanhado vcs dessa vez. A Esther sabe como fui chato no Randonnée400 de Curitiba, quando, desde o km504 da BR376, tinhamos 92km para fazer em 6h, e a cada 15min eu calculava a média que tinhamos que fazer para chegar no km96 da BR277.Desculpe não ter sido chato desta vez.

Agradeço ao Giovane Faccin, pela hospedagem. Ele acordou as 2h30 da madrugada de domingo para receber "visita". Acho que ele até ia fazer um churrasco e uma lasanha... Falei que não, eu só queria dormir. Mas ele insistiu e acabei jantando arroz a grega com strogonof e mais uns 12 itens... Nem lembrei de botar o celular para despertar. Tudo bem, ele me acordou as 5h50, acho que ele falou que faria isso... Obrigado, de novo (mas nunca o suficiente). ..

Parabéns à Organização e Voluntários! Ah! - Mapeei as latinhas no Randonnée. No final de semana vou buscá-las.

Brevet MIL, tô dentro. Se:
400km em 27h mais 600km em 40h são:
1000km em 67h... Por que não fazer...
1000km em 75h ??? É como ganhar 8 curingas...
Mas isso é outra história... Parei por aqui

[]´s Paiudo - 10.800km - 16.200 restantes

Agradecimentos Esther

Aos meus companheiros de pedal
Agradeço a todos por acreditarem em mim e no potencial que existe em cada um de nós para vençer desafios!
Agradeço a turma do apoio que tava lá na hora,vcs fazem a diferença!!
Rubens, no penúltimo 600km que eu não completei..( e foram muitos), voltei de reboque com voces, e no carro ouvimos a Mercedes Sosa: ''Gracias a la vida''
http://www.youtube. com/watch? v=WyOJ-A5iv5I
me emocionei naquele momento, guardei de recordaçao e volto a ela agora!, pq completar os 600km era um desafio, e busquei a força na união deste grupo fantástico de ciclistas randonées!!! pra teinar.
tenho agradecimentos pessoais a fazer a cada um de vcs e a todos ao mesmo tempo!
eu consegui completar os 600km!, mas vcs todos estavam comigo em cada giro do pedal da bike.

aos meus parceiros de treino Rubens(sempre sigo tuas dicas),Isaac( vc faz falta cara),Endres( cada grito teu me faz girar mais),Klaus( que deve estar pedalando nos alpes um audax 600km sem odometro..), Graxa(vc sempre me da força e determinação pra seguir treinando)Trevisan( o teu 1200km nos motivou)Everton( uniao faz a força)Rosane( minha musa),Mink(sempre lá!)Marcelo Lucca(to com a medalha!!)Kardel, Cicero,
Udo, Armando,Lazary, Oger,Parente e todos vcs :Daleeeeeeeeeeeeee! !!!!!!!!! !!!!!!!!! !!!!!!!!! !!!!!!
Parabéns a Lidiane e a Gabi!obrigado Joel!e o meu muito obrigado por me acolherem no pelotão.
Valeu Faccin!Vc é muito importante pro ciclismo e pra nós.
ESther

Relato brevet 600 Jonas Ruschel

Bueno, a primeira vez que andei com pedal de clipe foi em janeiro de 2009, incentivado pelo meu colega de trabalho e líder Ricardo de Araújo Pereira (LÍDER e não chefe, pois: 1- chefe é que nem nuvem: quando desaparece o dia fica lindo; 2 – quem tem chefe é índio) e antes disso só usava a bike pra ir a padaria da esquina. Foram vários tombos ridículos que ocorriam no momento de parada a bike (desclipar, desclipar e já não dava mais tempo.....). Marquei um pedal com o desconhecido “Escriba/Rogerban” para o primeiro “frita-bacon” e, nesta ocasião conheci a também querida ciclista Nara biker. Foram uns 3 frita-bacon e veio o Audax 200 Brasília. Foi vencido com o auxílio e companhia do estimado ciclista e colega Marcos Ulhoa e, teve até um super tombo/capote, mas isso é outra história.
Os treinos aumentaram e teve até um treino intitulado “vampirax” com o objetivo de treinar o mesmo percurso e horário de saída do Audax 300.
Partimos para o Audax 300/Brasília e a chuva não nos deu trégua, aliás não era chuva, era um dilúvio....a água chegou ao nível do movimento central em alguns pontos alagados da pista. As duas últimas horas da prova foram pedaladas sob um verdadeiro temporal.
Aumentava a expectativa quanto a liberação do percurso do Audax 400/Brasília e, para nossa surpresa, o Audax 400 foi cancelado a dois dias do encerramento das inscrições do Audax 400 Santa Ciclismo. Inscrição realizada e passagens compras e nos “bandiamos” para o Rio Grande. Bom, esse Audax 400 km foi “O Audax”. Que coisa impressionante. Pra começar eu nem bicicleta levei. Como eu queria comprar uma bike híbrida eu questionei um dos proprietários da MELHOR LOJA DE BICICLETA DO MUNDO (ehehehe), o carismático Luiz M. Faccin da possibilidade de realizar um test drive na bike dele, já que era igual a pretendida. Não só autorizou o test drive como emprestou a bike para realizar os 416 km do percurso. Antes da prova, por eu ser nativo da cidade, a galera de Brasília realizou um ciclo turismo pelos principais pontos turísticos de Santa Cruz do Sul.
Partimos para os 400 km às 03:30 horas e como era uma bike diferente aos 90 km de prova já apareceram as primeiras assaduras.
A companhia no “passeio dos 400” nos primeiros 208 km foi com a “super guerreira Érika” e aí a minha encheção de saco foi tamanha que a menina colocou um fone de ouvido e cantarolava e eu perguntava: ...”o que você disse?” R. “Nada...tô cantando...”. Bueno, pelo menos tiramos inúmeras fotos da rodovia e das paisagens deslumbrantes do percurso (bom, pelo menos nesses momentos eu parava de tagarelar ehehehh).
A volta foi pedalada com dois novos colegas e amigos Erich BracK e Marcelo Bueno. Paramos para jantar teve até duas cervejinhas e, como diz a Érika “...é uma verdadeira Granola Líquida, pois tem água, lúpulo, malte, proteínas e pra não estragar o fabricante acrescenta um pouquinho de álcool”. Após 24 horas e 30 minutos finalizamos os 416 km.
O tempo voou e chegou a data dos 600 km. Pra nosso desespero a colega Érika teve uma pneumonia e decidiu ir a prova logo após finalizar o tratamento, ou seja, na última semana.
Largamos às 03:30 horas da manhã de sábado e fizemos o percurso urbano. Na chegada ao hotel, km 6, encontrei o estimado colega Erich Brack brigando com as duas caramanholas presas na parte traseira do selim. Partimos eu e ele e o ritmo foi forte, tão forte que logo nos 3 primeiros km da rodovia não consegui parar pra prestar minha solidariedade aos 3 nobres colegas e parceiros brasilienses (Rogerban, Osvaldo e Érika) que pararam devido a um pneu furado e seguimos rumo a Candelária. Muita cerração/neblina e umidade e lá no km 39 (06:15h) decidimos parar para um café. Como estava fechado, ficamos alguns minutos e vimos um pelote passar forte. Acreditávamos que os colegas Rogerban, Érika e Osvaldo/VO2max estivessem nele e “cravamos o pé/pedal”. Passamos um, dois, cinco, dez ciclistas e nada de achar os três ciclopáticos de Brasília. Decidimos parar novamente no km 70 para um café com leite e dois pastéis e, lógico, coca-cola. Energia recuperada e, como diz o mineiro “bucho cheinho, pé no caminho”. Partimos eu, Erich e Marcelo Bueno e chegamos no PC1 às 09:31 h. (km 125). Perguntamos o horário de passagem do Osvaldo, Rogerban e Érika e para nossa surpresa nos informaram que eles tiveram dois pneu furados e ainda não haviam chegado. Osvaldo e Rogerban chegaram às 10:08h e a derradeira e ofegante Érika, às 10:15h. Já estávamos alimentados e prontos para partir quando comuniquei ao Erich que ficaria esperando para acompanhar a Érika. O Dr. Erich, como todo bom gaúcho, companheiro e muito solidário decidiu que também esperaria. Partimos nós 5 (Eu, Érika, Erich, Osvaldo e Rogerban) para Pantano Grande via BR 290.
Chegamos em Pantano Grande/Rabelândia e almoçamos. Partimos para os últimos 50 km da primeira perna até Santa Cruz do Sul em cinco e chegamos em dois às 16:49h (225 km).
Carimbar cartão, trocar de roupa e partimos às 17:45 horas para próxima etapa de 180 km rumo a Gen. Câmara no mesmo grupo de 5 ciclistas. O principal eu não fiz no hotel: comer. Na primeira subida de 4 km desgarrei do grupo na menos um, ou seja, sobrei e a Érika me acompanhou na incrível velocidade de 8-10 km/h. Tudo que sobe, desce e logo após a descida eu e Érika entrarmos na rodovia sentido Passo do Sobrado na maior escuridão e decidimos parar num posto de combustível pra tomar um café preto (sono da Érika) e juntou-se a nós mais dois desgarrados (Marcelo Bueno e Evandro). Chegamos ao PA do Pesque Pague Panorama pra jantar uma fantástica e maravilhosa massa/talharim quente e grátis e, partimos novamente em cinco. Foram apenas uns 5 km e a dupla dinâmica sobrou novamente. Ao chegarmos à cidade de General Câmara conseguimos ver dois dos nossos colegas circulando a rotatória/balão e parar no posto de combustível errado. Passamos pela rotatória e os chamamos para seguir conosco no sentido correto. Chegamos ao PC às 23:02, jantamos uma excelente sopa quente grátis e, partimos para volta dos últimos 90km da segunda perna até Santa Cruz formando um pelote de 6 ciclistas. Formam uns 10 km pedalados e, novamente a dupla dinâmica sobrou e, pra ajudar a Érika furou o pneu a uns 2 km antes do pesque pague que ficava a uns 35 km do PC. Chegamos lá o pessoal estava querendo sair. Como a Érika não se aquentava em pé decidiu dormir uns 10 minutos e pediu-me que a acordasse. Dei uma cortesia de 5 minutos e após um sono de 15 min., acordei-a e pra nossa surpresa o Marcelo Bueno apareceu do meio dos bancos (também estava dormindo). Partimos nós três rumo a Santa Cruz e eu nunca vi duas pessoas brigarem tanto contra o sono. Teve uns cachorros no percurso e deram uma acordadinha....um chegou a lamber o meu câmbio traseiro e não mordeu porque encheu a boca de graxa eheheee.
Faltando 17 km pro hotel ocorreu um evento cômico: A Érika decidiu lavar o rosto em um posto de combustível que estava fechado. Chegou próximo da torneira e disparou o alarme do posto....tinha sensor de presença hehehehe foi um barulhão!!!!!
Chegamos ao hotel às 05:15h (400 km completados). Decidimos tomar banho e dormir UMA hora. Como eu cheguei num estado extremamente lastimável, ou seja, “chegou só a capa do Batman”, decidi comer primeiro (o café estava disponível desde às 24:00). Comi e muito. Cheguei tão mal que ocorreu o segundo fato cômico do Audax: Comi queijo fatiado, pão e uns 6-7 pedaços/cubos de "queijo" que estavam em uma vasilha com água e só percebi no último pedaço que eu estava comendo MANTEIGA ehehhee. Êta estado lastimável....
Voltei ao quarto do hotel, tomei banho, lambuzei com pomada anti-assadura a parte que fica em contato direto com o selim da bike, troquei de roupa, olhei o relógio e já eram 06:15 h. Como a Érika solicitou ao recepcionista que a acordassem às 06:45h fiquei com medo de tentar dormir 30 minutos e não acordar em tempo hábil. Parti sozinho, aliás parti eu e Deus pra última perna de 192 km às 06:30h rumo a Encantado.... Como a terceira perna era a repetição da parte inicial da segunda, ou seja, tinha a maldita subida de 4 km. Subi na “manha do aranha”: 8-10 km/h. No final da subida fui ultrapassado por 2 colegas (Udo e Claiton) da cidade onde cresci (Vera Cruz) e, segui com eles por mais 20 km. Decidimos tomar um café no km 30: lá se foram “guela abaixo” dois pastéis e uma coca-cola e isso nos roubou 40 minutos. Partimos e avisei que seria interessante aumentar a média e andei a uns 30-35 km/h por uns 15 km. Os Vera cruzenses ficaram pra trás. Na primeira subida a velocidade caiu e fui ultrapassado pelos dois e, nunca mais os vi....Neste pedaço do percurso entre Venâncio Aires e Lajeado peguei um vento contra terrível. Do nada aparece o Pexe no sentido contrário me avisando do vento, isso era umas 10:30h. O organizador da prova (Faccin) estava com o carro parado no lado oposta da pista e perguntou-me se queria água, banana e bergamota (mexerica). Falei-lhe que só aceitaria se fosse oferecido no mesmo sentido em que eu estava rodando (assim evitaria que eu tivesse que atravessar a pista). Gentilmente ele retornou, ultrapassou-me e aguardou-me na entrada de Lajeado. Parei, comi umas 4-5 bergamotas, 1 banana, respirei fundo e reclamei do vento contra. O Faccin me olhou e disse “...lá na frente, próximo do Rio Taquari o vento está muito pior...”. Perguntei sobre os meus colegas de Brasília e me informou que estavam rodando bem só não sabia me informar se estavam na minha frente ou atrás, pois já havia realizado várias vezes o percurso e estava meio perdido quanto a posição dos meus amigos.
“Sapatilha no pedal” pra chegar ao PC do Hotel Engu que estava a uns 40 km (eram umas 11:00h). Vento TERRÍVEL E MUITO MAIS FORTE CONTRA. Comecei a entrar em pânico e surtei....estava rodando a uns 9-12 km/h e imaginei que chegaria ao PC lá pelas 14:30h e, lógico faltaria tempo pra retornar. Pedalei tão forte, mas tão forte que encostei no Udo (um dos vera cruzenses) e, este me falou calmamente "...relaxa...estamos bem de tempo....já peguei vento pior....". Chegamos andar em uma descida a 8km/h e pedalando....êta ventinho forte eheheh. Eu queria um vento desses na época que eu soltava pipa/papagaio eheehhe. Paramos no pedágio pra tomar um chazinho.....muito bom, quente e o melhor: de graça. Caramanhola abastecida, pomada reposta no devido lugar e pedal no caminho já que faltavam apenas 12 km até o PC. Chegamos ao PC às12:50 h. Começamos a almoçar e chegou o Osvaldo, Erich e Rogério/Escriba. Perguntei sobre o estado da Érika e fui informado que estava bem e vinha chegando com o Lazary. Almoçamos e às 13:30 avisei que havia resolvido dormir....só que seria no hotel de Santa Cruz. Parti e andei tão forte que encostei em um grupo de Speedeiros de Santa Maria. Acompanhei os caras por uns 10-15 km. Em uma subida o joelho pediu-me uma redução do ritmo. O ilustre e fantástico colega Jeferson encostou e seguimos juntos. Paramos pra comprar uma água em Venâncio Aires e aí percebemos que havíamos passado pelo grupo dos Speedeiros, haja vista eles tinham acabado de nos ultrapassar. Acho que eles pararam pra tomar um cafezinho em algum posto. Como o asfalto e a topografia de Venâncio é favorável, a média subiu. Os speedeiros pararam no restaurante Casa cheia (exatos 30 km do final da prova) pra colocar os coletes e ligar faróis e sinaleira e foram ultrapassados, pois nós já vínhamos com o colete e luzes/sinaleiras ligadas. Nunca mais vi os speedeiros. Quase cai da bike com o grito do Rogério/escriba que havia nos ultrapassado entre Lageado e Venâncio e acabara de sair do restaurante...bota susto nisso. Segui com o Rogerban e o Jeferson sumiu na nossa frente. Seguimos forte até o início das famosas 7 curvas e o escriba autorizou-se a seguir no mesmo ritmo já que seu estado era "só com capa do batman". Aliás, neste momento era só BAN, pois o Roger ele havia perdido no caminho. Subi a uns 15-16 km/h e sem trânsito. No lado oposto a última descida (4 km) somado ao ofuscamento dos faróis dos automóveis que vinham no sentido oposto quase levei um mega tombo ao passar por cima de um tapete de brita existente no acostamento no início da descida. Estabilizei a bike lembrei-me do BAN que vinha logo atrás de speed. Se com uma bike híbrida calçada com pneu 700x37 foi difícil ficar de pé, imaginem o BAN com pneu 700x23...seria quase certo o tombo se ele pegasse o tapete de britas...e pegou, tchê....só que neste momento o Roger já havia voltado ao corpo e era novamente o RogerBAN (o Ban do Brasil) e não caiu.
Descida finalizada com o maior receio e freando, localizo o Jeferson com o pneu furado, entretanto já havia outro ciclista prestando ajuda e resolvi não parar.
Os últimos quilômetros urbanos fiz mais rápido ainda e, cheguei ao hotel às 18:30 h, ou seja, finalizei em 39 horas e sem dormir. Tomei banho, peguei a máquina fotográfica para registrar a emoção dos demais colegas.

Se me perguntarem se foi difícil....a resposta mais correta seria: "mais ou menos". SUPERAÇÃO E DIFÍCIL foi pra representante feminina de Brasília (o Robin da dupla dinâmica ou “a mina da bike” que no Rio Grande era chamada de “Guria da bike”). Essa guria realizou uma Super Extra Big Superação. Pedalou os 602 km logo após uma pneumonia e só treinou mentalmente. Parabéns especial a ela e a todas as demais gurias que conseguiram arduamente vencer os 602km e, como diz o Faccin “....se é difícil fazer um brevet de 600km pra nós homens, que temos ossos maiores e mais duros, maior massa muscular, imaginem só o sacrifício e a dificuldade que deve ser para as mulheres/gurias...” e, aos que arduamente tentaram.
Parabéns a nós e a todos que eu não citei neste relato mas que estão no coração. Obrigado a todos da equipe de apoio. Nota 10,5 pra vocês.
O mais engraçado é que estou começando a sentir uma vontade de pedalar os 1000km.....

Jonas Ruschel
Brasília, 25 de junho de 2009.

Relato brevet 600 Rogério

Durante o briefing, lembro-me do Tio Endres falar com orgulho dos 600Km da organização, 06 ciclistas e nenhum pneu furado. Largada as 03:30 e aquela festa iluminada, um frio danado ( para nós de Brasília aquilo já é o Alasca ) não andamos 10 Km e tome pneu furado. Foi o tempo de todo pelote seguir e permarnecermos ali em último luga, apoiados pelo Trevisan e o Endress que iluminavam a bike.

O mestre expert em pneus - Osvaldão, caprichou no reparo e seguimos na cozinha do Audax. Uma das vantagens em ficar em último é que quase sempre tem um carro da organização te seguindo. Dava pra escutar o cochicho quando eles se comunicavam - Estes são os últimos?... - Ok!

Na noite além do frio, tinha também um nevoeiro, a umidade é tão alta que os óculos embaçam e vai formando água que goteja dno capacete, cenas surreais vão surgindo com as luzes das bikes, dos carros, dos sinais da estrada. Tem horas que parece que você tá no céu, outras horas nas montanhas - sei lá, fica-se entorpecido. .. acho que é a ação da pedaloína.

Realmente eu estava premiado, primeira parada ( uns 40 Km), quando percebi que meu cartão de rota tinha ido pro espaço - deve ter sido na troca do pneu - menos mal pois se perder até o primeiro PC não tem erro. Partiu, partiu... saímos dali e não andei nem mais 10 Km e novo pneu furado no meio da friaca - Uada Rell? Eu queria até trocar o pneu sozinho - mas quem disse que o Osvaldo deixa - o cara é viciado em borracha. Socamos a bota até o PC01 e lá chegando (agora já com luz do dia) foi festa ver finalmente alguns ciclistas.

Nestas provas maiores, não tem esta de ficar tomando Power-Gel ou outros pozinhos e poções mágicas, o grande lance é comida de verdade - Bolo, torrada, cuca, coxinha, café, sanduba, pizza, massa, lazanha, galeto e por ai vai - O Dart ia se amarrar. Além de mais energia e sustância é mais saboroso. Portanto caprichamos no café da manhã e seguimos no pedal amistoso, jogando conversa fora nos retões, ficando carrancudo nas subidas e sprintando nas descidas - parando só para almoçar. P.S. - O Jonas é exceção ele fala nas subidas, descidas e até quando vai mijar...heheheh.

Quando fiz os 400 em Santa Cruz, tive um insight do lado social do Audax, até os 300 ficava mais preocupado com a perfomance, média de velocidade, horário das paradas... Nos 400 e nos 600 a grande sacada foi mesmo curtir mais a paisagem e as pessoas - O Erick e o Marcelo, agora colegas randoneiros estavam sempre junto e trocando umas idéias.

Do almoço até o hotel (PC 02) seguimos tranquilamente. Zarpamos em direção a General Câmara e logo a noite caiu, com ela começou a voltar um frio de leve, nada desconfortável. Agora mais um detalhe que não deixa o pedal render muito - o tipo de pavimento. Era aquele asfalto cheio de recapagem, grosso - aquilo aumenta o atrito e juntamente com a noite faz a velocidade média despencar.

Paramos para comer uma massa providenciada pela organizção e seguimos adiante. Chegando no PC 03 tinha uma sopa quentinha nos aguardando, acho que a idéia foi do Edimar "Graxa", olha só o cara não regula muito bem das idéias não - chama todo mundo de Galo Veio, vive achando motivo para desqualificar a gurizada e tem uma bike muito estranha - mas de sopa o homem manja de montão tché. Fazer os 1000 pensando no PC da sopa será uma ótima estratégia psicológica.. ..rsrsrs.

A volta de General Câmara foi até tranquila (oh sopa abençoada), de volta ao pesque pague a organizção deixou mais um sanduba pra galera. Tudo ia bem, de vez em quando tomando uma carreiras dos cachorros (era bom que espantava o sono), até que o Osvaldo foi jogado para fora da estrada por um motoqueiro desatento, não foi nada muito grave mas ferrou o joelho da bike e o câmbio do homi, (vixe acho que é o contrário), mas as 03 da matina já tava tão sonolento que trocava tudo... só pensava na tal da sopa... rsrrsr

05:15 da matina, chegar no Hotel PC 04, tomar um banho de gato e zarpar novamente . Acordei eufórico às 07:00 da manhã, parecia que nem tinha pedalado. Gritando UHHuuuuhuuu. ... bora, bora, bora pedalar gurizada!!!! (aquela sopa tinha alguma coisa... ahhh se tinha), Partimos as 07:30 em direção à Encantado (perna final)... ali eu conheceria meu novo fantasma depois do frio...

Até uns 40 km o pedal foi tranquilo, ai começou umas subidas escrotas indo para Lajeado - soma-se a isto um vento na cara, caramba o vento era forte demais - fantasmagórico, sinisstrooo. .. Depois de você ter pedalado quase 500 Km aquilo virou um verdadeiro tufão.... as pernas começaram a arder, o psicológico começou a minar - olhava para o relógio, fazia contas e dizia... f...! Chegueia até aqui e não vou brevetar.... que randonagem!! ! Cheguei no Hengu PC 05 - completamente destruído.

A estratégia era só uma para voltar - comer o máximo de massa, tomar o máximo de coca-cola, dar um microcochilo de 10 minutos ( isto faz milagres) e socar a bota - enfim só falta 100 e agora com o vento a favor ( se não virar). Sai do Hotel as 02:00 e as 05:15 estava no Posto Casa cheia ( 70 Km depois, quase 30 de média). Ai relaxei... fiz festa sozinho com uns Gatorades e coxinha ... e dai pra frente só alegria.

Encontrei o Jonas, trocamos umas idéias, a noite caiu e meu pedal já náo rendia mais - falei pra ele: Segue ai Gaúcho (devia ter falado - Vai lá Galo Veio.) porque estou só a Capa do Batman, vou chegar mas estou cansadaço. O trânsito foi engrossando, mas a paranóia de não brevetar já não me assombrava mais - ao entrar na cidade o irmão do Miguel (apoio), me fez companhia de bike e seguimos até o hotel onde cheguei desnorteado e faltando uma hora para fechar o PC.

Quando cheguei, já tinha muita gente de banho tomado, uns diziam meu nome, me parabenizavam - eu não sabia o que dizer, se sorrir se chorar. Você fica meio abobalhado, ao mesmo tempo é um sentimento de missão cumprida, de superação, de vitória - como dizem os jovens daqui de Brasília. É MUITO MASSA VEI!

Fui ao Hotel, tomei um banho e voltei para premiação, encontrando com o Osvaldo no caminho, ai já fiquei sabendo que todos nós de Bsb tínhamos brevetado - a alegria aumentou. Mas mesmo assim durante a premiação cochilei demais, que sono... jantar e apagar este era o lema final!

Galera do Sul! Mais uma vez muito obrigado por nos receberem com tanta simpatia e camaradagem - Vocês são a prova viva que pedalar transforma as pessoas em seres melhores e incorporam o verdadeiro Espírito Randoneiro. Parabéns por promoverem e participarem de um evento tão marcante em nossas vidas. Será muito bom estar ai para os 1000.

Abraços fraternais.
Rogério Bernardes

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Fotos brevet 600 km

Estão disponíveis as fotos do brevet 600 km realizadas por:
Luiz M. Faccin, Miguel Lawish, Fabricio Ruivo, Jonas Ruschel, Roberto Trevisan e Daniel Sulzbacher

Visite os albuns:

Brevet 600 km Randonnée 2009

Brevet 600 km Randonnée 2009 - II



São mais de 500 fotos

terça-feira, 23 de junho de 2009

Tempos brevet 600 km Sta Cruz do Sul 2009




Os tempos dos pcs podem conter erros e a conferencia com os passaportes ainda será realizada.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Carta de Rota brevet 600

Alimentação brevet 600

Antes da largada:
Para os hospedes tem o café no Antonios Hotel a partir das 2:30
2° ETAPA

PA de Candelária- Lancheria 24h no km 39 do brevet;

Posto combustível em Cachoeira- lancheria a partir das 6:20 no km 91 do brevet;

PC-1 no km 124,61
Lancheria 24h
Almoço com buffet a partir das 11:30
PC-1= Água, Banana e barra de cereal
Pedágio- Água, café e chá;
PA- Restaurante Raabelandia 24h
A La Carte e lancheria 24h - km 172
Posto Dragão- Loja Conveniência em Rio Pardo no km195,91

Antonios Hotel – Santa Cruz do Sul- Centro
Restaurantes próximos, consulta no hotel

3° ETAPA

Lancheria Schuster- km 17
PA- Pesque Pague Panorama no KM 61
- Uma prato de massa retirado com ficha;
PC-3- Posto ABS em general Câmara no km 89
Lancheria até ½ noite
PC- água
Banana
Barra de cereal

PA- Pesque e Pague Panorama km 116
A confirmar horários e informações

Antonios Hotel- km 178 ( km 403 do brevet)
Café da manhã durante madrugada

4° ETAPA
PA- Restaurante Casa Cheia em Venâncio Aires
Atendimento a partir das 6:30

Atenção: antes das 6:30 da manhã não se encontra nenhum restaurante ou lancheria em funcionamento no percurso da 4° etapa do brevet.

Posto Charrua em Lajeado km 64,70 com atendimento a partir 8:00
PC-5 Hotel Hengu no km 96,4 ( km 500 do brevet)
Restaurante com buffet a partir das 11:30

PA- Restaurante Casa Cheia no km 170

Chegada Antonios Hotel

Bom apetite e muita energia.

Premiação às 19:30

terça-feira, 16 de junho de 2009

Noite e dia no brevet 600 km

Dia 21 é o inicio do inverno e as noites estão mais longas.

Largada 3:30 com noite até 7h= 3:30
Dia: 7 até 18h= 11h
Noite: 18 até 7h= 13h
Dia: 7 até 18h= 11h
Noite: 18h até 19:30= 1:30

Total de 40 horas
Dia = 22h
Noite = 18h

18 horas de escuridão é bastante tempo e é bom deixar pilhas para reposição no hotel.
Lembro a exigência de 2 farois com leds de boa qualidade e em condições de uso.

Quem conseguir andar mais rápido vai poder dormir algumas horas durante a madrugada. Assim vai estar mais descansado para pedalar melhor no domingo, segundo dia do brevet.

Randonée 600km

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Inscritos brevet 600

Não tenho todas as confirmações de pagamentos, mas esta deve ser a lista dos participantes no brevet de 600

Edimar da Silva 38:34
Luiz Maganini Faccin 38:34
Paulo C. Endres 38:34
Roberto P. Trevisan 38:34
Rubens P. Gandolfi 38:34
ADORY JOSé DE MEDEIROS JúNIOR
ALEXANDER KöHLER Gomes
CíCERO RAMOS
CLAITON KETZER
CLAUDIO DOS SANTOS SILVEIRA
Dacivaldo Silva Matos
DIEGO MOTTA SEGOVIA
EDSON BEHENCK ALVES
EDSON CARLOS BERRETA
Esther Axelrud Galbinski
ERICH BRACK
Evandro Paulo Sarzenski
Fabricio Brondani da Conceição
GUILHERME HOLDEFER
HERBERTO MARTINI
iSaC Chedid Saud Filho
JAIR MELO PINTO
JEFERSON EMILIANO DE
JONAS RUSCHEL
Jorge Fernando Estevão Maciel
JULIO CEZAR MAIRESSE SILUK
LUÍS ROBERTO VELHO LAZARY
MAICO BEZ BIROLO
MATEUS DOS SANTOS FERREIRA LEMOS
Mogens Nielsen
OSVALDO DE OLIVEIRA
RAFAEL PEREIRA DE CASTRO
RICARDO JOSE FABRICIO
RODRIGO ANTONIO CORTESE
ROGÉRIO BERNARDES
ROGERIO GIRON CLAUMANN
Rolf Harm Hinrichs
RONALDO PAULO DOS SANTOS
SAUL ALEXANDRE RODRIGUES
Simone Barbisan
Thales Augusto Moreira
Udo Carlos Weissenstein
Vitor Hugo Matzembacher
Lidiane Tamara Lauermann
Gabriela Martin
Jose Wilson Araujo
Marcelo da Silva Bueno
Erika Fernandes Pinto

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Primeiros brevetados 600 km

Já temos cinco ciclistas que com o direito ao brevet 600 km de Santa Cruz do Sul.
Edimar da Silva, Paulo C. Endres, Luiz Maganini Faccin, Roberto P. Trevisan e Rubens P. Gandolfi pedalaram os 603 km do brevet de Santa Cruz do Sul neste ultimo final de semana, dias 06 e 07 de junho.
Os ciclistas estarão trabalhando no brevet de 600 km a ser realizado nos dias 20 e 21 deste mesmo mês
Foi um brevet realizado sem nenhuma estrutura ou apoio e pedalado em grupo. Os ciclistas foram completamente autônomos e tiveram algumas dificuldades extras. Até o momento foi o brevet de 600 km pedalado com as menores temperaturas. O frio reduziu o desempenho e aumentou a necessidade de alimentação. As paradas para almoço e janta foram mais demoradas e algumas vezes tivemos que esperar para poder se alimentar antes de seguir.

Seguem os tempos.
Largada: 3:30 do dia 06 ( temperatura 5º)
PC-1:9:30
PC-2:15:05
PC-3:20:35
PC-4:2:02 do dia 07 ( temperatura=6º)
Saída do Pc:6:08 ( temperatura=5º)
Pc-5:11:02
Chegada:18:04

Fotos feitas por Edimar da Silva
http://picasaweb.google.com.br/audaxsantacruz/Brevet600KmRandonnee2009#

Ciclistas na chegada:



Relato desabafo do Tio Endres

Normalmente não escrevo sobre as provas, um pouco por preguiça, falta de tempo e também porque gosto mais de ler as opiniões e aprender com elas do que colocar os outros prá pensar :-)
Mas como essa nossa prova foi totalmente diferenciada, deixo aqui algumas considerações a respeito:

1- Muito bom poder contar com a companhia e parceria de todos vocês durante as 38h:30 em que estivemos juntos enfrentando esse desafio. Quero agradecer aos amigos por esses momentos que com certeza a gente não esquece e um dia vai contar para os netos, que vão contar para os amigos..... e aí, no relato estará o nome de todos vocês. Isso de certa forma já é entrar para a história né!

2- Um parabéns especial ao Gigio pela superação (nós estávamos lá e sabemos a dimensão do esforço feito por ele), que devemos usar como exemplo de espírito do AUDAX. Outro parabéns especial para o comandante Rubens que com pouco treino fez uma prova e tanto!!!

3- Essa prova, me fez pensar muito sobre a questão de realizamos e participarmos de provas longas em nosso país. Talvez hoje (pela proximidade) ainda não seja o momento adequado para formar opinião sobre isso. Mas fico me questionando e refletindo que o esporte e o hobbie que escolhemos, deve sempre ter como fundamento nos trazer prazer e servir como válvula de escape para o nosso dia a dia que, em maior ou menor grau, sempre tem um nível de stress.
Nunca morei nem pedalei em países mais avançados, organizados e educados do que o nosso, "ciclísticamente" falando.. mas nem precisa. Basta passar pela experiência que passamos nessas 38H:30, para sentir na próprio lombo o stress que é:
3.1- Ter que pedalar olhando grande parte do tempo para trás, analisando se dá para fugir dos buracos, indo pro asfalto e conseguindo se livrar de um muito mal educado motorista, que não está nem aí se em cima de uma bicicleta tem uma pessoa e que passar a trinta centímetros dela a 100 KM/h é contar demais com a sorte, para que não aconteça uma desgraça;

3.2- Ter que chegar numa praça de pedágio já totalmente irritado e estressado sabendo que vai ter que passar por aquela MALDITA série de sinalizadores que podem acabar definitivamente com a tua prova e consequentemente, com o teu prazer de estar ali praticando um hobbie;

3.3- Ter que pedalar à noite, tentando lembrar onde é mesmo aquele BENDITO buraco (vale verde km 58) que os responsáveis pela manutenção da rodovia deixam ali aberto por dias e meses a fio, pouco se importando se irá causar um acidente;

3.4- Ter que ficar o tempo todo berrando com o pessoal.. "OLHA O CARRO..... CARROOOO!!" "CAMINHÃOOOOOO!!!!" ( essa então bate o pavor geral) , como se viesse se aproximando algum tipo de monstro que vai liquidar conosco.. e se bobear, liquida mesmo (motorista desgraçado da jamanta que passou por nós nas sete curvas já no finalzinho da prova);

3.5- Ter que ficar ziguezagueando para o acostamento e para a pista, tentando ir pelo caminho menos esculhambado, como naquele famigerado trecho entre o Vale Verde o Schuster PUTZZ que troço irritante!

Quando vamos participar de uma prova de desse tipo, sabemos que poderemos pegar frio, vento, calor, chuva, subidas, problemas mecânicos, cansaço e exaustão... isso tudo a gente sabe que faz parte do desafio. Mas se além disso temos que nos estressar com todas essas outras questões que relatei, aí nos faz pensar até que ponto o prazer da prova não é menor do que o sofrimento, a preocupação e a irritação!
Estava refletindo sobre os relatos do Trevisan e do Faccin sobre as provas de 1200 no exterior, e me parece que lá só temos que enfrentar os desafios inerentes a prova em si. Pedalar por muitas horas, altimetria, clima, equipamento, alimentação, preparação física... e acho que qualquer hobbie deve ser assim.
Como já disse, pode não ser o momento para essas conclusões e reflexões, pela proximidade da prova que fizemos. Também pode ser coisa da idade.. o tio/vô já anda se irritando com mais facilidade. Mas deixo aqui essas considerações para que a gente reflita sobre a questão de fazermos (ou não) o "SACRIFÍCIO" ou a "LOUCURA" de pedalarmos por três dias a fio 1000KM nessas condições. Podemos pensar e dar como premio, para quem concluir, um pacote de hospedagem em um SPA para recuperação do stress.
Se acharem muito dramático, desconsiderem... só queria desabafar e compartilhar com vocês meu sentimento desse day after!!
Parabéns a todos nós e bom início de semana para vocês!!!
ASS: Tio Endres

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Relato brevet 400 km- Artur

(...) sentado na bicicleta, rosto enterrado nos braços apoiados no guidão, olhos fechados... mergulhado num turbilhão de sensações corporais e na satisfação de estar ali, descansando. .. acho que pensei, "que bom isso, ainda bem que me permiti parar..." (...)

Relato do Brevet Audax Randonê de 400 km, organizado pelo Santa Ciclismo, em 23/24 de maio, largando de Santa Cruz do Sul e passando pela área dos municípios de Pantano Grande, Rio Pardo, Encruzilhada do Sul e Canguçu - incluindo a chamada "Coxilha do Fogo".

Texto completo & imagens no blog:

http://pespracima. blogspot. com/

Relato brevet 400- Richard

Tinha me colocado na cabeça de participar em um Audax fora do estado de São Paulo, mas devido às obrigações profissionais e pouco tempo a disposição fui postergando.

Este ano, vendo que Luiz Faccin tinha programado o primeiro Audax de 1.000 km no Brasil, olhei para o programa de 2009 e percebi, que não tinha como completar os 400 e 600 km dentro do prazo necessário para qualificar para a grande prova.

O que ainda me assustava, era a longa distancia ate o Rio Grande do Sul. Mas para me incentivar, acabei fazendo a pré-inscrição para os 1.000 km e me inscrevi para os 400 km de Santa Cruz do Sul.

Como iria ao evento ainda não tinha decidido. Finalmente, decidi ir de carro. Nunca tinha viajado para o oeste do estado do Rio Grande do Sul.

Sai de São Paulo quarta feira à tarde e cheguei a Santa Cruz quinta feira, onde fui muito bem acolhido no Hotel Antonio´s. Fiz uma pequena visita a Bicicletas Faccin para ver o Luiz, que não estava, por um imprevisto na família. Giani, irmão de Luiz, me informou do programa do sábado. Voltei ao hotel cedo, e depois de curta janta fui dormir.

Indeciso de que catraca usar, 12-27 ou 11-32, acabei decidindo ir dar uma volta de bicicleta na sexta feira para ter uma noção das condicões da estrada. Preparando a bicicleta sexta de manhã encontrei no estacionamento do hotel com Ester A. Galbinski, simpática, me perguntando se eu também ia participar no Audax. Depois de uma curta conversa, ficamos en ver-nos mais tarde.

Fui de bicicleta ate Bicicletas Faccin, cumprimentei o Luiz, e vendo que a loja estava cheia de clientes, não quis atrapalhar, e fui para o meu treino. Peguei a estrada para Rio Pardo e fiz um pouco mais de 30 km sem forçar.

Depois voltei ao hotel, tomei banho, troquei de roupa e fui ao restaurante Centenário para almoçar. Bebendo o meu café, apareceu outra vez Ester, e acabei sentando com ela batendo papo.

Com a idéia de dormir de tarde, voltei ao hotel. Isto, para chegar descansado para a reunião técnica no Hotel Feldmann as 20:00h. Combinei com Ester, de sair de carro juntos para a reunião, para mostra-lhe o caminho.

A reunião no Hotel Feldman durou ate as 21:00h com jantar no mesmo lugar. Foi muito bom encontrar antigos amigos de Paris como Eric Brack, Luiz Lazary e outros conhecidos de eventos em São Paulo como Mogens Nielsen e Roberto Trevisan. Depois voltei ao Antonio´s para tentar dormir.

Acabei não dormindo quase nada, por estar agitado, e por volta das 02:00h fui para o café de manhã oferecido cortesmente para os participantes do evento pelo Hotel Antonio´s.

Chegando ao Hotel Feldman de carro, todo mundo apareceu pontualmente. A organização estava eficiente e afiada, os participantes passaram pela vistoria, e receberam o passaporte para a prova. As 03:30h pontualmente foi dada à largada.

Largamos e acabou sendo assim, que fiquei junto com Eric Brack em um “grupeto” pedalando para o primeiro PA em Pântano Grande. Era de noite, com a temperatura por volta de 15 graus, e me pareceu que o tempo não somente passava rápido, mas que todos tinham pressa. O meu relógio marcava 5:10h quando chegamos ao PA. Eric e eu paramos, comemos uma misto frio e depois continuamos.

Muitos participantes saíram ao mesmo tempo do PA em direção de Encruzilhada. Embolou, e comecei a ficar para trás nas subidas subseqüentes. O ritmo me parecia alto de mais. Eric me esperava de vez em quando. Expliquei para ele, que não subia muito bem e Eric como bom médico me respondeu, que seria bom que fizesse musculação, que se tratava de falta de musculatura. Respondi, que era uma questão de idade, estava ficando velho e não tinha vontade de fazer exercícios com instrumentos de tortura.

Aos poucos, começou a aparecer à luz do dia. O céu iluminou-se de laranja e vimos que ia dar um belo dia. Assim, continuamos subindo os morros animados em direção de Encruzilhada. Apareceu o sol e um pouco mais tarde, por volta das 7:30h, já tínhamos chegado ao PC tendo percorrido 90 km.

O pessoal do restaurante do posto BR parecia não dar conta, chegava muita gente e todos pediam alguma coisa. Eric e eu pedimos uma torrada e bebemos um café com leite. Abastecemos água e continuamos, sabendo que o próximo PC seria somente na virada após de 202 km. Tínhamos 110 km pela frente com abastecimento precário.

Nos primeiros km contornamos Encruzilhada, com 3 trevos de acesso para a cidade. Mas que trevos! Descida íngreme, depois uma lombada com descida subseqüente e por último subida íngreme ate o trevo de acesso. Os 3 quase idênticos! Para mim, tortura chinesa. Em todos, desci a maior velocidade possível para conseguir subir com embalo a próxima subida. Ainda assim, na subida Eric sempre me deixava para trás. Os primeiros 10 km passaram bem devagar e nem me atrevi a olhar para o relógio.

A estrada começou a ficar mais plana e menos sinuosa. Comecei a achar o meu ritmo e fomos aos poucos alcançando e passando alguns ciclistas mais lentos. O tempo estava muito bom, a paisagem lindíssima, e ficamos batendo papo sob o mundo, a família e ............. Quase sem perceber apareceu no km 130 aquela famosa descida de 4,5 km ate a ponte que atravessava o Rio Camaguá.

Sabíamos que após de aproximadamente 155 km tinha um bar onde poderíamos abastecer água, mas decidimos parar após 140 km, descansar um pouco e beber e comer o que tínhamos. Ficamos uns 15 minutos, e continuamos.

Por volta do km 155 apareceu o bar, onde tinha alguns ciclistas abastecendo. Olhei para Eric, eu tinha suficiente água, e acabamos continuando sem parar. Alcançamos 2 ciclistas que estavam imprimindo um bom ritmo, entre 25 e 28 km por hora e nos juntamos a eles. Progredimos bem, ate que um deles decidiu seguir um pouco mais devagar. Para ajudar, comecei a fazer a minha parte do passo, ate que o segundo ciclista decidiu esperar o seu amigo.

Eric e eu continuamos sozinhos ao mesmo ritmo acelerado. Já estava fazendo mais calor, e de repente Eric ficou para trás. Reduzi a velocidade, e esperei. Ai Eric falou que se estava sentindo fraco e um pouco tonto. Assim, após umas subidas, paramos na sombra, para que pudesse se recuperar. Tínhamos, percorrido 180 km. Dei toda a minha água e o resto de Gatorade.

Depois de dar um tempo, voltamos a andar lentamente encarando os últimos morros antes de chegar ao trevo da BR 392. Deixei o Eric um pouco para trás em uma subida para buscar água. No final da subida, pedi água em uma casa. Os donos foram muito amáveis, e nos forneceram toda a água que precisávamos. Enchemos as caramanholas, bebemos e continuamos a ritmo lento.

Quase no topo do último passo, Eric me falou, que fosse enfrente, que sentia que estava me atrasando. Perguntei, como se sentia, se tinha celular e se tinha os telefones de contato da organização da prova. Senti que tinha todas as informações necessárias, e queria ir mais devagar. De tal forma, continuei sozinho ate o PC Fita Azul na BR 392, aonde cheguei por volta das 13:40h.

Fui almoçar e abasteci. Para minha surpresa, Eric chegou mais rápido do que esperava. Sentou-se à mesa comigo, mas me falou que ia ficar mais um tempo, para se recuperar melhor. Perguntei, se se importava que continuasse sozinho. Depois de trocar a bermuda, larguei do PC as 14:30h tentando cobrir a maior distancia possível ainda de dia. Em uma primeira instancia ir ate o PC3 no km 269 da BR 471, ou 270 km de percurso.

A tarde estava linda, e não fazia muito calor. As paisagens pareciam pintadas. A volta parecia mais fácil, e consegui, depois de dominar “aquela” última subida de 4,5 km + 1, chegar no PC2 as 17:08h. Os voluntários no PC me trataram muito bem, oferecendo cadeira, alimentos, bebidas.............

Tinha alguns outros ciclistas no PC, mas pareciam todos muito ocupados em continuar a prova. Assim, abasteci, coloquei a roupa para o frio e larguei para o PA en Encruzilhada, no km 210 na BR 471, ou 310 km de percurso. Após uns km encontrei um grupo de 3 ciclistas parados, também se preparando para a noite. Mais tarde me alcançaram e passaram. Não conseguia acompanhar o ritmo deles, estavam muito velozes. Aos poucos as luzes vermelhas foram distanciando-se na oscuridão, ate sumir completamente.

A temperatura estava amena, e eu estava sozinho na estrada. Isto contra os meus princípios, já que sempre de noite, por segurança, costumo andar acompanhado. Ainda assim, me sentia bem, os km passavam, tinha poucos veículos e dava para ouvi-los e ve-los de longe, devido às luzes. Quando algum veículo chegava perto, ia para o acostamento.

A estrada parecia um tapete, mas tinha pouca sinalização e ficava difícil se localizar na distancia e no tempo. Continuei a um ritmo tranqüilo, pedindo-me paciência, que o próximo PA já chegaria. Em certo momento, me perguntei, se esta parte do percurso não acabaria nunca. Mas de repente as luzes ficaram mais numerosas, e percebi que estava outra vez perto da civilização. Comecei a esperar os 3 trevos de Encruzilhada, sabendo que depois de cada um viria primeiro uma descida e depois duas subidas.

Finalmente, apareceu aquele “santo” de primeiro trevo, e imediatamente percebi outro participante, que parecia buscar a rota. Gritei para ele, “É por aqui”!”“, Venha!”. Não olhei mais para trás, mas sabia que me tinha visto e continuei o percurso.

Os 3 trevos passaram mais rápido do que pensei, sabia que estava perto do PA e fiquei buscando o posto BR, que com certeza estaria bem iluminado. E quando apareceu ... fiquei aliviado. Fui direto ao restaurante onde tinham preparado um buffet. Sentei na mesa, pedi bebida e comi dois pratos cheios de macarrão e arroz com molho de tomate. Como sempre falo nestas ocasiões: “foi a melhor comida que já comi na minha vida”. Imediatamente depois, calculo, que pelas 20:30h, fui embora para o próximo PC. Faltavam uns 90 km.

Sabendo que era descida ate Pântano Grande, me esforcei o menos possível, deixava a bicicleta embalar, pedalando somente quando precisava. Avançava bem com mínimo esforço e o tempo passava rápido. Até que chequei a uma bifurcação indicando Pântano Grande. Fiquei na dúvida e perguntei a um caboclo que passou de bicicleta. Este me confirmou que estava indo na direção correta. Pouco depois, apareceu o acesso para o centro da cidade. Entrei pedalando tranqüilo na cidade e cheguei ao PC as 22:20h.

No PC estavam Ninki e outros voluntários, que me perguntaram, se estava tudo bem. A minha resposta foi afirmativa. Estava completamente focado. Não senti sono em nenhum momento. Também me confirmaram que somente faltavam 49 km ate o Hotel Feldman o que me deixou muito animado. Era por volta das 22:30h. Falei para Ninki, que precisaria de 2:30h para fazer o resto do percurso.

Comi duas maças, enchi as caramanholas de água e fui embora para Sta. Cruz do Sul. Inicialmente a pedalada parecia fácil a pesar das primeiras subidas, estava avançando mais rápido do que pensava. Mas também percebi, que tinha mais veículos circulando, tanto carros como caminhões. Cada vez que um veículo ficava perto ia para o acostamento.

As reações dos motoristas eram diversas. Uns buzinavam agradecendo, outros passavam buzinando a alta velocidade para assustar e pelo menos 2 passaram com a janela aberta me xingando. Neste trecho, o acostamento estava em mal estado e cada ida para o acostamento reduzia bem a velocidade.

O meu único susto, foi quando percebi que estava encima de uma ponte bem comprida sem acostamento perto de Rio Pardo. Provavelmente, aquela ponte que o Luiz Faccin tinha mencionado na reunião técnica. Achei que estava em perigo e acelerei o mais que podia para atravessar a ponte no mínimo tempo possível. Ficava rezando que não aparecesse nenhum caminhão. Acabou dando tudo certo.

Com a meta final perto, sempre enxergando as luzes vermelhas de outros participantes na minha frente, que me mostravam que não estava sozinho no meu esforço, fui contando os km finais: ....placa km 159, ....placa km 149, ...somente faltavam 15 km. Quando a placa .... km 139 apareceu, sentí que já estava bem perto.

Assim, cheguei ao Feldman as 00:40h. Entreguei o passaporte para o guarda do hotel e fiquei uns minutos dando voltas no saguão. Tinha participantes na sala de televisão. Um parabenizava ao outro. Mais ciclistas chegavam e se registravam. Somente lembro-me que Roberto Trevisan me falou que tinha sido rápido no último trecho. Fazendo o cálculo, fiz os últimos 49 km em aproximadamente 2:10h. Para mim, nada mal.

Peguei a bicicleta e comecei a desmontá-la para colocá-la no carro. Ai apareceu outra vez uma voluntária para me ajudar, preocupada. Ficamos batendo papo, da prova, do cansaço, da prudência ate que consegui guardar tudo no carro.

Acho que esta última cena foi um bom exemplo do espírito da prova. Todos, organizadores, voluntários, participantes, amigos, parentes, fizeram tudo “e muito mais” para que tudo funcionasse. Foram não somente eficientes, mas solícitos e amáveis. Senti-me muito bem acolhido como estranho no pedaço.

Gostaria de agradecer a todos pela ajuda, simpatia, curiosidade e solidariedade durante a prova e espero poder retribuir alguma vez quando estiverem em São Paulo.

Abraços a todos e bom pedal
Richard

terça-feira, 2 de junho de 2009

Percurso urbano



Percurso urbano do brevet de 600 km em mapa do Hotel Antonios.
Observar no mapa acima o percurso em verde e em vermelho.
Percurso verde será utilizado:
1- Na primeira etapa de 6 km;
2- Na chegada a Santa Cruz no final de segunda etapa, ou seja, vindo de Rio Pardo.
Percurso vermelho será utilizado:
1- Em todas as saídas de Santa Cruz, etapas um, dois, três e quatro.
2- Nas chegadas até o hotel nas etapas três e quatro.

As cartas de rotas serão fornecidas a partir do campus unisc
O ciclista vai receber uma cópia deste mapa e mais outra cópia do mapa central de Santa Cruz

Percurso brevet 600 km- quarta etapa