terça-feira, 1 de julho de 2008

Audax 300 Organização

Audax 300 km da organização!

Os organizadores e voluntários dos eventos podem participar do próprio evento que organizam, porem pedalando, o mesmo percurso, em outra data próxima, anterior, ou posterior a realização do Audax. Aqui no Rio Grande do Sul, esta opção, quase não foi utilizada e nem divulgado, ao contrário de como é feito em Brasília onde é realizado um evento a parte. Por aqui os organizadores e voluntários geralmente pedalam nas outras provas que são realizadas. Foi o que fiz nos anos anteriores, inclusive ano passado quando pedalei o Audax 300 de Curitiba.
Neste ano de 2008 não pude ir participar do 300 de Porto Alegre, tivemos provas transferidas e também não pude pedalar fora do estado. A solução foi usar o “privilégio” de organizador e pedalar o 300 km de organizador em outra data. Que privilégio poder pedalar 300 km sozinho, sem possibilidade de alimentação nos PCs, em um inverno chuvoso e frio. A solução foi adaptar os locais de parada, horário de largada e conseguir um companheiro para o pedal. Assim saímos, eu e o Erich Brack, para pedalar o Audax 300 km de organizador, no dia 22 de junho.

Largamos às 3:15 do Campus UNISC. O vigia da portaria foi o fiscal da largada e, curioso, ficou perguntando o que os dois loucos iriam fazer, em uma madrugada fria e com chuva. Loucura por loucura, tínhamos que valorizar o brevet de 1200, que cada um conquistou no ano anterior. O treino e a motivação é outra. Havíamos pedalado o 200 de Ijui e de Lajeado. A sensação é que não precisamos provar mais nada a ninguém, mas não precisamos temer 300 km.
Largada com uma chuvinha muito fina e com asfalto molhado. Não estava frio e na subida logo esquentou. Após o trevo de Pinheiral, km 14, o asfalto estava seco e não tivemos mais chuva, ou neblina. Não havia vento, movimento de carros e estava bom de pedalar e conversar. Cruzamos em frente ao PC-1 ás 4h e 45 minutos. Realizamos rápidas paradas até a chegada ao Posto Petrobrás de General Câmara, km 85, onde realizamos uma parada para lanche. A lancheria estava movimentada com o pessoal que retornava das festas. Retornamos a pedalar e chegamos ao Jóquei Clube às 10h e 15 minutos. Parei apenas o tempo para esperar o Erich levantar-se do tombo que caiu em frente ao quiosque.
A próxima parada foi no Pesque e Pague. O vento estava gelado e contra e o sol não vencia a barreira de nuvens. Cada um comeu dois sanduíches e tomou um bule de café. Mais de 40 minutos parados e seguimos. Logo na saída o Erich resolveu encher mais o pneu que estava cheio. A câmara de ar estava ressecada e vazou, perdemos mais alguns minutos com a troca. O vento continuava e o sol só apareceu depois do ½ dia, depois que havíamos passado do Pc-3. Paramos para um lanche rápido no restaurante Casa Cheia. Com sol e vento a favor o passeio melhorou, apesar das subidas. Chegamos em Cruzeiro do Sul apenas às 16:50, rápida parada para foto em frente ao restaurante, que estava fechado.
Retornamos e o vento parou, melhor que o previsto, mas o sol já estava descendo e o frio retornando. Próximo a Venâncio o Erich ficou para trás e parei para esperar. Ele estava fraco e precisando comer, com o chocolate derretido reuniu as forças para chegar até o restaurante Casa Cheia novamente. Mais uma longa parada, desta vez para a janta. Sopa quente, que maravilha, mais massa, etc.
Saímos para o ultimo trecho do percurso, muito frio na saída. A temperatura caiu muito e o movimento de veículos aumentou bastante. Chegamos na UNISC às 20h e 32 minutos completando os 300 km em 17h e 17 minutos.
Luiz Maganini Faccin


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