sexta-feira, 26 de junho de 2009

Paulo Lopes

Copiando as palavras do Udo:

“Na semana passada, Paulo Santana (Figura Folclórica do RS) completou 70 anos. No Jornal do Almoço ele falou que há 70 anos, em 1939 numa certa hora desse dia, faleceu em Londres o homem "mais genial do planeta" naquela época - SIGMUND FREUD....E poucas horas depois nascia "PABLO SANTANA", disse ele (com muita modéstia), que aquilo foi apenas uma "passagem de bastão".
“Às 17h30 de domingo, faltando 2h para encerrar o brevet 600 km, morreu o "Paulo Loko", como era conhecido o Paulo Lopes, de Santa Cruz do Sul ( Participou da 1ª Volta de Ciclismo de Porto Alegre no ano de 1958, entre outros feitos ), e poucas horas depois Nasceram dezenas de NOVOS BREVETADOS, e com brevet inédito, inclusive pra mim, que, nunca havia feito um Randonnée 600.”

Paulo Lopes
Era extremamente alegre e brincalhão, estava sempre gritando, era muito irreverente, só quem conheceu para saber o quanto. Quem conheceu no inicio até se assustava com a gritaria que fazia, mas quem o conhecia melhor sabia que era uma pessoa extremamente boa e não deixava de ajudar aos outros, um grande amigo.
Apesar de nunca ter conquistado grandes títulos é um marco do surgimento do ciclismo em Santa Cruz do Sul. Se tivesse tido melhores condições, com certeza teria conquistado muitos outros.
Loucura é ser diferente do que é considerado normal. O Paulo era louco porque era alegre, porque gritava, mas também era louco porque pedalava.
Lembro de quando era criança e via aquela figura maluca chegar pedalando e gritando. Era o único ciclista de Santa Cruz do Sul, o único que tinha uma bike speed na cidade, antes mesmo do surgimento das Caloi 10 e do asfalto. Quando consegui uma Monark 10, resolvi acompanhar o Paulo nas pedaladas. Acho que fui o seu primeiro companheiro nas pedaladas. Apareceu o Omar que pedalou por algum tempo. Surgiu o Miguel Lawish, seu irmão José Inácio ( Chaco) e o meu irmão Giovane. Foi criada a Equipe Mercur Metalplas de ciclismo:
http://www.santaciclismo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=222&Itemid=41
Um sonho do Paulo estava sendo realizado, ele estava em uma equipe de ciclismo. Por muito tempo pedalou sempre sozinho, sem competir, mas sem deixar a paixão morrer.
São muitas as pedaladas e a histórias para se contar. Histórias do tempo que não existiam tantos perigos na estrada e nem tantas estradas, mas estas não tinham pedágios e tinham acostamento pedalavel.
O Paulo nunca pedalou um brevet Audax ou Randonnée e sempre me dizia brincando: O que tu quer pedalando 200 km!
Dificilmente ele teria condições de pedalar um brevet. Devia sentir saudade dos velhos tempos e das nossas pedaladas para Rio Pardo, Barragem Anel de Dom Marcos, Venâncio Aires, Ponte do Império, para a linha Seival a procura de um velho trator “Fordéco”, para ir até o Cerro Botucarai e subir correndo em 20 minutos,...
Coitado do São Pedro, o Paulo deve ter chegado lá fazendo uma gritaria daquelas e deixado o velho santo atordoado!
Valeu Paulo. Pega o “Fordéco Celestial” e vem fazer escolta para os ciclistas nos brevets do Santa Ciclismo.
O Paulo passou o bastão que está com o grupo dos ciclistas de Santa Cruz do Sul.
Ficam as lembranças, um pouco de história, algumas fotos e esta homenagem.

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