Geralmente para pedalar longa distancia temos problemas com as partes do corpo que estão em contato com a bicicleta. Não é somente o contato, mas o longo tempo de contato o que pode ocasionar dores , assaduras ....O ciclista que já foi longe sabe o que é isto.
Já escrevi sobre o selim mais utilizado em longa distancia
Ler aqui:
Para quem pretende participar de um evento de ultra longa distancia, brevets de 1000, 1200 km ou mais , o uso de bons equipamentos é imprescindível.
Antes do Paris Brest Paris 2007 estudei as possibilidades para evitar assaduras pois podem se transformar em queimaduras e em um tormento insuportável. Seguindo as dicas fui preparado para usar bermudas usadas e devidamente testadas. Pretendia utilizar 3 ou 4 bermudas durante os 1200km. Cada bermuda deveria ser com um forro no formato diferente, assim se caso alguma provocasse assadura, a outra teria um ponto de mais contato em local diferente. A primeira seria utilizada até o km 445 onde teríamos um carro com apoio onde poderia fazer a troca. Foi o que fiz e cheguei lá com sinais de atrito excessivo. Usei uma bermuda velha e a coloquei no lixo logo depois da troca. Antes do Paris Brest Paris comprei uma bermuda da marca ASSOS modelo H FI Mille indicado para longa distancia. A qualidade da bermuda é incomparável com as de outras marcas, alem do forro com uma espessura e densidade diferente, não tem elástico na região da barriga e fica bem justa e adaptada ao corpo, sem ficar caindo ou escorregando entre você e o selim.
Ver modelo masculino
Modelo feminino
Em Loudeac, km 445 do Paris Brest Paris, coloquei a minha bermuda ASSOS novinha. A diferença de qualidade é muito grande e até o creme para lubrificação passou a sortir mais efeito pois não estava sendo absorvido tão rapidamente pelo forro.
Pretendia usar esta bermuda até o retorno ao pc de Loudeac onde teria novamente a oportunidade de substituir a bermuda. Notei que 9 entre 10 ciclistas utilizavam a mesma marca de bermuda ou então da marca Gore que utiliza o mesmo forro ASSOS. Os sintomas de assadura sumiram e na chegada a Loudeac decidi continuar utilizando a mesma bermuda e foi o que fiz até o final. Foram mais de 780 km utilizando a mesma bermuda e sem problemas. Foi uma grande ajuda e não sei como seria pedalar o PBP com a minha idéia inicial, nem pretendo descobrir como seria.
Depois do retorno descobri que existia um importador desta marca para o Brasil e pude testar outros produtos da marca.
O valor da bermuda é alto, mais de 2x o valor de uma boa bermuda de outra marca. Costumo dizer que vale cada centavo quando você estiver depois de 300 km ou a mais de 10 horas sentado no selim da bicicleta.
Atualmente não existe importador no Brasil para os produtos desta marca. Se você encontrar alguma bermuda ainda disponível, no tamanho, não perca a oportunidade, é investimento no conforto futuro.
Brevet 1000
Em 2009 pedalei o brevet 1000. O clima estava bem frio. Não tenho um guarda roupas dos sonhos, completo com todos os produtos Assos, resolvi usar uma calça de lycra sem forro sobre a bermuda da marca. Pedalei os primeiros 420 km com a minha velha bermuda Assos e depois utilizei uma bermuda novinha. Pude comprovar que a bermuda nova tem um funcionamento bem mais eficiente do que a já desgastada. Vale a pena reservar uma bermuda novinha para uso no Paris Brest Paris 2011.
Outras opções de bermudas.
Não tem opção igual, mas a melhor entre as principais marcas vendidas no Brasil é o modelo da Mauro Ribeiro Presia com o forro importado que tem uma boa densidade
Ver modelo!
Claro que é possível pedalar a mesma distancia com outra marca de selim, de bermuda ou até sem equipamento especifico para ciclismo, mas a probabilidade de enfrentar problemas sérios é bem maior.
Bons pedais confortaveis!
Nenhum comentário:
Postar um comentário