Relato enviado para os grupos audaxbr e pedalajeado.
Oi! Eu não havia mandado o meu relato pois estava esperando o do
Omar, pois seria impossível falar desse Audax sem tocar nesse assunto e
como não sabia de todos os detalhes era melhor ficar quieto do que dizer
(escrever) bobagens.
Nada de surpreendente na atitude do Faccin, do Zappe e do Guaraci,
pois quem pedala com o pessoal do nosso grupo sabe que nunca está sózinho.
A minha prova foi bem menos emocionante do que o relato do Omar.
Como muitos sabem quase não tenho conseguido pedalar, por isso essas
últimas provas tem sido bem complicadas. Nos últimos 60 dias eu pedalei
6, sendo que 3 desses dias foram provas de Audax (200 Ijuí e Caxias e
300 SCS). No sábado à noite estreei a minha nova aquisição, uma calça de
ciclismo, eu e o Bagatini éramos uns dos poucos que ainda não utilizavam
desse recurso nas provas mais frias. Em 2004 e 2005 poucos a
utiulizavam, hoje é quase regra. Larguei literalmente em último, pois
queria subir a serrinha na saída de SCS bem devagar, para não suar na
subida e gelar na descida. Já na descida que existe logo após a PRE o
meu termômetro marcava 2 graus!! E era menos de 22:30!! Na madrugada
registrei 1,2 graus em 2 oportunidades, às 2 e às 6:30.
Fiz o trecho até o Pesque e Pague sózinho, o máximo que aconteceu
foi pedalar alguns trechos muito pequenos com alguns ciclistas que
pedalavam num ritmo parecido com o meu. Depois do café e do sanduíche do
Pesque e Pague saí mais uma vez sózinho e pedalei até Santo Amaro onde
encontrei a turma de Caxias (Jeremias, Priscila, Balzan,...) e fui com
eles até o PC2 em São Gerônimo.
Cheguei com um tempo ruim, cerca de 5:40 (3:40 da manhã) , pois eram
97 km até lá, mas o pior foi ter perdido muito tempo, saí perto das
4:20. Quando saí todos os ciclistas já haviam chegado e restavam além de
mim apenas 3!! E desses 3, 2 desistiram!! Com a velocidade média com as
paradas " lambendo" os 15 km/h (15,1km/h) encarei a estrada e depois de
uns 10 km encontrei o Moacir Almeida de Catuípe, cidade vizinha a Ijuí.
E juntos fizemos a pior parte da prova, que foi encarar a madrugada e o
início da manhã. Fizemos uma parada no Pesque e Pague e pelas minhas
contas continuávamos perigosamente perto do ponto de corte da velocidade
média, isso não nos preocupava muito, pois o Faccin estava sendo
tolerante em virtude das baixas temperaturas da noite, que fizeram com
que todos pedalassem mais devagar. Mas não adiantava ter a complacência
do Faccin, pois em algum momento teríamos de recuperar o tempo perdido,
mas naquela parte da prova era difícil. Apesar da insistência do sol a
cerração não deixava o dia aquecer, por causa disso em todas as descidas
tínhamos de freiar pois os dedos estavam congelando. Assim que o sol
nasceu, resolvemos andar mais rápido (uns 20 - 22 km/h :-))) e
conseguimos lentamente "reviver" na prova. Chegamos ao Schuster com uma
sobra de quase 1 hora.
2 chícaras de café depois saí do Schuster mais uma vez sózinho, com
a intenção de recuperar mais um pouco do tempo para que pudesse chegar
tranquilo, sem a pressão do horário de chegada. Mas foi à partir desse
ponto que a falta de preparo foi muito sentida, a média que já estava
uma piada (18,3km/h) continuou a cair e cheguei em Cruzeiro com
18,1km/h. as pernas simplesmente não respondiam mais ao chamado do
"célebro". Ao chegar em Cruzeiro me animei com a recepção e finalmente
conversei com o Omar sobre o acontecido, por lá além do "chefe" do PC
(Eldo), estavam a Sílvia, a Manuela, o Milton, a Mara, o Henrique, a
Andréa, a Aline e o Igor (mulher e filho do Eldo), o Ericson e os outros
mecânicos da Casa do Ciclista, o pessoal da ambulância,... Enfim o PC
além de organizado estava muito bem frequentado :-)
Exatamente às 13:30, com 4:30 para fazer 67 km saí de Cruzeiro para
o trecho final da prova. Seria necessário manter média 15km/h para
chegar em SCS no tempo limite. Até o pedágio, cerca de 20km depois,
consegui manter um ritmo decente, mas à partir dali a coisa "enfeiou"
até Venâncio e piorou de vez na subida das 7 curvas em SCS. Mas ali eu
já estava em casa, e mesmo com um ritmo mais fraco ainda consegui chegar
com média de 18,0km/h, às 17:29, depois de exatas 19 horas e 29 minutos
de pedalada.
Deixo aqui os meus parabéns ao Dotto que mais uma vez voou na prova,
ao Norberto que com toda a sua simplicidade completou o seu primeiro 300
umas quantas horas na minha frente e ao Bagatini que mais uma vez fez
história. Ele sempre afirmou que até 4 graus de temperatura não era
necessário nehum tipo de proteção contra o frio, nesse fim de semana ele
provou que o limite é mais embaixo. :-)
Ao Zappe e ao Guaraci deixo a minha admiração, pois como o Omar
disse: "Tem coisas que separam os homens dos meninos!" Pedalar naquele
frio foi uma delas, abandonar a prova quando o frio já estava indo
embora para acompanhar um parceiro foi algo muito maior. Na minha
opinião, o Omar está tomando a atitude correta em relação ao Zorro! O
coitado do cachorro não tem culpa do dono ser um boçal, o negócio é
mexer no bolso do cidadão para ver se ele aprende a deixar o cachorro preso.
Por esse ano acho que chega de Audax, no máximo pretendo fazer um
200 no segundo semestre. O Audax Caxias 300 está descartado pois a
Manuela faz 2 anos naquele fim de semana e mesmo que pudesse ir, só iria
se pudesse treinar um pouco.
Era isso
Abraços
Kieling
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