Para mim é um trabalho muito grande e esta se tornado quase impossível de conseguir organizar um brevet. No briefing do brevet de 600 km pretendia anunciar que este seria o ultimo brevet Randonneur que eu estaria organizando, ao menos assim nestes moldes.
Por ser o meu ultimo brevet eu pretendi fazer algo diferente, já que não aprendo mais muita coisa organizando brevets e também para marcar de alguma forma um pouco especial. O percurso é lindo e difícil, digno de um brevet classificatório para o Paris Brest Paris, um brevet de 1200 km que tem só 356 subidas na ida e mais 356 no retorno. Um brevet para classificar e também treinar os ciclistas para o desafio maior.
As dificuldades sempre aparecem e eu sempre vou contornando. Desta vez não seria diferente. Seria mesmo diferente para marcar mesmo este como o ultimo brevet, na quinta feira à tarde recebi a ligação do Capitão a Policia Rodoviária Estadual, pelotão de Santa Cruz do Sul. O capitão Leandro, de quem nunca tive, nem tenho, nada a reclamar, estava me comunicando que o brevet não estava autorizado. Ele também me adiantou todos os riscos e conversei sobre as possibilidades. Eu concordo com a sua posição, mesmo sendo muito prejudicial, estragando todo o meu trabalho dos últimos dias, a esperança dos ciclistas e ainda duplicando o meu trabalho a fazer. A realização da prova de Formula Truck no Autodromo de Santa Cruz do Sul já havia me obrigado a alterar o local de largada para Venâncio Aires e agora estava me roubando também o apoio da policia. O capitão não tinha como assumir a responsabilidade de autorizar a realização de mais um evento nas rodovias da região visto que não tinha efetivo e nem viaturas para atender um possível atendimento. Eu, no lugar do capitão, tomaria a mesma decisão e assim como ele fez, eu faria a sugestão de adiamento do evento para outro final de semana. A culpa é dos corruptos que consomem com a verba que deveria ser utilizada para compra/conserto de viaturas e contratação de mais policiais. O Brevet, já previamente autorizado, ficou marcado para os dias 12 e 13 de março, no mesmo percurso e horários.
O brevet de 600 estava quase todo preparado, faltavam apenas os detalhes que deixo para a ultima hora, impressões, contatos com os PCs, compra de itens da alimentação. Na quarta a noite havia ficado até tarde trabalhando e até o seguro aos participantes também já esta contratado. O brevet seria realizado por voluntários que iriam trabalhar neste final de semana e depois pedalar nos dias 12 e 13 de março, após o carnaval.
Sem a autorização o brevet ficou para depois. Avisei o capitão que mesmo sem autorização eu estaria pedalando com alguns ciclistas, assumindo toda a responsabilidade, mas mantendo o evento para aqueles que já haviam comprado inclusive passagem aérea e viriam de longe.
Enviei e-mail aos ciclistas juntei os cacos de motivação. Animador o telefonema do proprietário do Hotel $olar, reclamando que os ciclistas estavam cancelando as reservas e que já havia comprado inclusive as frutas para o café da manhã. Pensei em doar as bananas que sobrassem do brevet para o pobre coitado.
Me senti um criminoso por querer organizar um brevet de ciclismo, mas não havia feito exatamente nada de errado. Me senti um David ciclista enfrentado o Sansão da Formula Truck. A minha funda foi à vontade dos ciclistas de pedalar e a ajuda do Miguel Lawish.
Doze ciclistas estavam no hotel e largaram no brevet. Alguns devem estar até agora chateados comigo e outros felizes, pois poderão pedalar o brevet dos dias 12 e 13 de março. Os ciclistas são ignorados e invisíveis no transito e porque seriam vistos agora? Como a policia pode nos proteger?
O ultimo brevet deixou de ser o ultimo e passou a ser uma aventura de organização. Me senti um Marcelo Lucca organizando o brevets com muita chuva, com poucos trabalhando e sem tempo para fazer o que foi deixado de ser feito. Mas os tempos não são os mesmos e os ciclistas também não pois estão muito mais experientes. Isto foi à diferença fundamental para que não houvesse mais imprevistos.
Pedalar um brevet de 600km pode ser uma aventura, mas não dá mais adrenalina do que organizar um. Não dá para definir, escrever nem explicar o que é organizar um brevet como foi este brevet 600. Pior que nem imagino como será o próximo dos dias 12 e 13. Já tenho que correr e fazer o que precisa.
O percurso do brevet foi alterado durante a sua realização, questão de segurança, ou de sobrevivência, mas o percurso mais difícil foi eliminado, pois não havia condições de colocar os ciclistas em direção a Dois Lajeados em uma noite com muita chuva, sem apoio e local para alimentação. Agora é preciso alterar carta de rota, planilhas, receber novas inscrições... É outro brevet. Graças à ajuda dos amigos voluntários provavelmente pedale o próximo.
Lista dos ciclistas que concluíram o “brevet fantasma” de 600
Alexandre L. de Jesus
Cezar Augusto Pinheiro Barbosa
Diogo Berghahn
Erich Brack
Isac Chedid Saud Filho
Jorge Luis Rovetto
Luiz Carlos Pereira
Milton Carlos Della Giustina
Nilson Ricardo de Macedo
Rogério G. Carneiro
Rogério L. M. Marodim
Fotos:
Luiz M. Faccin
Miguel P. Lawish
Diogo Berghahn
Parabéns aos participantes por esta conquista neste difícil brevet de 600 km
Parabéns pela classificação para o Paris Brest Paris 1200 km de 2011.
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Equipamentos obrigatórios brevet 600
Obrigatórios
Capacete;
Colete refletivo de boa qualidade;
Farol de boa qualidade e em funcionamento, preso na bike;
Luz traseira vermelha intermitente ou continua;
Alguns itens aconselháveis:
Espelho retrovisor;
Telefone celular;
Câmara de ar reserva;
Ferramentas para reparos de emergência na bicicleta;
Pilhas reserva para farol;
Iluminação extra, farol e luz traseira.
Não esquecer prudência, cuidado, atenção e respeito.
Não andar em fila dupla e sempre que possível utilizar o acostamento.
Respeite o código de transito.
É proibido pedalar utilizando fones de ouvido.
É proibido colocar lixo na estrada ou na natureza.
Deixe o lixo na lixeira no PC.
Capacete;
Colete refletivo de boa qualidade;
Farol de boa qualidade e em funcionamento, preso na bike;
Luz traseira vermelha intermitente ou continua;
Alguns itens aconselháveis:
Espelho retrovisor;
Telefone celular;
Câmara de ar reserva;
Ferramentas para reparos de emergência na bicicleta;
Pilhas reserva para farol;
Iluminação extra, farol e luz traseira.
Não esquecer prudência, cuidado, atenção e respeito.
Não andar em fila dupla e sempre que possível utilizar o acostamento.
Respeite o código de transito.
É proibido pedalar utilizando fones de ouvido.
É proibido colocar lixo na estrada ou na natureza.
Deixe o lixo na lixeira no PC.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Descrição do percurso brevet 600- segunda parte
Saindo do PC-2, Posto Dona Adélia na BR-386 é importante ter atenção pois é preciso cruzar a rodovia a seguir a esquerda em direção a Lajeado- Porto Alegre. Seguindo apenas 2,3 km você vai chegar ao pedágio. Apenas 1400 metros depois do pedágio fica a entrada da RS- 332 para Arvorezinha. Este é um dos locais mais perigosos do brevet, a BR 386 não tem acostamento e é preciso atravessar a pista, aguardar no canteiro central para depois cruzar a pista do sentido contrário.
O asfalto até Arvorezinha é novo, tem pouco transito, mas tem apenas uma faixa estreita de acostamento. Os primeiros 12 km desta rodovia são basicamente planos e quando iniciar uma decida mais inclinada logo você vai ver placas de atenção ponte estreita. A ponte é metálica e só passa um veiculo por vez, depois da ponte tem uma subida. Até o PC-3 de Ilópolis você vai enfrentar mais uma subida difícil e as demais não são tão longas e nem íngremes. Na chegada a Arvorezinha é só seguir as placas em direção a Ilópolis. A paisagem é bonita e compensa.
Depois do PC-3 não vai demorar para a chegada na entrada de Anta Gorda, mas é só seguir. Você estará no local de maior altitude do brevet, 655 metros. Uma subida de 1 km e logo depois tem 5 km de decida, mas é bom ter cuidado com as curvas. O asfalto é áspero e o acostamento em alguns locais não existe, mas o transito de veículos e pouco. No final da decida você vai estar chegando na entrada de Dr Ricardo, mais alguns quilômetros e tem mais uma decida de 4,7 km com declive realmente acentuado e curvas perigosas. Logo depois do final da decida você chega a ponte sobre o Rio Jacare e o local é bonito, vale até uma paradinha para ver o rio embaixo da ponte a ao lado do Moinho.
Não demora e logo depois de uma ponte você encontra uma igreja, posto de combustível e algumas lombadas. Assim que você avistar pedale na ciclovia localizada ao lado direito da estrada, o asfalto é novo e bom e na estrada o acostamento quase não existe. O PC-4 no Hotel Hengu, não esta longe e fica a poucos metros em frente, depois do final da ciclovia.
Depois do PC-4 do Hotel Hengu deverá ser a parte mais difícil de superar do brevet. Serão vários km de subidas, algumas decidas, até o PC-5 de Dois Lajeados. Saindo do Hotel tem que seguir em direção a esquerda para Muçum/ Dois Lajeados/ Guaporé. Depois de um poco a descer vai iniciar a subida até a localidade de Pinheirinho, local onde existe a tenda Botassoli local tradicional do PC do brevet de 200 km de Lajeado, mas deverá ser noite. Desce e depois da ponte sobre o Rio Guaporé tem a entrada para a cidade de Muçum.
Em Muçum tem um trecho com opção:
1- seguir no asfalto e enfrentar mais uma subida e decida para chegar do outro lado na outra entrada para Muçum na mesma altitude. Não tem perdida é só seguir em frente;
2- entrar para Muçum e seguir na principal, sem seguir a direita, até encontrar a outra saída para a rodovia. Você pode ter que enfrentar alguns metros de paralelepípedos, mas não encontra subida. Muçum é um peixe de água doce com o mesmo formato de uma cobra. A cidade de Muçum esta localidade entre o Rio Taquari e o morro. Morro de um lado e rio do outro, se observar não tem muita opção de se perder.
De qualquer forma, ou caminho escolhido, depois da segunda entrada para Muçum inicia a subida. Muçum tem pouca altitude e Dois Lajeados – local do PC-5 fica a mais de 500 metros. No caminho algumas decidas. A estrada tem acostamento mais largo. Chegando no trevo de entrada a Dois Lajeados é preciso seguir em frente por mais 2,3 km e logo depois do Posto Br fica o Hotel Giacomin, local do Pc-5.
Depois do PC-5 é o retorno até o Hotel Hengu, local do PC-6 e este percurso deverá ser mais rápido, mas deve-se ter cuidado.
Depois do PC-6 localizado no Hotel Hengu o percurso é em direção a Lajeado e depois Venâncio Aires. No Hotel Solar, mesmo local da largada, o participante deverá assinar a planilha na recepção e anotar o horário de chegada e saída. O percurso depois do PC-6 é mais critico em relação às possibilidades de abastecimento na madrugada.
Depois do Hotel Solar será o ultimo trecho do brevet. O percurso é mais conhecido e já utilizado em diversos brevets no RS, quase dispensa comentários, mas é bem mais plano do que as demais etapas. Saída do hotel em direção a Santa Cruz do Sul. Na localidade de Pinheiral, depois do pedágio, tem que seguir a esquerda em direção a Passo do Sobrado/ Vale Verde/ General Camara. O tradicional PA do Pesque e Pague Panorama poderá funcionar na madrugada, mas iremos combinar/ encomendar o lanche se for preciso. O PC de General Camara será no Posto ABS 24h. Na madrugada, se for o caso, o participante deverá pegar a assinatura do frentista do posto.
O perigo do ultimo trecho será nos últimos quilômetros, antes da chegada na RSt 287, pois o transito de veículos é grande no domingo a tarde e a estrada possui trechos sem acostamento.
Em breve mais informações.
O asfalto até Arvorezinha é novo, tem pouco transito, mas tem apenas uma faixa estreita de acostamento. Os primeiros 12 km desta rodovia são basicamente planos e quando iniciar uma decida mais inclinada logo você vai ver placas de atenção ponte estreita. A ponte é metálica e só passa um veiculo por vez, depois da ponte tem uma subida. Até o PC-3 de Ilópolis você vai enfrentar mais uma subida difícil e as demais não são tão longas e nem íngremes. Na chegada a Arvorezinha é só seguir as placas em direção a Ilópolis. A paisagem é bonita e compensa.
Depois do PC-3 não vai demorar para a chegada na entrada de Anta Gorda, mas é só seguir. Você estará no local de maior altitude do brevet, 655 metros. Uma subida de 1 km e logo depois tem 5 km de decida, mas é bom ter cuidado com as curvas. O asfalto é áspero e o acostamento em alguns locais não existe, mas o transito de veículos e pouco. No final da decida você vai estar chegando na entrada de Dr Ricardo, mais alguns quilômetros e tem mais uma decida de 4,7 km com declive realmente acentuado e curvas perigosas. Logo depois do final da decida você chega a ponte sobre o Rio Jacare e o local é bonito, vale até uma paradinha para ver o rio embaixo da ponte a ao lado do Moinho.
Não demora e logo depois de uma ponte você encontra uma igreja, posto de combustível e algumas lombadas. Assim que você avistar pedale na ciclovia localizada ao lado direito da estrada, o asfalto é novo e bom e na estrada o acostamento quase não existe. O PC-4 no Hotel Hengu, não esta longe e fica a poucos metros em frente, depois do final da ciclovia.
Depois do PC-4 do Hotel Hengu deverá ser a parte mais difícil de superar do brevet. Serão vários km de subidas, algumas decidas, até o PC-5 de Dois Lajeados. Saindo do Hotel tem que seguir em direção a esquerda para Muçum/ Dois Lajeados/ Guaporé. Depois de um poco a descer vai iniciar a subida até a localidade de Pinheirinho, local onde existe a tenda Botassoli local tradicional do PC do brevet de 200 km de Lajeado, mas deverá ser noite. Desce e depois da ponte sobre o Rio Guaporé tem a entrada para a cidade de Muçum.
Em Muçum tem um trecho com opção:
1- seguir no asfalto e enfrentar mais uma subida e decida para chegar do outro lado na outra entrada para Muçum na mesma altitude. Não tem perdida é só seguir em frente;
2- entrar para Muçum e seguir na principal, sem seguir a direita, até encontrar a outra saída para a rodovia. Você pode ter que enfrentar alguns metros de paralelepípedos, mas não encontra subida. Muçum é um peixe de água doce com o mesmo formato de uma cobra. A cidade de Muçum esta localidade entre o Rio Taquari e o morro. Morro de um lado e rio do outro, se observar não tem muita opção de se perder.
De qualquer forma, ou caminho escolhido, depois da segunda entrada para Muçum inicia a subida. Muçum tem pouca altitude e Dois Lajeados – local do PC-5 fica a mais de 500 metros. No caminho algumas decidas. A estrada tem acostamento mais largo. Chegando no trevo de entrada a Dois Lajeados é preciso seguir em frente por mais 2,3 km e logo depois do Posto Br fica o Hotel Giacomin, local do Pc-5.
Depois do PC-5 é o retorno até o Hotel Hengu, local do PC-6 e este percurso deverá ser mais rápido, mas deve-se ter cuidado.
Depois do PC-6 localizado no Hotel Hengu o percurso é em direção a Lajeado e depois Venâncio Aires. No Hotel Solar, mesmo local da largada, o participante deverá assinar a planilha na recepção e anotar o horário de chegada e saída. O percurso depois do PC-6 é mais critico em relação às possibilidades de abastecimento na madrugada.
Depois do Hotel Solar será o ultimo trecho do brevet. O percurso é mais conhecido e já utilizado em diversos brevets no RS, quase dispensa comentários, mas é bem mais plano do que as demais etapas. Saída do hotel em direção a Santa Cruz do Sul. Na localidade de Pinheiral, depois do pedágio, tem que seguir a esquerda em direção a Passo do Sobrado/ Vale Verde/ General Camara. O tradicional PA do Pesque e Pague Panorama poderá funcionar na madrugada, mas iremos combinar/ encomendar o lanche se for preciso. O PC de General Camara será no Posto ABS 24h. Na madrugada, se for o caso, o participante deverá pegar a assinatura do frentista do posto.
O perigo do ultimo trecho será nos últimos quilômetros, antes da chegada na RSt 287, pois o transito de veículos é grande no domingo a tarde e a estrada possui trechos sem acostamento.
Em breve mais informações.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Descrição do percurso brevet 600- primeira parte
Neste domingo eu e o Udo fizemos o percurso do brevet 600km, de carro. O Udo vai fazer a carta de rota com detalhes da altimetria. Já fiz mais de 1000km neste brevet, mas motorizado. As estradas apresentaram alterações depois de 30 dias da visita anterior.
Descrição do percurso.
Largada no Hotel Solar em Venâncio Aires.
Largada em frente ao Hotel na RST 453, seguiremos em direção a Lajeado, mas alguns metros depois já iremos seguir a direita na Avenida das Industrias em direção ao Campus UNISC. Este percurso foi incluído apenas para completar alguns quilômetros faltantes. Depois de 1600 metros, em frente ao pórtico de entrada de uma fazenda, será o retorno para a RST 453. Na RST 453 é preciso seguir a direita e logo depois fazer o retorno em direção a RST 287. Defronte ao hotel Solar são 2300 metros até o trevo da 287. Seguir em direção a Santa Cruz do Sul.
É ruim e perigoso pedalar na 287, principalmente neste inicio pois a Concessionária transformou o acostamento em terceira faixa, mas antes das 4h da manhã o transito é tranquilo. O perigo pode ser maior próximo às 5h e principalmente se tiver algum baile próximo à rodovia. O percurso até Pinheiral é bem leve e tem predominância de planície com leve decida. Em Pinheiral, depois das pontes iniciam as curvas e a subida que vai até depois do trevo do Fritz e da Frida ( trevo de acesso a Santa Cruz do Sul ou aeroporto/linha Santa Cruz..). O trevo é logo depois do posto da Policia Rodoviária Estadual, mas não tem segredo e é só seguir em frente. As curvas em subida são com terceira faixa e sem acostamento, mas a maioria dos participantes do brevet já cruzou por aqui e sabe que é sempre preciso cuidado. A subida não assusta ainda mais no inicio do brevet. Depois do Posto Nevoeiro inicia a decida, melhor ter cuidado e é importante usar também o freio e ter um farol potente.
Logo após o final da decida tem o trevo de acesso a UNISC/Santa Cruz do Sul e é preciso prestar a atenção pois tem que seguir a esquerda. Provavelmente terá alguém da organização por aqui, mas se não for possível? Aqui começa o percurso urbano que vai cruzar a região central de Santa Cruz do Sul. Cada ciclista vai ganhar o mapa abaixo, mas andando apressado no escuro é mais difícil.
Este percurso é o mesmo utilizado em vários outros brevets. Muitos dos ciclistas participantes já conhecem este percurso.
Descrição do percurso urbano Santa Cruz do Sul.
Entrada na cidade, percurso vermelho no mapa, utilizando a Av. Independência. Cruzar a entrada da UNISC e seguir sempre em frente até a rotula com a rua Oscar Jost. Na rotula seguir na segunda saída, a que fica mais em frente, seguindo quase em linha reta, entrando na rua Carlos Trein Filho. Seguir nesta rua até o quinto semáforo na esquina com a rua Senador Pinheiro Machado. Seguir a esquerda até o segundo semáforo. Você vai estar na esquina do hotel Antonios ( rua Sen. Pinheiro Machado com Ernesto Alves). Seguir a direita na Ernesto Alves até o próximo semáforo, que fica na esquina do BIG. Você estará utilizando o percurso marcado em verde no mapa. No semáforo em frente ao BIG, seguir a esquerda na rua Paul Harris. Na Paul Harris seguir em frente até o final da rua que é no semáforo em frente à Faccin Bicicletas. Seguir a esquerda na rua principal- Euclides Kliemann, mais uns 400 metros e seguir em frente à direita no semáforo. Cruzar em frente ao Posto da Brigada Militar e seguir em direção a Rio Pardo. Após a ponte seguir na rua lateral à direita. Seguir me frente no trevo e logo depois você vai cruzar em frente ao Hotel Feldmann- local de largada do brevet 400 de janeiro. Seguir em frente até o final da pista dupla/lateral, seguir na rodovia 471 em direção a Rio Pardo.
Você esta seguindo em direção a Rio Pardo, mas 6 km depois do final da pista dupla do Distrito Industrial de Santa Cruz do Sul, deverá seguir a direita pouco antes do viaduto que cruza sobre a BR 471. Para alguns o dia deverá estar clareando, mas para os mais adiantados poderá ainda ser escuro e este viaduto não é iluminado. Possivelmente tenha uma placa do Audax por lá indicando a direção, mas estas placas costumam sumir por algum fenômeno desconhecido da natureza humana.
Agora você estará pedalando na estrada nova, chamada de Nova 471, mas que na realidade a estrada é:
RS 412 até o viaduto sobre a RS- 287;
RSC 153 até Barros Cassal.
Depois de entrar na rodovia RS 412 ( nova 471) você vai seguir sempre na mesma estrada até chegar na BR 386 e estar muito próximo do PC-2.
Perfil da altimetria da estrada de Santa Cruz do Sul até Barros Cassal
Imagem retirada do livro: Caminho da RS-471, José Alberto Wenzel.
Na entrada da RS-412 a altitude é de 66 metros. Este com certeza será um dos melhores locais para se pedalar pois o percurso é plano com decidas e subidas leve, o asfalto é novo e até o viaduto sobre a RST 287 o acostamento é bom. O cuidado é com os tachões em alguns pontos, principalmente nos trevos e viadutos. Depois do viaduto sobre a RST 287 a rodovia torça de nome e o acostamento passa a ser uma fixa estreita e mais suja, mas sobre isto já foi comentado em outra postagem. O percurso é moleza até o trevo/rotula de entrada para Ferraz. Ah! Ferraz, mas é ali que inicia a subida. A serra é boa de subir e de manhã cedo não é tão quente, vai estar bom. A altitude máxima da estrada é de 629 metros e lá na altura vai ser o PC-1, no km 110 do brevet.
Chegou lá em cima, eba, chega de subida! Que nada, vai ter decida e subida, ir do PC-1 até Soledade é mais fácil do que retornar. Depois do PC-1 é necessário observar a reposição energética e hidratação e ponto importante é o trevo de entrada para Barros Cassal ( altitude 621 metros). Barros Cassal fica a 35,71 km do PC-1 e a 43 do PC-2 e estes últimos quilômetros são sem nenhuma estrutura na estrada. A opção de alimentação é entrar em Barros Cassal, seguir por 600 metros e chegar no Mercado Barbieri para fazer o reabastecimento de alguma bebida ou comida.
Depois de Barros Cassal:
a estrada não tem asfalto novo;
a faixa estreita de acostamento está tomada pelo capim em muitos trechos;
a estrada tem mais transito de veículos.
Para compensar a altimetria e favorável.
Do trevo para Espumoso até a Br386 são 6 km e a estrada tem vários buracos que não estão na faixa do acostamento, mas é importante ter atenção.
Chegando na BR-386 é importante ter atenção pois é preciso cruzar a rodovia a seguir a esquerda em direção a Soledade. O PC-2 fica no segundo posto de combustível, Posto BR Dona Adélia. No posto sempre estão muitas carretas estacionadas e nem sempre o PC vai estar tão visível. O PC será no restaurante.
Descrição do percurso.
Largada no Hotel Solar em Venâncio Aires.
Largada em frente ao Hotel na RST 453, seguiremos em direção a Lajeado, mas alguns metros depois já iremos seguir a direita na Avenida das Industrias em direção ao Campus UNISC. Este percurso foi incluído apenas para completar alguns quilômetros faltantes. Depois de 1600 metros, em frente ao pórtico de entrada de uma fazenda, será o retorno para a RST 453. Na RST 453 é preciso seguir a direita e logo depois fazer o retorno em direção a RST 287. Defronte ao hotel Solar são 2300 metros até o trevo da 287. Seguir em direção a Santa Cruz do Sul.
É ruim e perigoso pedalar na 287, principalmente neste inicio pois a Concessionária transformou o acostamento em terceira faixa, mas antes das 4h da manhã o transito é tranquilo. O perigo pode ser maior próximo às 5h e principalmente se tiver algum baile próximo à rodovia. O percurso até Pinheiral é bem leve e tem predominância de planície com leve decida. Em Pinheiral, depois das pontes iniciam as curvas e a subida que vai até depois do trevo do Fritz e da Frida ( trevo de acesso a Santa Cruz do Sul ou aeroporto/linha Santa Cruz..). O trevo é logo depois do posto da Policia Rodoviária Estadual, mas não tem segredo e é só seguir em frente. As curvas em subida são com terceira faixa e sem acostamento, mas a maioria dos participantes do brevet já cruzou por aqui e sabe que é sempre preciso cuidado. A subida não assusta ainda mais no inicio do brevet. Depois do Posto Nevoeiro inicia a decida, melhor ter cuidado e é importante usar também o freio e ter um farol potente.
Logo após o final da decida tem o trevo de acesso a UNISC/Santa Cruz do Sul e é preciso prestar a atenção pois tem que seguir a esquerda. Provavelmente terá alguém da organização por aqui, mas se não for possível? Aqui começa o percurso urbano que vai cruzar a região central de Santa Cruz do Sul. Cada ciclista vai ganhar o mapa abaixo, mas andando apressado no escuro é mais difícil.
Este percurso é o mesmo utilizado em vários outros brevets. Muitos dos ciclistas participantes já conhecem este percurso.
Descrição do percurso urbano Santa Cruz do Sul.
Entrada na cidade, percurso vermelho no mapa, utilizando a Av. Independência. Cruzar a entrada da UNISC e seguir sempre em frente até a rotula com a rua Oscar Jost. Na rotula seguir na segunda saída, a que fica mais em frente, seguindo quase em linha reta, entrando na rua Carlos Trein Filho. Seguir nesta rua até o quinto semáforo na esquina com a rua Senador Pinheiro Machado. Seguir a esquerda até o segundo semáforo. Você vai estar na esquina do hotel Antonios ( rua Sen. Pinheiro Machado com Ernesto Alves). Seguir a direita na Ernesto Alves até o próximo semáforo, que fica na esquina do BIG. Você estará utilizando o percurso marcado em verde no mapa. No semáforo em frente ao BIG, seguir a esquerda na rua Paul Harris. Na Paul Harris seguir em frente até o final da rua que é no semáforo em frente à Faccin Bicicletas. Seguir a esquerda na rua principal- Euclides Kliemann, mais uns 400 metros e seguir em frente à direita no semáforo. Cruzar em frente ao Posto da Brigada Militar e seguir em direção a Rio Pardo. Após a ponte seguir na rua lateral à direita. Seguir me frente no trevo e logo depois você vai cruzar em frente ao Hotel Feldmann- local de largada do brevet 400 de janeiro. Seguir em frente até o final da pista dupla/lateral, seguir na rodovia 471 em direção a Rio Pardo.
Você esta seguindo em direção a Rio Pardo, mas 6 km depois do final da pista dupla do Distrito Industrial de Santa Cruz do Sul, deverá seguir a direita pouco antes do viaduto que cruza sobre a BR 471. Para alguns o dia deverá estar clareando, mas para os mais adiantados poderá ainda ser escuro e este viaduto não é iluminado. Possivelmente tenha uma placa do Audax por lá indicando a direção, mas estas placas costumam sumir por algum fenômeno desconhecido da natureza humana.
Agora você estará pedalando na estrada nova, chamada de Nova 471, mas que na realidade a estrada é:
RS 412 até o viaduto sobre a RS- 287;
RSC 153 até Barros Cassal.
Depois de entrar na rodovia RS 412 ( nova 471) você vai seguir sempre na mesma estrada até chegar na BR 386 e estar muito próximo do PC-2.
Perfil da altimetria da estrada de Santa Cruz do Sul até Barros Cassal
Imagem retirada do livro: Caminho da RS-471, José Alberto Wenzel.
Na entrada da RS-412 a altitude é de 66 metros. Este com certeza será um dos melhores locais para se pedalar pois o percurso é plano com decidas e subidas leve, o asfalto é novo e até o viaduto sobre a RST 287 o acostamento é bom. O cuidado é com os tachões em alguns pontos, principalmente nos trevos e viadutos. Depois do viaduto sobre a RST 287 a rodovia torça de nome e o acostamento passa a ser uma fixa estreita e mais suja, mas sobre isto já foi comentado em outra postagem. O percurso é moleza até o trevo/rotula de entrada para Ferraz. Ah! Ferraz, mas é ali que inicia a subida. A serra é boa de subir e de manhã cedo não é tão quente, vai estar bom. A altitude máxima da estrada é de 629 metros e lá na altura vai ser o PC-1, no km 110 do brevet.
Chegou lá em cima, eba, chega de subida! Que nada, vai ter decida e subida, ir do PC-1 até Soledade é mais fácil do que retornar. Depois do PC-1 é necessário observar a reposição energética e hidratação e ponto importante é o trevo de entrada para Barros Cassal ( altitude 621 metros). Barros Cassal fica a 35,71 km do PC-1 e a 43 do PC-2 e estes últimos quilômetros são sem nenhuma estrutura na estrada. A opção de alimentação é entrar em Barros Cassal, seguir por 600 metros e chegar no Mercado Barbieri para fazer o reabastecimento de alguma bebida ou comida.
Depois de Barros Cassal:
a estrada não tem asfalto novo;
a faixa estreita de acostamento está tomada pelo capim em muitos trechos;
a estrada tem mais transito de veículos.
Para compensar a altimetria e favorável.
Do trevo para Espumoso até a Br386 são 6 km e a estrada tem vários buracos que não estão na faixa do acostamento, mas é importante ter atenção.
Chegando na BR-386 é importante ter atenção pois é preciso cruzar a rodovia a seguir a esquerda em direção a Soledade. O PC-2 fica no segundo posto de combustível, Posto BR Dona Adélia. No posto sempre estão muitas carretas estacionadas e nem sempre o PC vai estar tão visível. O PC será no restaurante.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Lista de Inscritos brevet 600-
Luiz M. Faccin
Alexandre L. de Jesus
Roberto P. Trevisan
Luiza Schwab
Claiton Ketzer
Cesar Augusto Pinheiro Barbosa ?
Luiz Roberto Velho Lazary OK
André Lima OK
Rogério Carneiro Ok
Carlos Raul dos Santos Calvete OK
Diogo Berghahn OK
Isac Chedid Saud Filho OK
Alexander Kohler Gomes OK
Simone Barbisan Fortes Ok
Luiz Pereira-Huli Huli OK
Erich Brack Ok
Erasmo de Moura OK
Edson Behenck Ok
Jorge Luis Rovetto Ok
Nilson Ricardo de Macedo OK
João José Menezes Jardim Ok
Daniel Scartezini ok
Rafael Pereira de Castro ok
Rogério L. M. Marodim ok
Milton Carlos Della Giustina
Goodymar Cunha Oliveira
Lidiane T. Lauermann ok
Gabriela Martin
Atualizado dia 23-02-2011
Alexandre L. de Jesus
Roberto P. Trevisan
Luiza Schwab
Claiton Ketzer
Cesar Augusto Pinheiro Barbosa ?
Luiz Roberto Velho Lazary OK
André Lima OK
Rogério Carneiro Ok
Carlos Raul dos Santos Calvete OK
Diogo Berghahn OK
Isac Chedid Saud Filho OK
Alexander Kohler Gomes OK
Simone Barbisan Fortes Ok
Luiz Pereira-Huli Huli OK
Erich Brack Ok
Erasmo de Moura OK
Edson Behenck Ok
Jorge Luis Rovetto Ok
Nilson Ricardo de Macedo OK
João José Menezes Jardim Ok
Daniel Scartezini ok
Rafael Pereira de Castro ok
Rogério L. M. Marodim ok
Milton Carlos Della Giustina
Goodymar Cunha Oliveira
Lidiane T. Lauermann ok
Gabriela Martin
Atualizado dia 23-02-2011
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Inscrições brevet 600km
O esquema para as inscrições do brevet de 600 km será o mesmo do ultimo brevet 400.
O ciclista deve enviar e-mail para gigiopazzo@yahoo.com.br quando receberá as informações para o pagamento via depósito bancário e demais informações.
O valor da inscrição é de R$100,00
O prazo limite para inscrições é dia 23.
Confirmando as informações:
Reunião técnica ás 20:30 do dia 25 no Hotel Solar
Vistoria e entrega passaportes: 3:00 do dia 26
Largada será às 3:30 do dia 26 de fevereiro
Local da largada e chegada será no Hotel Solar em Venâncio Aires.
Hotel Solar-
solarhotel@viavale.com.br
Fone= 51-3741-1523
Localizado na RST- 453 fica na Rodovia para Lajeado a 2400 metros do trevo da RST 287
Este hotel também ficará no km 426 do brevet 600.
Serão quatro opções de pernoite em hotéis durante o percurso o que deve dar possibilidade de escolha aos mais lentos e também aos mais rápidos.
Chegada deverá ser até às 19h e 30 minutos do dia 27 de fevereiro.
Este o brevet é classificatório para o Paris Brest Paris Randonneur 2011.
Mais informações em breve.
O ciclista deve enviar e-mail para gigiopazzo@yahoo.com.br quando receberá as informações para o pagamento via depósito bancário e demais informações.
O valor da inscrição é de R$100,00
O prazo limite para inscrições é dia 23.
Confirmando as informações:
Reunião técnica ás 20:30 do dia 25 no Hotel Solar
Vistoria e entrega passaportes: 3:00 do dia 26
Largada será às 3:30 do dia 26 de fevereiro
Local da largada e chegada será no Hotel Solar em Venâncio Aires.
Hotel Solar-
solarhotel@viavale.com.br
Fone= 51-3741-1523
Localizado na RST- 453 fica na Rodovia para Lajeado a 2400 metros do trevo da RST 287
Este hotel também ficará no km 426 do brevet 600.
Serão quatro opções de pernoite em hotéis durante o percurso o que deve dar possibilidade de escolha aos mais lentos e também aos mais rápidos.
Chegada deverá ser até às 19h e 30 minutos do dia 27 de fevereiro.
Este o brevet é classificatório para o Paris Brest Paris Randonneur 2011.
Mais informações em breve.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Mais algumas informações percurso brevet 600
Transformei alguns comentários no blog neste novo post.
Fotos realizadas por Udo no percurso de Vera Cruz até Herveiras:
http://picasaweb.google.com/udo.map/Herveiras_2010#
OBs: não iremos entrar em Herveiras e nem utilizar estradas não asfaltadas;
As fotos são de quando a rodovia ainda não estava com o transito completamente liberado;
Fotos realizadas por Alexandre Jesus
http://picasaweb.google.com/alex.dejesus.rs/EixoNorteDa471VeraCruzXLajeadoXSoledadeXVeraCruz310km
OBs: estas fotos não são apenas do percurso de Vera Cruz até Soledade e no álbum estão também fotos de locais que não fazem parte do percurso do brevet 600.
O percurso da rodovia até Soledade é em estrada nova e o mais desconhecido para a maior parte dos ciclistas que irão pedalar o brevet 600.
http://www.bikely.com/maps/bike-path/Soledade-x-Santa-Cruz-do-Sul
Comentários:
A 153 é uma rodovia estreita, com uns 80cm de acostamento com muita brita em sua grande parte e degraus para subir na pista de rolamento. Ao lado do acostamento valas, se o ciclista vacilar poderá cair.
O movimento na rodovia já começou a intensificar-se.
No dia 28 de janeiro, sexta feira de manhã, pedalei até a subida da serra para Herveiras e fiz algumas anotações:
Em 50 minutos ou 20 quilômetros pedalados cruzaram na estrada, em ambas as direções, 38 veículos sendo destes: um comboio com três carretas transportando containers, dois caminhões da empreiteira que esta concluindo as obras na rodovia, três caminhões normais, uma caminhão pequeno, os demais veículos eram carros. Na mesma pedalada quando estava no viaduto sobre a RSC 287 pude avistar, nesta rodovia, filas de carros e caminhões em ambas as direções e que somavam mais de 15 veículos. Uma estrada movimentada tem um transito de 70 veículos por minuto, ou mais, um transito de 38 veículos em 50 minutos ainda é pouco. Os trechos mais perigosos do brevet de 600 não estão nesta rodovia, mas na BR 386 em um curto percurso e ainda na RSC 287 no percurso entre Venâncio Aires e o trevo de Pinheiral.
O asfalto da rodovia até Soledade tem 3,5 metros de pista e 1,5 metros de faixa de acostamento no máximo em cada lado da estrada. Estas são as mesmas medidas do asfalto no trecho sul da BR- 471, ou seja, na estrada de Pantano Grande até a BR-392, onde foi pedalado o brevet de 400km. A diferença dos dois trechos de asfalto é que no percurso ao sul de Pantano Grande a faixa de acostamento é mais limpa e fica no mesmo nível do asfalto.
O percurso da BR-386 até Encantado será também em estrada com uma faixa estreita de acostamento seguindo o mesmo padrão da estrada entre Pinheiral (município de Santa Cruz do Sul) até General Camara.
As estradas mais movimentadas são as que ligam o interior até a capital do estado, ou em direção as praias. As estradas do brevet de 600 são em sua maioria as que ligam o interior até o interior do estado, ou seja, nem tão movimentadas, e também nem tão sujeitas ao movimento migratório semanal das almas penadas que fogem do inferno de concreto.No próximo domingo irei percorrer novamente de carro o percurso do brevet e em breve escrevo mais detalhes sobre cada percurso, carta de rota, alimentação e outros.
O que o ciclista participante precisa fazer durante o brevet de 600km:
- Nunca pedalar em fila dupla;
- Usar espelho retrovisor;
- Pedalar com atenção;
- Pedalar sempre que possível no acostamento e se este não for utilizável, na linha branca e o mais no lado direito possível;
- Sempre que avistar um veiculo no mesmo sentido da rodovia, vindo em sua direção, se for preciso reduzir a velocidade e pedalar apenas utilizando o acostamento até a passagem deste veiculo. O mesmo deve ser feito quando se aproxima um veiculo no sentido contrário que esteja ultrapassando um outro veiculo, ou andando na contra mão. Se o acostamento estiver intransitável em algum destes momentos de ultrapassagem é melhor parar e perder alguns segundos, ou minutos, do que se arriscar.
- Sempre utilizar os equipamentos obrigatórios e estar o mais visível que for possível.
Até breve!
Fotos realizadas por Udo no percurso de Vera Cruz até Herveiras:
http://picasaweb.google.com/udo.map/Herveiras_2010#
OBs: não iremos entrar em Herveiras e nem utilizar estradas não asfaltadas;
As fotos são de quando a rodovia ainda não estava com o transito completamente liberado;
Fotos realizadas por Alexandre Jesus
http://picasaweb.google.com/alex.dejesus.rs/EixoNorteDa471VeraCruzXLajeadoXSoledadeXVeraCruz310km
OBs: estas fotos não são apenas do percurso de Vera Cruz até Soledade e no álbum estão também fotos de locais que não fazem parte do percurso do brevet 600.
O percurso da rodovia até Soledade é em estrada nova e o mais desconhecido para a maior parte dos ciclistas que irão pedalar o brevet 600.
http://www.bikely.com/maps/bike-path/Soledade-x-Santa-Cruz-do-Sul
Comentários:
A 153 é uma rodovia estreita, com uns 80cm de acostamento com muita brita em sua grande parte e degraus para subir na pista de rolamento. Ao lado do acostamento valas, se o ciclista vacilar poderá cair.
O movimento na rodovia já começou a intensificar-se.
No dia 28 de janeiro, sexta feira de manhã, pedalei até a subida da serra para Herveiras e fiz algumas anotações:
Em 50 minutos ou 20 quilômetros pedalados cruzaram na estrada, em ambas as direções, 38 veículos sendo destes: um comboio com três carretas transportando containers, dois caminhões da empreiteira que esta concluindo as obras na rodovia, três caminhões normais, uma caminhão pequeno, os demais veículos eram carros. Na mesma pedalada quando estava no viaduto sobre a RSC 287 pude avistar, nesta rodovia, filas de carros e caminhões em ambas as direções e que somavam mais de 15 veículos. Uma estrada movimentada tem um transito de 70 veículos por minuto, ou mais, um transito de 38 veículos em 50 minutos ainda é pouco. Os trechos mais perigosos do brevet de 600 não estão nesta rodovia, mas na BR 386 em um curto percurso e ainda na RSC 287 no percurso entre Venâncio Aires e o trevo de Pinheiral.
O asfalto da rodovia até Soledade tem 3,5 metros de pista e 1,5 metros de faixa de acostamento no máximo em cada lado da estrada. Estas são as mesmas medidas do asfalto no trecho sul da BR- 471, ou seja, na estrada de Pantano Grande até a BR-392, onde foi pedalado o brevet de 400km. A diferença dos dois trechos de asfalto é que no percurso ao sul de Pantano Grande a faixa de acostamento é mais limpa e fica no mesmo nível do asfalto.
O percurso da BR-386 até Encantado será também em estrada com uma faixa estreita de acostamento seguindo o mesmo padrão da estrada entre Pinheiral (município de Santa Cruz do Sul) até General Camara.
As estradas mais movimentadas são as que ligam o interior até a capital do estado, ou em direção as praias. As estradas do brevet de 600 são em sua maioria as que ligam o interior até o interior do estado, ou seja, nem tão movimentadas, e também nem tão sujeitas ao movimento migratório semanal das almas penadas que fogem do inferno de concreto.No próximo domingo irei percorrer novamente de carro o percurso do brevet e em breve escrevo mais detalhes sobre cada percurso, carta de rota, alimentação e outros.
O que o ciclista participante precisa fazer durante o brevet de 600km:
- Nunca pedalar em fila dupla;
- Usar espelho retrovisor;
- Pedalar com atenção;
- Pedalar sempre que possível no acostamento e se este não for utilizável, na linha branca e o mais no lado direito possível;
- Sempre que avistar um veiculo no mesmo sentido da rodovia, vindo em sua direção, se for preciso reduzir a velocidade e pedalar apenas utilizando o acostamento até a passagem deste veiculo. O mesmo deve ser feito quando se aproxima um veiculo no sentido contrário que esteja ultrapassando um outro veiculo, ou andando na contra mão. Se o acostamento estiver intransitável em algum destes momentos de ultrapassagem é melhor parar e perder alguns segundos, ou minutos, do que se arriscar.
- Sempre utilizar os equipamentos obrigatórios e estar o mais visível que for possível.
Até breve!
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Relato brevet 400km
Relato brevet 400 km da organização 29 de janeiro de 2011.
Sempre gosto de pedalar os brevet como organizador antes da sua realização, ou seja, antes da data oficial, mas neste brevet de 400km não foi possível pois estávamos no final de ano, época da farsa do papai Noel. Logo depois também não foi possível, pois estava no período santo das férias, das minhas é claro. Acho que a minha família merecia a minha presença mais do que alguma pedalada, ou homologação. O fato é que nos ultimo dia destas curtas férias eu iria pedalar o brevet 400km e o dia combinado era o dia 29 de janeiro.
Férias com chuva na praia e época de descansar e de relaxar também, ou seja, perder preparo físico. Voltei para casa dois dias antes do brevet marcado. Precisava guardar as tralhas, colocar as coisas em dia, mas também testar e decidir com qual bici pedalar os 400km. A opção normal seria a tradicional hibrida com câmbios e tudo o que se tem direito, mas eu queria pedalar o brevet 400 km com a bici de pinhão fixo, a série toda para ser mais exato. Durante o brevet normal realizado dia 08 de janeiro, eu, andando de carro, me imaginava em cada subida e decida pedalando com a fixa. De carro fiz tudo o percurso de fixa mentalmente: aqui eu freio, aqui em subo tranquilo, aqui, bem, aqui vou precisar caminhar algum tempo. Na verdade somente em dois locais eu tinha certeza que precisaria caminhar, mas estava de carro e com motor toda subida é leve. Não tinha certeza de como seria subir alguns trechos depois de ter pedalado 300km. Não sabia como seria estar em um sobe e desce continuo, ou às vezes apenas subindo continuamente por muito tempo. O meu medo era apenas de perder a paciência nas decidas por isto precisava estar bem comigo mesmo, ou seja, física e mentalmente bem preparado, sabendo que iria sofrer e que não podia ter ansiedade. Pensava em pedalar sozinho, pois é assim que pedalo no meu ritmo mais concentrado, ou hipnotizado. Queria ir sem ter ninguém como comparação que me obrigasse a ir mais rápido, ou lento, ou seja, 100% no meu ritmo. Teoricamente as vezes é assim, na pratica acho que nem sempre.
Vou de fixa, ou não vou? Pedalo os 400km ou não? Não estava com vontade de nada. A hibrida estava pronta. Já tinha pensado o que precisava fazer na fixa para pedalar os 400, mas precisava fazer algum teste. Adicionei a bici: bolsa tipo bagageiro Topeak fixa ao canote de selim, porta celular no guidão e freio dianteiro para a segurança nas decidas. Na sexta feira dia 28 resolvi pedalar com a fixa, para testar o freio, para testar a cabeça e ver se encontrava a vontade e coragem para enfrentar os 400 km. Para usar o freio precisava de uma longa decida e queria testar a cabeça subindo o asfalto novo para Herveiras. Fui pedalando tranquilamente até o inicio da subida e pensei em pedalar até onde fosse possível, mas às vezes tenho dificuldade para reconhecer o impossível, principalmente em cima da bicicleta. Fui subindo, subindo e encontrei uma desculpa para parar alguns minutos, fazer uma foto com o celular. Subi mais e encontrei algumas desculpas para não ir até o final: o horário para chegar a casa antes do almoço, a necessidade de não estar cansado para o dia seguinte, a opção de voltar para subir novamente, e já tinha muito a descer no retorno como opção de testar os freios. Cheguei em casa ½ dia e a decida com dois freios pareceu ser fácil, parecia estar fácil até sem usar os freios. Pedalei 87 km no dia anterior ao brevet de 400 e não estava decidido com qual bici ir e porque ir. Tinha combinado com a Lidiane, Jean e Gabriela e então estava na obrigação de ir até o local de largada.
Decidido ou não, eu iria com a fixa. Não estava bem e pensei em pedalar até Pantano e retornar, se fosse o caso iria depois à noite para verificar onde estariam pedalando os demais. Não sei por que queria ir de fixa, mas não tinha vontade de ir com outra. É com esta bici que estou acostumado a pedalar.
Largamos às 3h 31min no Posto Três Coqueiros já que na região do Hotel Feldmann esta tudo fechado neste horário. Teríamos que pedalar 2,5 km a mais. Fui o primeiro a chegar e logo chegaram as Lidi e a Gabriela. Avisei sobre a possibilidade de eu desistir em algum ponto pois estava desanimado. O Jean chegou em cima do horário e saímos. Por algum tempo pedalamos juntos e depois, eu e o Jean fomos à frente. Estava bom de pedalar com a temperatura nos vinte e poucos graus, lembrei-me das largadas geladas de outros brevets. Passamos por Rio Pardo às 04h30min. Até Pantano estava tranquilo e não estávamos tão rápidos, mas em um ritmo para ir longe. Não estava bem e sem fome, mas comi uma torrada e tomei um café na Raabelandia e resolvi ir até Encruzilhada. As coisas mudaram e as subidas suaves, mas longas, exigiram bastante. Amanheceu e o céu estava nublado, mas estava quente. De Pantano a Encruzilhada é quase somente subida, são apenas duas decidas mais significativas, o esforço com a bicicleta sem roda livre é grande. Chegamos no Posto Franck às 9 horas. O sol estava atrás das nuvens, mas prometendo aparecer com força. Comi outra torrada e estava me sentindo cansado. Bebi bastante e reabasteci as garrafas e reservatório. Liguei para a Lidiane e elas estavam a caminho. Vamos mais uma etapa até o bar e armazém Pereira. Os próximos desafios estavam no contorno de Encruzilhada onde existem quatro subidas e decidas. De carro eu imaginei que subiria pedalando, mas na hora iria pedalar até onde seria possível. Não estava fácil, mas não estava enganado e subi tudo pedalando. Logo depois a decida até o Arroio Peixoto com mais de 4 km. O vento contra alem de aliviar o calor ajudou a reduzir a velocidade e foi possível descer praticamente sem usar o freio. Mais uma subida e chegamos na parte alta e mais plana, o sol estava forte e o pneu traseiro estava murcho. Pedalei até uma sombra onde paramos para fazer a troca da câmara. Até o Bar Pereira não foi difícil, apesar de mais algumas subidinhas. Antes de chegar lá eu já sabia que iria pedalar até o Fita Azul- local de retorno e lembrava que sempre é mais difícil do que parece e de fixa nem poderia imaginar como.
Chegamos no Bar Pereira e fomos recebidos pela Diná e Dario. Levei algumas fotos impressas que fiz durante o brevet do dia oito. Fomos recebidos com carinho e já fui fazendo brincadeiras, na chegada já perguntei se tinha cachaça e que queria fiado. Ficamos lá por algum tempo e reabasteci água das garrafas, mas deixei o reservatório com pouco pois queria reduzir o peso. Saímos de lá 11h e 30 minutos. A decida do Abranjo não foi difícil, mas o Jean sumiu na frente e tive que usar o freio. Do Abranjo até o Rio Camaquã o percurso é fácil. Depois do rio tem mais alguns km sem subidas, mas depois é que começa o problema. O sol estava a pino, a temperatura próximo a 35 graus, o vento leve e contra ajudava a reduzir a sensação de calor. Estava usando camisa com proteção solar e que não transmite o calor para a pele e isto ajudava bastante, muito protetor solar na pele exposta. As subidas são longas e sem roda livre tinha que subir embalado e girando mais rápido, sentia que estava forçando os músculos das pernas, mas não sentia dor. Estava mais rápido que o Jean e às vezes parava para esperar.
Chegamos à sombra de uma arvore onde fizemos uma parada para descanso e refresco por alguns minutos. Chegamos à subida mais forte antes da Coxilha do Fogo e imaginava que ali precisaria caminhar. Estava pedalando, mas o Jean preferiu caminhar um pouco e eu também para não forçar preferi seguir caminhando. Na subida não tinha vento e caminhando também não existia o vento do movimento. Com o sol de rachar e o asfalto estava nos vulganizando, parecia que os pneus da bicicleta iriam estourar ou colar no chão. A minha água acabou. O Jean falou: quarenta e quatro. Eu perguntei: quarenta e quatro o que? Ele respondeu: quarenta e quatro a temperatura agora, o Polar esta pegando a temperatura do calor do asfalto também. Resolvi pedalar e esperei o Jean em uma parada de bus mais acima. A chuva estava por perto e preferíamos que estivesse ali. Estávamos muito lentos e a cada minuto o sol nos fritava mais, resolvi ir à frente e esperar o Jean no retorno. A água tinha acabado e as energias estavam acabando. O problema não era não ter roda livre ou as subidas, mas a fome. As minhas energias estavam acabando como o ar em um pneu furado. Cheguei me arrastando na BR 392 e o PC estava perto, faltavam 10 km. A tempestade estava perto e o vento estava forte e contra. Andei mais 2 km com dificuldade e cheguei a um bar, comprei 2 sucos e 2 garrafas de água e sentei no degrau. Ressuscitei e segui, agora só faltavam 8 km, o vento continuava contra, o sol forte apesar da chuva por perto, o acostamento ruim, tinha subidas e eu sem forças. Pedalava contando os quilômetros, 7, 6, 5, 4.5, 4, 3, 2, cheguei às 3h e 8 minutos.
Estava com fome e pretendia conseguir algum prato de comida, mas encontrei falta de vontade no atendimento e só lanche. Os pasteis estavam saindo e pedi dois. Sentei próximo ao ar condicionado e fiquei uns 20 minutos para devorar com dificuldade os pasteis, cada um parecia ter 1 kg de sal. O Jean chegou e ficamos por lá bastante tempo. Chegaram à dupla das duas doidas, Lidi e Gabriela, que acabaram saindo antes da gente. Fiquei esperando o Jean que havia tentado dormir, se arrumar. Aproveitei o tempo para reabastecer de isotônico o reservatório, de água as garrafas e comprar algumas bananas, balas e chocolate.
Saímos 20 minutos depois das duas e quase 18h. O retorno é mais fácil, ao menos até o Rio Camaquã. Nas decidas o Jean andava mais rápido e eu freava. Chegamos à subida logo depois da Coxilha do Fogo, agora depois da chuva, sem sol, a temperatura estava bem mais agradável. O Jean estava pedalando e depois resolveu caminhar e eu perdi o embalo e o giro porque a roda traseira estava solta. Demorei um pouco para reapertar os parafusos e disse para o Jean seguir em frente. Não demorou e estávamos juntos novamente. Não demorou e eu estava na frente e resolvi seguir para aproveitar o bom momento.
Estava pedalando sozinho. O giro dos pneus e do pinhão, a corrente fazendo a engrenagem girar, ou será o contrário? O pedivela movimentando as minhas pernas no ritmo dos pensamentos, da respiração e dos batimentos coração. Visão, tato e os sentidos em harmonia, ou tudo uma coisa só. A terra girando em baixo de mim, fazendo a estrada andar enquanto eu me equilibrava em cima das rodas. A única coisa que quebrou a harmonia foi a passagem de um comboio com sete carretas. Flutuando nos pensamentos sem pensar em nada alcancei a Lidiane e Gabriela depois do Rio Camaquã e segui no ritmo, um pouco mais lento devido ao relevo. Segui em frente e não queria perder tempo antes do Abranjo.
Chegando ao Abranjo fiz uma parada rápida para fazer uma foto ao lado da placa indicando a subida. Subi um pouco mais pedalando, mas a opção mais indicada era caminhar, olhei o horário 20h e 04 minutos. Caminhei até a inclinação menor e onde era possível pedalar durante 20 minutos e depois pedalei mais 10 minutos até o final da subida. Mais um pouco e estava no Bar Pereira e ainda era dia. Chamei o seu Dario e pedi se não tinha algum papelão para que pudesse deitar no chão, que estava molhado, mas já iria deitar embaixo de uma arvore, precisava descansar um pouco enquanto esperava os demais. O Dario voltou com uma cama de campanha com colchão e tudo e com a insistência acabei deitando para descansar, mas nada de dormir e não parávamos de conversar. Logo chegaram a Lidi e Gabriela que se sentaram no banco. O Jean chegou e foi logo deitando no chão. O Dario logo veio com um pelego e o Jean utilizou com satisfação. A sena ficou realmente muito estranha e lembrava um velório, dois grandões deitados, duas moças sentadas ao lado e um casal de idosos em pé por perto, tem coisas que nem com Master Card. Hora de ir embora pois faltavam mais 140 km, mas pedi para a Diná fazer um café e ela não demorou e retorno com um bule cheio. Reabastecemos as garrafas com água e saímos.
Eu estava com a camisa com proteção solar molhada de suor e a temperatura estava bem amena. Logo depois parei para colocar a capa de chuva de 1.99 para reduzir o frio. O tecido gelado estava me deixando realmente gelado. Seguíamos em um ritmo lento, mas para que pressa já que a noite estava agradável.
Chegamos a decida antes do Arroio Peixoto e eu fui freando, mas também larguei os pés do pedal para alongar as pernas. Agora tinha uma subida de mais de 4 km em linha reta com inclinação quase constante e que não era moleza para uma bici de pinhão fixo. Aumentei o ritmo para tentar facilitar a manutenção do giro e continuei. Os primeiros metros estavam fáceis, mas logo começou a esquentar. Sem ver o velocímetro eu imaginava a minha velocidade pela rotação dos pedais e sabia que estava próximo a 22 km/h. A escuridão não me deixava ver muita coisa alem da luz do farol e imaginava o quanto deveria ter andado. Um veículo vindo lá no alto iluminou a neblina e imaginei rapidamente que estava enfrentando um monstro. Enfrentava um dragão de 4 km que às vezes soltava bafo quente próximo à cabeça (a neblina iluminada no alto da subida). Eu seguia cortando o dragão a partir do rabo formando uma linha de corte que chegaria até a cabeça. O veículo iluminou novamente a neblina, agora mais próximo, e fez parecer que eu estava perto da cabeça. O veiculo passou e seguiu iluminando em direção à cauda. Nova escuridão e não demorou o dragão abriu a boca e soltou o seu bafo novamente, mas não consegui saber a distancia. Não foi fácil vencer o dragão e pareci ter levado um tempão, precisava fazer força com os braços e sentia que fazia muita força com os músculos das pernas.
Dragão vencido e parei em frente ao restaurante (fechado como sempre) para descansar e esperar os companheiros. Aproveitei para comer a ultima banana do estoque, beber água, alongar e sentar. Seguimos e logo depois era a hora de enfrentar as subidas e decidas do contorno de Encruzilhada. Segui mais lento na primeira decida, mais rápido na subida e já estava na frente dos demais. Na segunda ou terceira das subidas desembarquei da bicicleta e caminhei por algum tempo, terceira e ultima das caminhadas do percurso. Caminhando percebi que estava bem mais cansado do que na caminhada para subir o Abranjo. Mais um pouco e cheguei ao Posto Franck onde fui direto desembarcando, tirando capacete, mochila e luvas para deitar no banco e esperar os demais. Combinamos e acertamos com o pessoal do restaurante para deixar o café e as torradas com o frentista do posto- o horário do restaurante era até ás 22h. Comi as duas torradas, mas o café nem pensar pois foi colocado quente/fervendo, dentro de uma garrafa Pet que estava com o tamanho reduzido. O café tinha cheiro de plástico ( será o cheiro do BPA?). Peguei um pouco de água na torneira e vamos embora. O Jean estava andando rápido na decida e eu freando, mas porque estava com pinhão fixo. Já a Lidiane freava de medo do escuro. A estrada deserta e sem buracos e a Lidi com medo do que estaria na frente da claridade da luz do farol. O percurso de retorno a Pantano é muito mais fácil e as decidas são longas, de fixa se percebe melhor ainda isto, apesar do escuro da noite.
Chegamos à Raabelandia sem o Jean que ficou em alguma subida. Não podíamos esperar senão iríamos perder o brevet por atraso. Comi ½ sonho e tomei uma xícara de café preto. Reabasteci a água e saímos. O percurso na teoria não é tão difícil, mas o acostamento é ruim e o movimento de veículos é maior. Muitos carros saindo de boates, sempre em grande velocidade e com farol com luz alta.
Chegamos a Rio Pardo e o Dragão desta vez não era imaginação, mas o nome do posto de combustível. Fui direto à loja de conveniência e comprei três cafés. Bebemos o café que espantou o sono por algum tempo. O movimento estava maior em direção a Santa Cruz. Faltava uma subida grande com mais de 2,5 km, mais um dragão imaginário. Nada disto, mais um esforço, o ultimo grande. Depois do final da subida não restava muito e chegamos no pedágio – km 402 do percurso, às 5:45. A Lidiane quis ligar para a mãe busca-la. Ficamos esperando e eu deitei no chão e dormi por alguns minutos, até a sirene das 6 horas tocar no pedágio. Media pedalada: 21,9 km/h
A mãe da Lidi chegou e peguei uma carona até o Posto do Sapo, local da largada- seria km 416.
Pedalei até em casa, cheguei de dia. Fiz 413 km e completei 500km em dois dias com a bicicleta de pinha fixa.
Algumas fotos feitas com o celular.
E agora vem o brevet de 600, de fixa? quando? mas depois de algum descanso!
Luiz M. Faccin
02 de fevereiro de 2011
Sempre gosto de pedalar os brevet como organizador antes da sua realização, ou seja, antes da data oficial, mas neste brevet de 400km não foi possível pois estávamos no final de ano, época da farsa do papai Noel. Logo depois também não foi possível, pois estava no período santo das férias, das minhas é claro. Acho que a minha família merecia a minha presença mais do que alguma pedalada, ou homologação. O fato é que nos ultimo dia destas curtas férias eu iria pedalar o brevet 400km e o dia combinado era o dia 29 de janeiro.
Férias com chuva na praia e época de descansar e de relaxar também, ou seja, perder preparo físico. Voltei para casa dois dias antes do brevet marcado. Precisava guardar as tralhas, colocar as coisas em dia, mas também testar e decidir com qual bici pedalar os 400km. A opção normal seria a tradicional hibrida com câmbios e tudo o que se tem direito, mas eu queria pedalar o brevet 400 km com a bici de pinhão fixo, a série toda para ser mais exato. Durante o brevet normal realizado dia 08 de janeiro, eu, andando de carro, me imaginava em cada subida e decida pedalando com a fixa. De carro fiz tudo o percurso de fixa mentalmente: aqui eu freio, aqui em subo tranquilo, aqui, bem, aqui vou precisar caminhar algum tempo. Na verdade somente em dois locais eu tinha certeza que precisaria caminhar, mas estava de carro e com motor toda subida é leve. Não tinha certeza de como seria subir alguns trechos depois de ter pedalado 300km. Não sabia como seria estar em um sobe e desce continuo, ou às vezes apenas subindo continuamente por muito tempo. O meu medo era apenas de perder a paciência nas decidas por isto precisava estar bem comigo mesmo, ou seja, física e mentalmente bem preparado, sabendo que iria sofrer e que não podia ter ansiedade. Pensava em pedalar sozinho, pois é assim que pedalo no meu ritmo mais concentrado, ou hipnotizado. Queria ir sem ter ninguém como comparação que me obrigasse a ir mais rápido, ou lento, ou seja, 100% no meu ritmo. Teoricamente as vezes é assim, na pratica acho que nem sempre.
Vou de fixa, ou não vou? Pedalo os 400km ou não? Não estava com vontade de nada. A hibrida estava pronta. Já tinha pensado o que precisava fazer na fixa para pedalar os 400, mas precisava fazer algum teste. Adicionei a bici: bolsa tipo bagageiro Topeak fixa ao canote de selim, porta celular no guidão e freio dianteiro para a segurança nas decidas. Na sexta feira dia 28 resolvi pedalar com a fixa, para testar o freio, para testar a cabeça e ver se encontrava a vontade e coragem para enfrentar os 400 km. Para usar o freio precisava de uma longa decida e queria testar a cabeça subindo o asfalto novo para Herveiras. Fui pedalando tranquilamente até o inicio da subida e pensei em pedalar até onde fosse possível, mas às vezes tenho dificuldade para reconhecer o impossível, principalmente em cima da bicicleta. Fui subindo, subindo e encontrei uma desculpa para parar alguns minutos, fazer uma foto com o celular. Subi mais e encontrei algumas desculpas para não ir até o final: o horário para chegar a casa antes do almoço, a necessidade de não estar cansado para o dia seguinte, a opção de voltar para subir novamente, e já tinha muito a descer no retorno como opção de testar os freios. Cheguei em casa ½ dia e a decida com dois freios pareceu ser fácil, parecia estar fácil até sem usar os freios. Pedalei 87 km no dia anterior ao brevet de 400 e não estava decidido com qual bici ir e porque ir. Tinha combinado com a Lidiane, Jean e Gabriela e então estava na obrigação de ir até o local de largada.
Decidido ou não, eu iria com a fixa. Não estava bem e pensei em pedalar até Pantano e retornar, se fosse o caso iria depois à noite para verificar onde estariam pedalando os demais. Não sei por que queria ir de fixa, mas não tinha vontade de ir com outra. É com esta bici que estou acostumado a pedalar.
Largamos às 3h 31min no Posto Três Coqueiros já que na região do Hotel Feldmann esta tudo fechado neste horário. Teríamos que pedalar 2,5 km a mais. Fui o primeiro a chegar e logo chegaram as Lidi e a Gabriela. Avisei sobre a possibilidade de eu desistir em algum ponto pois estava desanimado. O Jean chegou em cima do horário e saímos. Por algum tempo pedalamos juntos e depois, eu e o Jean fomos à frente. Estava bom de pedalar com a temperatura nos vinte e poucos graus, lembrei-me das largadas geladas de outros brevets. Passamos por Rio Pardo às 04h30min. Até Pantano estava tranquilo e não estávamos tão rápidos, mas em um ritmo para ir longe. Não estava bem e sem fome, mas comi uma torrada e tomei um café na Raabelandia e resolvi ir até Encruzilhada. As coisas mudaram e as subidas suaves, mas longas, exigiram bastante. Amanheceu e o céu estava nublado, mas estava quente. De Pantano a Encruzilhada é quase somente subida, são apenas duas decidas mais significativas, o esforço com a bicicleta sem roda livre é grande. Chegamos no Posto Franck às 9 horas. O sol estava atrás das nuvens, mas prometendo aparecer com força. Comi outra torrada e estava me sentindo cansado. Bebi bastante e reabasteci as garrafas e reservatório. Liguei para a Lidiane e elas estavam a caminho. Vamos mais uma etapa até o bar e armazém Pereira. Os próximos desafios estavam no contorno de Encruzilhada onde existem quatro subidas e decidas. De carro eu imaginei que subiria pedalando, mas na hora iria pedalar até onde seria possível. Não estava fácil, mas não estava enganado e subi tudo pedalando. Logo depois a decida até o Arroio Peixoto com mais de 4 km. O vento contra alem de aliviar o calor ajudou a reduzir a velocidade e foi possível descer praticamente sem usar o freio. Mais uma subida e chegamos na parte alta e mais plana, o sol estava forte e o pneu traseiro estava murcho. Pedalei até uma sombra onde paramos para fazer a troca da câmara. Até o Bar Pereira não foi difícil, apesar de mais algumas subidinhas. Antes de chegar lá eu já sabia que iria pedalar até o Fita Azul- local de retorno e lembrava que sempre é mais difícil do que parece e de fixa nem poderia imaginar como.
Chegamos no Bar Pereira e fomos recebidos pela Diná e Dario. Levei algumas fotos impressas que fiz durante o brevet do dia oito. Fomos recebidos com carinho e já fui fazendo brincadeiras, na chegada já perguntei se tinha cachaça e que queria fiado. Ficamos lá por algum tempo e reabasteci água das garrafas, mas deixei o reservatório com pouco pois queria reduzir o peso. Saímos de lá 11h e 30 minutos. A decida do Abranjo não foi difícil, mas o Jean sumiu na frente e tive que usar o freio. Do Abranjo até o Rio Camaquã o percurso é fácil. Depois do rio tem mais alguns km sem subidas, mas depois é que começa o problema. O sol estava a pino, a temperatura próximo a 35 graus, o vento leve e contra ajudava a reduzir a sensação de calor. Estava usando camisa com proteção solar e que não transmite o calor para a pele e isto ajudava bastante, muito protetor solar na pele exposta. As subidas são longas e sem roda livre tinha que subir embalado e girando mais rápido, sentia que estava forçando os músculos das pernas, mas não sentia dor. Estava mais rápido que o Jean e às vezes parava para esperar.
Chegamos à sombra de uma arvore onde fizemos uma parada para descanso e refresco por alguns minutos. Chegamos à subida mais forte antes da Coxilha do Fogo e imaginava que ali precisaria caminhar. Estava pedalando, mas o Jean preferiu caminhar um pouco e eu também para não forçar preferi seguir caminhando. Na subida não tinha vento e caminhando também não existia o vento do movimento. Com o sol de rachar e o asfalto estava nos vulganizando, parecia que os pneus da bicicleta iriam estourar ou colar no chão. A minha água acabou. O Jean falou: quarenta e quatro. Eu perguntei: quarenta e quatro o que? Ele respondeu: quarenta e quatro a temperatura agora, o Polar esta pegando a temperatura do calor do asfalto também. Resolvi pedalar e esperei o Jean em uma parada de bus mais acima. A chuva estava por perto e preferíamos que estivesse ali. Estávamos muito lentos e a cada minuto o sol nos fritava mais, resolvi ir à frente e esperar o Jean no retorno. A água tinha acabado e as energias estavam acabando. O problema não era não ter roda livre ou as subidas, mas a fome. As minhas energias estavam acabando como o ar em um pneu furado. Cheguei me arrastando na BR 392 e o PC estava perto, faltavam 10 km. A tempestade estava perto e o vento estava forte e contra. Andei mais 2 km com dificuldade e cheguei a um bar, comprei 2 sucos e 2 garrafas de água e sentei no degrau. Ressuscitei e segui, agora só faltavam 8 km, o vento continuava contra, o sol forte apesar da chuva por perto, o acostamento ruim, tinha subidas e eu sem forças. Pedalava contando os quilômetros, 7, 6, 5, 4.5, 4, 3, 2, cheguei às 3h e 8 minutos.
Estava com fome e pretendia conseguir algum prato de comida, mas encontrei falta de vontade no atendimento e só lanche. Os pasteis estavam saindo e pedi dois. Sentei próximo ao ar condicionado e fiquei uns 20 minutos para devorar com dificuldade os pasteis, cada um parecia ter 1 kg de sal. O Jean chegou e ficamos por lá bastante tempo. Chegaram à dupla das duas doidas, Lidi e Gabriela, que acabaram saindo antes da gente. Fiquei esperando o Jean que havia tentado dormir, se arrumar. Aproveitei o tempo para reabastecer de isotônico o reservatório, de água as garrafas e comprar algumas bananas, balas e chocolate.
Saímos 20 minutos depois das duas e quase 18h. O retorno é mais fácil, ao menos até o Rio Camaquã. Nas decidas o Jean andava mais rápido e eu freava. Chegamos à subida logo depois da Coxilha do Fogo, agora depois da chuva, sem sol, a temperatura estava bem mais agradável. O Jean estava pedalando e depois resolveu caminhar e eu perdi o embalo e o giro porque a roda traseira estava solta. Demorei um pouco para reapertar os parafusos e disse para o Jean seguir em frente. Não demorou e estávamos juntos novamente. Não demorou e eu estava na frente e resolvi seguir para aproveitar o bom momento.
Estava pedalando sozinho. O giro dos pneus e do pinhão, a corrente fazendo a engrenagem girar, ou será o contrário? O pedivela movimentando as minhas pernas no ritmo dos pensamentos, da respiração e dos batimentos coração. Visão, tato e os sentidos em harmonia, ou tudo uma coisa só. A terra girando em baixo de mim, fazendo a estrada andar enquanto eu me equilibrava em cima das rodas. A única coisa que quebrou a harmonia foi a passagem de um comboio com sete carretas. Flutuando nos pensamentos sem pensar em nada alcancei a Lidiane e Gabriela depois do Rio Camaquã e segui no ritmo, um pouco mais lento devido ao relevo. Segui em frente e não queria perder tempo antes do Abranjo.
Chegando ao Abranjo fiz uma parada rápida para fazer uma foto ao lado da placa indicando a subida. Subi um pouco mais pedalando, mas a opção mais indicada era caminhar, olhei o horário 20h e 04 minutos. Caminhei até a inclinação menor e onde era possível pedalar durante 20 minutos e depois pedalei mais 10 minutos até o final da subida. Mais um pouco e estava no Bar Pereira e ainda era dia. Chamei o seu Dario e pedi se não tinha algum papelão para que pudesse deitar no chão, que estava molhado, mas já iria deitar embaixo de uma arvore, precisava descansar um pouco enquanto esperava os demais. O Dario voltou com uma cama de campanha com colchão e tudo e com a insistência acabei deitando para descansar, mas nada de dormir e não parávamos de conversar. Logo chegaram a Lidi e Gabriela que se sentaram no banco. O Jean chegou e foi logo deitando no chão. O Dario logo veio com um pelego e o Jean utilizou com satisfação. A sena ficou realmente muito estranha e lembrava um velório, dois grandões deitados, duas moças sentadas ao lado e um casal de idosos em pé por perto, tem coisas que nem com Master Card. Hora de ir embora pois faltavam mais 140 km, mas pedi para a Diná fazer um café e ela não demorou e retorno com um bule cheio. Reabastecemos as garrafas com água e saímos.
Eu estava com a camisa com proteção solar molhada de suor e a temperatura estava bem amena. Logo depois parei para colocar a capa de chuva de 1.99 para reduzir o frio. O tecido gelado estava me deixando realmente gelado. Seguíamos em um ritmo lento, mas para que pressa já que a noite estava agradável.
Chegamos a decida antes do Arroio Peixoto e eu fui freando, mas também larguei os pés do pedal para alongar as pernas. Agora tinha uma subida de mais de 4 km em linha reta com inclinação quase constante e que não era moleza para uma bici de pinhão fixo. Aumentei o ritmo para tentar facilitar a manutenção do giro e continuei. Os primeiros metros estavam fáceis, mas logo começou a esquentar. Sem ver o velocímetro eu imaginava a minha velocidade pela rotação dos pedais e sabia que estava próximo a 22 km/h. A escuridão não me deixava ver muita coisa alem da luz do farol e imaginava o quanto deveria ter andado. Um veículo vindo lá no alto iluminou a neblina e imaginei rapidamente que estava enfrentando um monstro. Enfrentava um dragão de 4 km que às vezes soltava bafo quente próximo à cabeça (a neblina iluminada no alto da subida). Eu seguia cortando o dragão a partir do rabo formando uma linha de corte que chegaria até a cabeça. O veículo iluminou novamente a neblina, agora mais próximo, e fez parecer que eu estava perto da cabeça. O veiculo passou e seguiu iluminando em direção à cauda. Nova escuridão e não demorou o dragão abriu a boca e soltou o seu bafo novamente, mas não consegui saber a distancia. Não foi fácil vencer o dragão e pareci ter levado um tempão, precisava fazer força com os braços e sentia que fazia muita força com os músculos das pernas.
Dragão vencido e parei em frente ao restaurante (fechado como sempre) para descansar e esperar os companheiros. Aproveitei para comer a ultima banana do estoque, beber água, alongar e sentar. Seguimos e logo depois era a hora de enfrentar as subidas e decidas do contorno de Encruzilhada. Segui mais lento na primeira decida, mais rápido na subida e já estava na frente dos demais. Na segunda ou terceira das subidas desembarquei da bicicleta e caminhei por algum tempo, terceira e ultima das caminhadas do percurso. Caminhando percebi que estava bem mais cansado do que na caminhada para subir o Abranjo. Mais um pouco e cheguei ao Posto Franck onde fui direto desembarcando, tirando capacete, mochila e luvas para deitar no banco e esperar os demais. Combinamos e acertamos com o pessoal do restaurante para deixar o café e as torradas com o frentista do posto- o horário do restaurante era até ás 22h. Comi as duas torradas, mas o café nem pensar pois foi colocado quente/fervendo, dentro de uma garrafa Pet que estava com o tamanho reduzido. O café tinha cheiro de plástico ( será o cheiro do BPA?). Peguei um pouco de água na torneira e vamos embora. O Jean estava andando rápido na decida e eu freando, mas porque estava com pinhão fixo. Já a Lidiane freava de medo do escuro. A estrada deserta e sem buracos e a Lidi com medo do que estaria na frente da claridade da luz do farol. O percurso de retorno a Pantano é muito mais fácil e as decidas são longas, de fixa se percebe melhor ainda isto, apesar do escuro da noite.
Chegamos à Raabelandia sem o Jean que ficou em alguma subida. Não podíamos esperar senão iríamos perder o brevet por atraso. Comi ½ sonho e tomei uma xícara de café preto. Reabasteci a água e saímos. O percurso na teoria não é tão difícil, mas o acostamento é ruim e o movimento de veículos é maior. Muitos carros saindo de boates, sempre em grande velocidade e com farol com luz alta.
Chegamos a Rio Pardo e o Dragão desta vez não era imaginação, mas o nome do posto de combustível. Fui direto à loja de conveniência e comprei três cafés. Bebemos o café que espantou o sono por algum tempo. O movimento estava maior em direção a Santa Cruz. Faltava uma subida grande com mais de 2,5 km, mais um dragão imaginário. Nada disto, mais um esforço, o ultimo grande. Depois do final da subida não restava muito e chegamos no pedágio – km 402 do percurso, às 5:45. A Lidiane quis ligar para a mãe busca-la. Ficamos esperando e eu deitei no chão e dormi por alguns minutos, até a sirene das 6 horas tocar no pedágio. Media pedalada: 21,9 km/h
A mãe da Lidi chegou e peguei uma carona até o Posto do Sapo, local da largada- seria km 416.
Pedalei até em casa, cheguei de dia. Fiz 413 km e completei 500km em dois dias com a bicicleta de pinha fixa.
Algumas fotos feitas com o celular.
E agora vem o brevet de 600, de fixa? quando? mas depois de algum descanso!
Luiz M. Faccin
02 de fevereiro de 2011
Assinar:
Postagens (Atom)