terça-feira, 19 de maio de 2009

Altimetria comentada.

Altimetria comentada com detalhes

Olhar o gráfico é uma coisa, mas e pedalando?
Da largada até Rio Pardo: temos subidas e descidas mas no inicio não existem dificuldades. Uma descida de mais de 2 km e uma subida um pouco mais longa antes de Rio Pardo.
De Rio Pardo a Pantano Grande: não tem subidas fortes mas no caminho tem uma antena. Até chegar a antena são subidas leves e depois é quase só descida até Pântano. No scuro não se percebe muito isto até chegar ao PA-1.
De Pantano a Encruzilhada: logo na saída tem um trecho de subida bem leve até chegar ao trevo da estrada nova. Depois temos varias subidas, duas em destaque antes de chegar no Pc-1.
De Encruzilhada até o Rio Camaquã: para contornar Encruzilhada são 3 subidas e descidas com inclinação razoável. Chegando na Forjasul, tem ainda mais um pouco de subida, até descer bastante em uma reta com uma curva no final. Logo depois da curva inicia a subida, mas é bem mais leve e curta. A partir deste ponto existe um dos melhores trechos para pedalar neste brevet de 400 km. É um percurso quase plano com subidas e descidas leves até iniciarem as descidas maiores e chegar na descida da serra. São mais de 4,5 km de descida com inclinação forte, vai ser de dia e dá para largar, mas com cuidado que existem curvas. Chegando no Abranjo, que é o nome do arroio, que foi colocado em baixo da ponte, que estava no final de descida, ops. Do Arroio Abranjo até o Rio Camaquã é quase só descidas leves. Antes da Ponte tem um bar na esquerda da estrada, se precisar vai lá para pegar água e comprar qualquer coisa.
Do Rio Camaquã até o PC-2: Depois do rio, melhor, da ponte, tem alguns quilômetros relativamente plano, aproveite porque depois começa a subir. São subidas leves, mas são longas e são várias. Tem algumas descidas leves entre uma subida e outras, elas estão lá só para você esquecer que está subindo. Quando tiver uma descida com mais inclinação você está chegando na Br-392. Cuidado para ir na direção certa, tem que fazer o balão e seguir em direção a Canguçu e Pelotas. Na BR 392 adivinha o que você vai encontrar? Acertou, mais subidas e descidas, mas vai estar perto do PC e pense no prato de comida.
Retornando:
Agora é só voltar!
Depois de comer bastante o percurso da Br-392, que são 10 km, é rápido. Saindo da BR-392 tem subida, mas logo depois vem a recompensa que são os vários quilômetros de quase só descida. Aqui é bom de andar, mas o vento faz barulho nas orelhas e, atrás de ti, sempre vai aparecer um caminhão moderno, rápido, silencioso e que vai passar do teu lado a 110 km/h. Até o Rio Camaquã é bom de pedalar. Se você estiver com alguma folga de tempo vai chegar de dia, ou a noite vai te alcançar logo. Se estiver mais atrasado já vai chegar escuro.
Depois do Rio Camaquã começa a brincadeira de subir. Logo depois do Abranjo tem uma subida forte, a mesma que você desceu brincando na vinda. A placa diz aclive acentuado 3,5 km. Está certo, o aclive acentuado é 3,5 km, mas o aclive total é mais de 4,5 km. Prepara a marcha mais leve e vai girando. Pode estar escuro e pode estar frio, mas mesmo assim abre o corta vento porque esquenta.

Chegou no final da subida, está cansado, então surpresa. Agora estraguei a surpresa. Lá em cima vai ter um casal de malucos voluntários parados na beira da estrada. Sim, é ali mesmo o PC-3, vai ter alguma coisa quente para beber e alguma coisa para comer, mas não perde muito tempo que a janta é mais lá na frente. Antes de chegar xingando a estrada, o organizador e ou pedindo a mãe, lembra que o Miguel e a Sandra estão lá porque são voluntários, que também podem estar cansados , com frio, sono. Pedala para não chegar atrasado ao próximo PA.
Mais algumas subidas e você chega no percurso bom de pedalar. Lembra que quando encontrar uma capela com caixa de água na direita da estrada, ops. Vai estar usando farol fraco não vai ver isto de noite, se não ver, vai notar que logo depois tem descida, no final tem uma curva, depois da curva tem uma ponte. Se estiver frio ali, vai estar gelado. Depois da ponte, que tem um arroio em baixo que se chama Peixoto, tem uma subida para esquentar. São uns 4 km de subida e possivelmente você vai estar cansado.
Chegou lá em cima e você está perto de Encruzilhada, vai estar na Forjasul, mas ainda não está no PA do posto BR. Faltam alguns quilômetros e uma série de três descidas e subidas. Em cima pode ser quente e em baixo pode ser frio. Demora para passar este trecho. O PA está próximo e o prato de comida também. Se chegar depois da ½ noite vai ficar sem!
De Encruzilhada até Pantano o percurso é mais fácil e tem mais descidas. Cuida para não passar da rotula e passar de Pantano Grande. Tem que chegar lá, tem um P. Não adianta querer seguir direto, ir para Porto Alegre...
Chegou em Pantano Grande e então toma café e come alguma coisa. Já faz tempo que você saiu do Feldmann, se ficar parado dentro da lancheria, que é bem quentinha, você não chega de volta.
Falta pouco, ou nem tanto. Depois de Pantano tem a antena, nem lembra mais a está altura da noite. Você não vai ver a antena nem com farol bom, mas ela está lá, depois da fonte, no alto da subida. Depois da antena, Rio Pardo está mais perto, pois é quase só descida. Depois da ponte sobre o Rio Jacui está Rio Pardo e lá tem o Posto Dragão. De dragão você só vai encontrar o calor na loja de conveniência, ou quem sabe algum perdido, voltando de alguma festa nas redondezas. Aproveita o café de 1,50 que é bom mesmo, pega logo o duplo.
Depois do café, digo de Rio Pardo, tem descida, alguns quilômetros planos e uma subida de quase 3 km. Depois da subida, pode contar, você vai encontrar mais três subidas mais significativas, até chegar no Hotel Feldmann. A ultima é na chegada.

Acabou. Toca a campainha para chamar o guarda do hotel. Assina e entrega o passaporte para ele, senão você pode ter perdido a viagem toda. Confere se ele anotou o teu horário de chegada.
Não vai dormir demais e perder a premiação.

Até breve!

3 comentários:

artur disse...

bom, a impressão que fica é que a gente passa quase todo o tempo descendo ou comendo!

algo me diz que não vai ser bem assim...

Udo, será que tem como descobrir a altimetria acumulada (não sei se é assim que se diz - em inglês se diz 'climbing feet' ou 'climbing meters')?

Luiz M. Faccin disse...

Oi Arthur
O Paiudo ainda não aprendeu a acumular altimetrias. Sobe bastante e depois desce tudo novamente e o saldo fica zero!!

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É só pedalar, comer, beber e cuidar para não dormir em cima da bike, ou ser atropelado por uma carreta!

Quero ver tu descer sem freio a serra do Abranjo!
E quero ver eu subir de pinha fixa a mesma serrinha!

artur disse...

deixa comigo que eu desco à toda - a M5 é super estável em altas velocidades - só preciso testemunha!

subir, descer, comer, não dormir, isso tudo eu consigo;

o difícil vai ser não se perder - essa informação (que acabei de ler) dando conta que celular não pega me deixou muito preocupado...