Meu Randonnée 600, começou as 18 e 30 de sexta feira, quando eu e o Udo,fomos pedalando até o local da reunião, cerca de 12 km. Depois da reunião voltamos pra casa, também pedalando. Marcamos para sair de Vera Cruz as 2 e 30 da manhã, uma hora antes da largada da prova.
Viemos em direção a Vera Cruz,(terceira vez em poucas horas que fizemos esse trecho), nós como somos. Vera Cruzenses, andamos de olhos fechados nessa parte,sabíamos de cor onde estavam os buracos da pista e do acostamento.
Passando por Candelária, seguindo a Novo Cabrais, começou aquela neblina do final da noite. Logo adiante ingressando no trevo de Novo Cabrais, encontramos a primeira surpresa da noite, três gurias caminhando no meio da rodovia que segue para Cachoeira do Sul, onde uma delas disse: pelo amor de Deus fulano, onde tu ta? O que deu para perceber dessa cena foi , ou dá ou desce, a aquela hora só poderia ter sido isso que teria acontecido.
Depois dessa cena fabulosa pedalei mais alguns quilômetros com o Udo e paramos por volta do km 70 num posto, para tomar um café com leite, ou melhor dois cafés com leite, o preço estava muito defasado 1,00 real,o Udo viciou no preço, não no café, e pediu mais um .Parada de aproximadamente 15 min e dá lhe pedal, já estava amanhecendo,o rendimento estava bom naquele momento, por serem os quilômetros iniciais. Mais um pouco a frente, e o sol começava a aparecer aos pouquinhos. Nessa parte da rodovia até o Restaurante Papagaio a média continuava boa. Foi a vez que mais rápido andei nesse trecho, em comparação as demais vezes que passei por este local.
Depois de carimbar o passaporte no PC1, segui pela BR 290, onde o cuidado na rodovia teve que ser maior devido ao maior fluxo de veículos e caminhões. As primeiras dores da Randonnée começaram nesse trecho, dores no pescoço, de ficar olhando para trás e para o retrovisor. Segui até o pedágio, onde parei para tomar um café, e logo segui até a Raabelândia no km172. Almocei e por volta das 13 horas parti em direção a Santa Cruz. Nesse trecho resolvi seguir pedalando sozinho e cheguei no PC2 no hotel as 15h e 15min, onde parei para comer umas bergamotas e uma banana. Logo em seguida o Udo apareceu, esperamos mais um pouco e seguimos,damos passamos num posto pra comprar umas coisas e seguimos para subir aquela bela subida de 4 km. Em seguida rumo a Passo do Sobrado, Vale Verde, onde paramos para comprar um litro de iogurte, um pra cada um, a fome estava grande, neste momento a noite já se aproximava, hora de ligar os faróis e brake light.
Chegando no PPP, não comemos a massa dada pela organização na ida, resolvemos, pegar na volta, já que o PA ficaria aberto até a meia noite. Saímos dali,andamos uns 500 metros.Percebi que tinha algo estranho....Havia esquecido o capacete no PPP, primeira seqüela da prova, voltei coloquei o capacete e retornei pra rodovia. Pedalei mais 30 km com o Udo, parceiro de pedal até então, até chegarmos no PC3, em General Câmera. Quando cheguei no PC tive uma surpresa, tinha uma sopa quentinha esperando pelos ciclistas,obriguei me a repetir.
Mais 30 km de retorno até o PPP para comer aquela massa que estava esperando por mim. Sai o PPP por volta da meia noite, o rendimento começava a cair a partir daquele momento, fizemos um mini pelotão de 5 ciclistas para melhorar a iluminação e para espantar o fantasma do sono, que aos poucos começava a aparecer de leve.Três ciclistas do mini pelotão depois de alguns quilômetros,estavam num ritmo mais forte que os dois Vera Cruzenses que continuavam a pedalar juntos. Chegando em Passo do Sobrado, percebi que o Udo estava praticamente dormindo em cima da bike, quase batendo nos olhos de gato da pista. Perguntei se queria dar uma parada, ele disse que não.Respeitei a opinião dele, por ser um ciclista experiente, pensei que deveria saber o que estava fazendo.
Quando chegamos na RSt 287, a iluminação da rodovia melhorou,e o Udo começou a pedalar num ritmo melhor. Acho que o Udo tem medo do escuro,hehe.
Em seguida subimos pela primeira vez as temidas sete curvas, até chegarmos no hotel. Eu fiquei hospedado no “Luizas” hotel, pra quem não sabe é um hotel grátis que tem em Santa cruz do Sul.eheh, brincadeira, fiquei na casa de uma amiga que faz parte do Grupo Santa Ciclismo. Mais uma vez obrigado Luiza por acordar as 2h e 30 min da madrugada pra acolher um ciclista fedorento, faminto e com sono.O Udo ficou na casa do Giovani, marcamos para aparecer no hotel as 6 e 30 da manhã.
Coloquei o relógio para despertar as 6 da manhã, aquelas 3 horas de sono pareceram que haviam sido apenas 10 min, mas valeram a pena, acordei novo.
Pedalei até o hotel e as 6 e 33 partimos conforme o combinado. Na altura do subidón encontramos o Jonas Brasiliense falsificado, pela primeira vez 3 Vera Cruzenses pedalado juntos um Randonée 600 km. Pedalamos juntos até o Casa Cheia em VA, onde paramos para tomarmos um café. Pedi pomada emprestado para o Jonas para passar nos lugares detonados pelo selim.Essa parada durou cerca de 40 min.
Ingressamos na RSC 453, onde logo começava uns trechinhos chatos, e eles ficaram mais chatos ainda com a presença de um vento muito forte. Nesse trecho dispersei-me do Jonas e do Udo e segui sozinho, ou melhor com o vento. Mais uns quilômetros a frente o Faccin ofereceu me bergamotas e bananas, peguei algumas e segui até chegar no PC5 em Encantado.Carimbei o passaporte e fui almoçar em companhia do Luiz Faccin. Falei a ele que o meu pneu traseiro estava indo pro saco e ele disse que havia pneus á venda no carro. Comprei um, e os voluntários se prontificaram para trocar ele pra mim, obrigado voluntários.
Parti para a última parte da prova com o Cláudio de Poa, curiosidade, ele também teve que trocar o pneu. O almoço e o pneu novo me ocasionaram uma força do além. Pedalamos num ritmo bem forte até Lajeado, onde paramos por 10 min num posto. Seguimos em direção a VA, sempre no mesmo ritmo, até o Casa Cheia onde comi um pastel. A sensação da certeza de completar a prova já estava começando a mexer com os neurônios. Faltavam poucos km, mas ainda tinha mais uma vez as 7 curvas, subimos ela antes de começar a movimentação de veículos no final do domingo. Chegamos no final da Prova as 18h e 05 min.
Completar uma prova de 600 km tem um gostinho especial, meu primeiro Randonnée de 600, em 2007 não participei por ser em Curitiba, em 2008, desisti dos 400, e em 2009 parabéns pra mim e a todos os demais participantes, voluntários, pessoas envolvidas com esta prova.
Depois da premiação fiz mais 12 km até em casa.
Total do final de semana 650 km.
Claiton Ketzer
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