terça-feira, 28 de maio de 2013

Relato Brevet 600km Adilson



Brevet 600KM
Um relato de como vi e senti o audax de 600km, organizado pelo Luiz Faccin do Santa ciclismo, nos dias 19 e 20 de maio de 2013 , um brevet zero, ou seja, sem custos e também sem infraestrutura para os participantes, já havia participado de um 600 ano passado organizado pela Ninki em Porto Alegre, foi quando conheci um pessoal que admiro muito da cidade de Teutônia, pessoas simpáticas, humildes e com um senso de camaradagem elevado, que são eles Bruno, Susana, Muki e o Ruimar, a partir daí pedalamos juntos uma parte do audax 200 de Bagé, íamos pedalar o fleche juntos, mas devido questões de trabalho não pude ir com eles, pedalamos o 400km em abril também organizado pelo Faccin, acredito que se tratando de audax seu sobrenome deveria ser Dificcin.
Estava bem apreensivo para este audax, pois a altimetria prometia, na região onde treino não tem lombas fortes e em consequência não sou bom nelas, saímos do hotel Antonius em Santa Cruz do Sul ás 3h38min, estava frio, mas comentei com o Aires que parecia um frio diferente de nossa região, estava melhor de pedalar. O Aires é de Pelotas, conheci a pouco tempo e tive a feliz oportunidade de pedalar o fleche de Pelotas até Santa Cruz, 370 km na companhia dele e do Osório, companheiros bem legais, aprendi muito com eles, também pedalamos juntos boa parte do 400 do Faccin.
No começo já fui ficando para trás e muito ofegante estava até meio preocupado com a situação, mas em seguida normalizou e fui indo junto com o Muki, próximo ao viaduto da 287 estavam nos esperando o Bruno a susana e o Aires, o Ruimar já havia sumido na frente a ideia dele era dormir em Santa Cruz com 400km do audax, a nossa previsão era dormir em Teutônia na casa do Bruno, como tinha previsão de chuva no sábado à noite comentava com ele que talvez estaríamos em Teutônia quando começaria a chuva, mas na esperança das previsões estarem erradas e a dita cuja não viesse.
Comecei a pedalar audax em novembro de 2011, incentivado por um cara que é um verdadeiro amigo, o Renato da Casa sutil, pelo que sei foi ele o primeiro a brevetar aqui da região, quando descobri que ele já havia feito audax comecei a colher informações de como era e gostaria de tentar um 200, então pedalamos junto o audax 200 que a Ninki fez que saia de Cachoeirinha passando por taquara até Novo Hamburgo e voltando pelo mesmo percurso, fiz toda a série 2012 com a Ninki, vendo o relato da Susana vi que meu histórico em audax é o mesmo dos Teutônicos, estávamos prestes a se tornar super randonneurs apenas meio ano após a primeira vez. 2012 mais fleche e audax em 2013 e nunca havia pego chuva.
Seguimos o pedal com aquela pressão da Susana para irmos um pouco mais rápido pois as lombas que estavam nos esperando iriam comer nosso tempo, não damos muita importância já que nosso tempo estava bom, numa subida damos uma paradinha para o Aires trocar as pilhas daquela lanterna boa dele, mas que come uma pilha federal, a Susana tomou um remédio e seguimos para encarar a subida de não lembro mas acho que são 14 km, os demais membros do pelotão haviam passado por ali seja de bike ou de carro e comentavam que era uma região muito linda, eu era o único que não conhecia, como ainda estava escuro só via as silhuetas dos morros a frente e ao nosso redor, ainda brinquei dizendo que ao terminar o audax no domingo iria até ali novamente de dia para ver o lugar, chegamos no final dela amanhecendo o dia e olhei para trás e me apavorei pois já dava para ver os riscos de asfalto lá em baixo e as vezes também via os faróis dos carros entre um morro e outro, realmente o lugar é lindo mesmo.
Ás 7h45min chegamos no hotel serrano para tomarmos um café, dar uma descansada, abastecer as caramanholas com água 0800 do posto, acho que o cara que nos atendeu também estava pedalando e seu cérebro não oxigenava mais, ele conseguia inverter todos os pedidos que fazíamos a ele.
Saímos para a próxima parada que seria na lancheria do Carlão, o Muki atualizou os dados no face book dizendo que estava 2 graus arrancando gargalhadas de todos pois na verdade a temperatura era de 8 graus, tomamos mais um café com leite, uns comeram torrada, como fazia pouco tempo que tinha comido só belisquei um salgadinho, tudo pronto saímos com o destino restaurante Dona Adélia em Soledade onde seria o almoço, o terreno ficou um pouco mais plano o que ajudou a melhorar nossa média, andamos alguns km, conversando e fazendo alguns planos para o desenrolar do audax, após o trevo para Barros Cassal furou o pneu da bike da Susana, o Bruno trocou rapidamente, parecia a troca de pneu na fórmula um, pneu trocado seguimos e começou a me dar uma fome e sentia que o rendimento estava caindo, fiquei para trás, dei uma paradinha e peguei dois bombons que quase engoli eles, me arrependi não ter comido uma torrada, segui e logo alcancei o Muki que estava parado e comentou que também estava com fome, acho que essa fome foi devido estar frio e as subidas haviam consumido nossa energia, o Bruno comentou que até o km 250 seria assim, descidas o suficiente para não descansar e subidas íngremes.
Chegamos ás 12h32min no restaurante Dona Adélia PC 1 para o almoço, me chamou a atenção como fomos assediados pelo pessoal que estava almoçando, toda hora vinha alguém e perguntava de onde estávamos vindo e para onde iríamos, ao ouvirem a resposta a reação era de espanto e ao mesmo tempo nos davam aquele incentivo que sempre é bom nessas horas, outro fator que notei foi a excelência no atendimento dos funcionários e proprietários do restaurante, sempre dispostos e com alegria para nos servir.
13h20min saímos para enfrentar o trecho de 100km que o pessoal de Teutônia já conhecia, logo já paramos para tirar um pouco de roupa pois havia esquentado um pouco, seguimos naquele sobe e desce, parecia que mais subia do que descia, 15h10min chegamos no Mercado Guerini PC 2, comemos um abacaxi patrocinado pelo Bruno e 16min depois já seguimos em seguida passamos por Arvorezinha, tanto que via nos pacotes de erva esse nome agora estava eu ali com minha bike, conhecendo mais um pedaço do Rio Grande do Sul, muitas árvores de erva mate pude ver, até pensei em pegar um galho de recordação, preferi não parar para terminar de uma vez com aquele trecho e na ansiedade de chegar nas tais descidas cheias de curvas, ao chegar nelas confesso que até senti um medo de desce-las, menos mal que descemos a última ainda com um pouco de dia, logo a noite chegou perguntei ao Bruno se não tinha algum lugar para comer pois a fome já estava pegando, aí ele disse que já íamos chegar no hotel Hengu onde era o PC 3 e tinha lancheria, logo depois o Aires teve a infelicidade de entrar num buraco em plena ciclovia, deu um estouro, resultado, quebrou o raio e entortou a roda dianteira, sem condições de seguir, no primeiro instante nos abalamos, mas não adiantava ficar lamentando e o Aires deu uma tapeada e fomos até o PC que estava perto, chegando no hotel estava o Eduardo também de Teutônia, ciclista que havia feito conosco o 400 em abril, se via nos olhos dele que também queria estar pedalando, mas tinha outro compromisso e não pode ir.
A ideia inicial era o Eduardo ir a Teutônia e buscar uma roda para o Aires, então o Bruno lembrou de um ciclista de Encantado que não lembro o nome, no hotel o pessoal conhecia ele só que não sabiam o contato, mas se empenharam e logo descobriram e já ligaram para esse ciclista salvador da pátria, que não demorou muito e veio com a roda para emprestar ao Aires, resumindo não perdemos tempo nenhum com essa situação adversa, e o tio Aires voltou a sorrir sabendo que não terminaria ali seu audax.
Ás 19h11min saímos do hotel com destino a Teutônia, trecho bem movimentado porém mais plano, passamos por Lajeado e a entrada de estrela, 21h50min chegamos no hotel União PC 4 na terra dos Teutônicos, para jantar e logo ir dar uma dormidinha, jantamos o Bruno e a Susana saíram na frente até a casa deles onde estava planejado dormirmos um pouco, logo eu o Muki e o Aires chegamos, o Muki disse que nem ia tomar banho devido ao cansaço, antes eu e o Aires pedimos uma camiseta emprestada ao Bruno, inclusive não devolvi a ele, ao chegarmos parecia vestiário de jogador de futebol, tudo arrumado, roupa, colchão e cobertores, era só tomar banho e cama, nessas horas se pensa como é bom de termos amigos nesse Rio Grande a fora, nos acomodaram da melhor maneira possível. Me deitei e fui colocar o celular para despertar e ele caiu 3 vezes no meu peito porque cochilava antes de finalizar a operação.
Não demorou muito acordamos e tomamos um café que também já estava preparado, 1h15min saímos em direção a Santa Cruz, tudo tranquilo até às 2h quando começou a chuva, por sorte estávamos bem na frente de um posto de combustíveis, a minha previsão e a do Bruno quase deu certo, erramos por 45min, colocamos as capas e saímos para um trecho que foi bem demorado, andamos pouco devido a chuva, o Bruno se ameaçou cair no degrau do acostamento mas conseguiu se escapar ileso, paramos num pedágio para adaptar uma capa de chuva no Aires, parecia o robocop com um papel laminado que teimava em se rasgar, seguimos e logo adiante furou o pneu da minha bike, o Bruno enquanto iluminava para eu trocar a câmara foi comendo uns amendoins, quando pronto para voltar o Bruno se sentiu mal, mas logo se recuperou e seguimos, alcançamos os outros num posto de combustíveis em Venâncio Aires e resolvemos tomar e comer algo, até chimarrão foi oferecido, quando fomos voltar ao pedal o Muki estava meio deprimido e queria desistir ali mesmo, ele nem bem fechou a boca e todos caíram em cima dele não deixando desistir, falamos que já tínhamos passado a pior parte do audax que eram as subidas até o km 250 da prova e a última parte agora seria bem mais plano, resolveu seguir e agora tinha um barulho estranho na sua bike, paramos algumas vezes e não descobrimos nada, dali até Santa Cruz o Bruno foi amadrinhando o Muki que parou umas 8017 vezes para urinar.
Chegamos no hotel Antonius PC 5 no km 400 da prova achando que não conseguiríamos concluir esse brevet, pois a pedalada não estava fluindo, O pelotão de Floripa estava indo para a parte final e o Ruimar saindo da combi onde havia dormido umas sete horas, esse guri quando crescer vai pedalar bem. Ficou nos esperando para nos ajudar nos 200 km finais, começamos a fazer cálculos e eu achava que faltavam 10 horas para o final, acho que o cérebro não estava mais oxigenando, quando descobri que na verdade faltavam 12 horas aí me encorajei mais ainda, combinamos tomar um café e tentar pedalar 50km em 3horas contando o tempo das paradas, retomamos às 7h50min.
Saímos e já em seguida o Muki é surpreendido por uma porta de carro, tombo na certa, o Ruimar quase passou por cima dele, menos mal que não foi nada grave, subimos aquela lomba na saída de Santa Cruz na esperança de melhorar a média depois dela, quando deixamos a 287 a coisa ficou melhor, menos movimento, mais plano, o Ruimar dava uma puxada no pelote, volta e meia eu ia para frente para ele descansar um pouco, mas notava que caía um pouco o ritmo, não demorou muito e resolvemos parar num mercadinho antes do PPP, a fome voltou a nos assombrar, comemos rapidamente e a próxima parada que também foi rápida no PPP, onde encomendamos para a Dona Irma uma massa para comer na volta. Seguimos eu, Aires, Ruimar e Susana, o Bruno e o Muki estavam um pouco desgastados e resolveram descansar um pouco mais, andamos 26 km e chegamos no posto Ramé para pegar água e logo voltar a pedalar, nem saímos e já chegaram o Muki e o Bruno que continuaram conosco até a próxima parada para colocarmos as capas, pois a chuva a partir daí seria nossa companheira até o final, ou seja, nos próximos cento e poucos km. Como eu já estava com o corta vento que é impermeável segui sozinho na frente aproveitei e dei uma conversada com o Pai velho lá de cima, agradeci por ter chegado até ali bem e pedindo forças principalmente para o Bruno e o Muki, já havíamos passado por tanta dificuldade juntos e não gostaria que nenhum membro de nosso pelotão não concluísse a prova.
Chegando em São Jeronimo PC 6 fizemos uma foto no rapidão e voltamos para encarar os últimos 100 km, ainda na dúvida se daria o tempo, o Bruno comentou que nos primeiros 100km não tínhamos ganhado muito tempo, mesmo assim a vontade de brevetar era tamanha que seguimos, nós seis e mais a chuva.
A partir de São Jeronimo o Bruno e o Muki continuaram numa garra muito grande, era visível o desgaste deles, passamos na ponte do Rio Jacuí onde a visão é muito linda, lembrei de que em outro audax parei ali para fazer algumas fotos na maior tranquilidade e hoje teria que passar batido devido o tempo estar se esgotando, chegamos no PPP para almoçar às 15h15min, a proposta do Ruimar era almoçar em 15min e seguir, concordamos. Não tínhamos terminado o almoço e o Muki com o Bruno chegaram e já foram pedindo 2 pratos de massa para cada um, queriam recuperar as calorias perdidas até então.
O frio era tanto que achei que ia encarangar, me associei no café quente do Aires que por instantes amenizava o frio, Faltavam 10 min para as 16h saímos do PPP, para os 65 km finais, o tempo do relógio então estava bom, só perderíamos o brevet se Deus deixasse, pois no restante, estava praticamente tudo dominado. O Ruimar e a Susana já foram saindo do PPP, saí logo atrás e em meio a chuva ouvi o Aires pedir pra eu esperar ele, esperei meio minuto e saí pedalando pois não estava aguentando de tanto frio, na primeira descida que pegamos a bike tremia mais que vara verde, e quem diria, sou ruim de subidas e não via a hora de pegar uma pra ver se aquecia o corpo, no plano até coloquei uma marcha mais pesada e fui me aquecendo aos poucos, logo encontramos o Faccin e sua esposa que vinham de carro sentido contrário, embora ser um audax zero o Faccin foi para o percurso para ver como estava o pessoal, lembro que no 400 também fez todo o percurso para resgatar um ciclista, no final da subida em Vale Verde ele nos parou e alertou de como estava perigosa a 287 com o fluxo muito elevado de veículos mais a chuva e quando chegaríamos lá estaria noite, pediu para o Aires ir atrás do pelote, pois seu colete estava mais visível que os demais.
Às 18h15min entramos na 287 e realmente o movimento a chuva e a noite fez este trecho mais perigoso, fomos com muita cautela, ao chegar no trevo dos bonecos fota cruia da oktuberfest paramos e combinamos que íamos descer a parte final bem devagar, era muita chuva e o acostamento mal cabia uma bike, felizmente chegamos bem e ao entrar na cidade via o Aires vibrar muito, eu estava com tanto frio e só conseguia gritar num misto de euforia e desabafo por ter concluído um audax tão difícil.
Às 19h chegamos no hotel Antonius onde estavam o Faccin e sua esposa, o Faccin bem agasalhado nos perguntava qual o motivo de estarmos tremendo de frio e molhados, nos abraçamos e cada um agradeceu pela parceria, pedi ao Ruimar um apoio do Motora da combi deles para me levar até o hotel onde estava instalado, cheguei no hotel liguei pra nega véia em casa e disse que tinha chegado bem (bem com frio) e fui tomar um banho quente, mas em mente não tinha terminado o audax ainda, me lembrava do Muki e do Bruno que tinham ficado para trás e não sabia de suas condições, liguei para a Susana e fiquei feliz e tranquilo ao saber que eles tinham chegado bem.
Pode até parecer masoquismo para muitos, saímos para uma pedalada que é o que gostamos de fazer, o que enfrentamos foi consequência, mas tenho certeza que saímos fortalecidos após esse desafio, aprendemos a dar valor ao que é importante na vida, aprendemos a viver com o suficiente.
E agora? Encarar os 1000 km de Floripa em outubro?
“Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, o SENHOR, teu Deus é contigo por onde quer que andares”. Josué 1:9
Obrigado galera pela parceria.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Randonneurs que completaram o brevet de 600km





Randonneurs que completaram o brevet de 600km
Rober Paulo Basegio
Susana Beatris Bender Tigemann
Adilson Lilge Geri
Milton C. Della Giustina
Leandro Landmeier
Nilson Ricardo de Macedo
Aires Carpinter Moreira
Ayrton Ramalho Junior
Ruimar Roloff
Janio Vicente Rossa
Bruno Frederico Tigemann
Jorge Luis Rovetto
Tiago Marcelo Dalbosco

Em breve divulgo fotos, homologações, tempos e algum possivel relato.









domingo, 19 de maio de 2013

Noticias do brevet 600km- Randonneur Rápido e Lento



O brevet de 600km 2013 Santa Ciclismo é um brevet Zero, ou seja, sem estrutura de organização na estrada e inclusive sem cobrança de inscrição, em percurso difícil e com clima frio e chuvoso. 
BRM e Audax é um desafio de longa distancia não competitivo, ou seja, um desafio pessoal onde  a maior satisfação é saber que venceu as dificuldades, os próprios limites. Não existe premiação extra e nem classificação a não ser  a de ter completado o desafio, ou não. Para quem já completou 600km várias vezes a satisfação pessoal será maior se ele completar um brevet em um local diferente, compartilhando os momentos bons e ruins com amigos, em um percurso mais difícil, com clima pior, ou em um tempo melhor,  superando o melhor tempo já realizado. Tem certo sabor de masoquismo, mas é mais a sensação de superar os obstáculos e aprender a valorizar cada momento bom. 

Um simples café na madrugada, um vento a favor, um gole se suco, uma brisa fresca, ou um local quente, um prato de comida, podem ser coisas maravilhosas que só valorizamos quando sentimos realmente a falta. A alegria pode estar em coisas ridículas para o olhar do “ser normal”, digo do espectador sedentário noveleiro, futebolístico, facebookeiro...

No regulamento Fleche Velócio do Clube Audax Paris, que é utilizado na França existe algumas premiações especiais. Uma destas premiações é a Challenge  A.C.P. que  premia a equipe com a maior distancia percorrida em uma Fleche 24h no ano. (http://randonneursbrasil.com.br/regulamentos/5-regulamento-fleche-velocio). Algum ano li nos resultados que a equipe premiada havia pedalado em 24h o percurso de Paris Até Brest, ou seja 608 km.  Uma distancia considerável e difícil para ser pedalada em 24h por uma equipe sem apoio.
Agora no brevet 600km do Santa Ciclismo uma dupla de ciclistas randonneurs, completou os 602 km deste brevet, que pode ser considerado mais difícil do que ir de Paris a Brest, em 25 horas e 25 minutos. Acredito ser o recorde nacional para o tempo de um brevet de 600km, mas este resultado ainda é extra oficial pois os comprovantes de passagens nos locais ainda serão confirmados, o que não tenho dúvida que serão.

Enquanto muitos estão na estrada enfrentando e a chuva a dupla esta descansando desta às 4:55 da madrugada.
Podem alguém vir com o velho discurso, conforme já escrito acima, que a modalidade não é competição, ou que o valor é o mesmo para quem completar os 600km em 40 horas etc. O que é inegável é que, andar rápido, observando as regras e cuidados e de forma planejada,  dá inúmeras vantagens ao Randonneur se comparado com as situações que podem ser enfrentadas por um Randonneur lento.
 O Randonneur Lento geralmente tem a opção de aprender e enfrentar as dificuldades para vencê-las.
O Randonneur Rápido muitas vezes tem as opções do lento, mais algumas opções de escolha. Entre as escolhas do Randonneur Rápido pode estar inclusive a de andar lento se isto for considerado mais seguro, divertido...
Acredito que alguns randonneurs brasileiros estão chegando no mesmo nível dos melhores randonneurs do primeiro mundo, entre estes, não vou citar mais nomes, com certeza estão o Nilson Ricardo Macedo e Janio Vicente Rossa.

 
Olha a bela foto do pessoal de Floripa.



Noticias do brevet de 600km- 1

Brevet 600km em andamento.
Clima frio e sem sol, mas sem chuva até o sábado a noite.
Foto realizada na largada realizada às 3:30 desta madrugada gelada.
Randonneurs bem preparados para o Desafio.
Até agora  desistente por problemas mecânicos no km 70 e outro por dores musculares no km 280.










Acompanhe o pessoal de Teutônia, mais o Aires e o Adilson com algumas informações postadas pelo Muky
Noticias By Muky via Facebook
Daqui a pouco saída 3:30 em Santa Cruz do Sul os PEDALEIROS TEUTONICOS vão pedalar mais um AUDAX de 600km na verdade 620km.... e pela primeira vez Teutônia na rota de um AUDAX - PC no Hotel e Restaurante União que com a ajuda do DIVINO vamos estar chegando lá pelas 19 ou 20 horas de sábado com 310km pedalados.... Boa sorte a todos parceiros do pedal de mais uma prova que com certeza pela altimetria não vai ser fácil...Bora.
00:11 dia 18

Pedalamos 113 km, estamos no restaurante do Carlão Barros Cassal, muita serração e a temperatura de 8ºC estamos em um pelotão de 5 ciclistas
9:57 dia 18

Chegamos em Soledade, 156 km pedalados, temperatura de manhã estava em 2 graus agora está em 20 graus, 1 pneu furado e 1 quadro quebrado, agora iremos almoçar em seguida vamos em direção a Encantado. Teutônia ciclismo AUDAX 600 km.
12:35 dia 18
Acabamos de passar no PC 2 em Arvorezinha, estamos à 50 km de Encantado km 195.
Teutônia ciclismo AUDAX 600 km.
Sábado 18 de maio 16:34
Previsão de chegada em Teutônia é as 22:00 no hotel União. Quebrou a roda do Aires C Moreira Moreira mas já foi resolvido, o Ruimar Roloff já deve ter passado por Teutônia ele está com a turma de Floripa.

Muita chuva na madrugada entre Teutônia e Santa Cruz, mais 1 pneu furado e um tombo. Agora estamos em Vale Verde. Teutônia ciclismo AUDAX 600 km...
Domingo 19 de maio 9:15

Agora a pouco: 11:30 eles estavam saindo do Pesque e Pague Panorama em direção a São Jerônimo.


terça-feira, 14 de maio de 2013

Percurso brevet 600km



domingo, 12 de maio de 2013

Descrição do percurso e informações brevet 600km - primeira etapa



Descrição do percurso e informações brevet 600km Santa Ciclismo 2013.
Primeira parte.
Largada no Hotel Antonios- Centro de Santa Cruz do Sul (Hotel Antonios-3713-1909 e 3711-1140)
Horário de largada: 3h 3 30 minutos do dia 18 de maio de 2013.
Combinar café da manhã mais cedo para quem estiver hospedado no Hotel. Se for preciso à 300 metros do hotel tem uma loja de conveniência 24h com opção de lanche e café, local fica no Posto 1.
Largada em frente ao Hotel,  seguiremos em direção ao Distrito Industrial e Rio Pardo. O ponto de referência é a loja Faccin Bicicletas. O mapa do Hotel será fornecido para os trechos urbanos.
Você vai estar na esquina do hotel Antonios ( rua Sen. Pinheiro Machado com Ernesto Alves). Seguir a direita na Ernesto Alves até o próximo semáforo, que fica na esquina do BIG. Você estará utilizando o percurso marcado em verde no mapa. No semáforo em frente ao BIG, seguir a esquerda na rua Paul Harris. Na Paul Harris seguir em frente até o final da rua que é no semáforo em frente à Faccin Bicicletas. Seguir a esquerda na rua principal- Euclides Kliemann, mais uns 400 metros e seguir em frente à direita no semáforo. Cruzar em frente ao Posto da Brigada Militar e seguir em direção a Rio Pardo.  Após a ponte seguir na rua lateral à direita. Seguir em frente no trevo e logo depois você vai cruzar em frente ao Hotel Feldmann- local de largada do brevet 400km. Seguir em frente até o final da pista dupla/lateral, seguir na rodovia 471 em direção a Rio Pardo.  

Você esta seguindo em direção a Rio Pardo, mas 6 km depois do final da pista dupla do Distrito Industrial de Santa Cruz do Sul, você deverá seguir a direita pouco antes do viaduto que cruza sobre a BR 471. Ainda vai estar escuro e este viaduto não é iluminado.
Agora você estará pedalando na estrada nova, chamada de “Nova 471”, que já não é tão nova e que na realidade a estrada é:
RS 412 até o viaduto sobre a RS- 287 (km 33,95 do brevet);
RSC 153 até Barros Cassal.
Depois de entrar na rodovia RS 412 ( nova 471) você vai seguir sempre na mesma estrada até chegar na BR 386 e estar muito próximo do PC-1.
 Na entrada da RS-412 a altitude é de 66 metros. Este com certeza será um dos melhores locais para se pedalar pois o percurso é plano com decidas e subidas leve, o asfalto é quase novo e até o viaduto sobre a RST 287 o acostamento é bom. O cuidado é com os tachões em alguns pontos, principalmente nos trevos e viadutos. Depois do viaduto sobre a RST 287 a rodovia troca de nome e o acostamento passa a ser uma faixa estreita e mais suja. Quem chegou até o brevet de 600km já é experiente e sabe pedalar em estradas perigosas. O uso de espelho retrovisor é recomendado.  A estrada é a mesma utilizada no brevet de 200km do Várzea Bikers. O percurso é moleza até o trevo/rotula de entrada para Ferraz. Ah! Ferraz, mas é ali que inicia a subida.  A serra é boa de subir e de manhã cedo não tem transito. A altitude máxima da estrada é de 629 metros e lá na altura vai ser o PA-1, no km 75 do brevet.
Chegou  lá em cima, eba, chega de subida! Que nada, vai ter decida e subida, ir do PA-1 até Soledade não é fácil, mas assim que clarear o dia é possível avistar as belas paisagens.
PA-1- Posto BR- Paradouro Serrano, é aconselhável um café, o restaurante atende a partir das 5h:30h
Depois do PA-1  é necessário observar a reposição energética e hidratação e ponto importante é o trevo de entrada para Barros Cassal ( altitude 621 metros e km 109 do brevet). Barros Cassal fica a 35,71 km do PA-1 e a 43 do PC-1 e estes últimos quilômetros são com pouca estrutura na estrada. A opção de alimentação é chegar no Restaurante do Carlão PA-2 (km 106 do brevet) de alguma bebida ou comida.
Depois de Barros Cassal:
A estrada não tem asfalto novo e existem alguns buracos, mas será dia;
A faixa estreita de acostamento está tomada pelo capim em muitos trechos;
A estrada tem mais transito de veículos.
Para compensar a altimetria parece favorável, mas só parece.

Do  trevo para Espumoso até a Br386 são 6 km e a estrada  tem vários buracos. É importante ter atenção.
Chegando na BR-386 é importante ter atenção pois é preciso cruzar a rodovia a seguir a esquerda em direção a Soledade. O PC-1 fica no segundo posto de combustível, Posto BR Dona Adélia. No posto sempre estão muitas carretas estacionadas e nem sempre o PC vai estar tão visível. O PC será no restaurante. É importante comer algo. Aconselho se possível almoçar aqui.
Saindo do PC-1, Posto Dona Adélia na BR-386 é importante ter atenção pois é preciso cruzar a rodovia a seguir a esquerda em direção a Lajeado- Porto Alegre. Seguindo apenas 2,3 km você vai chegar ao pedágio.  Apenas 1400 metros depois do pedágio fica a entrada da RS- 332 para Arvorezinha.  Este é um dos locais mais perigosos do brevet, a BR 386 não tem acostamento e é preciso atravessar a pista, aguardar no canteiro central para depois cruzar a pista do sentido contrário.
O asfalto até Arvorezinha era novo, tem pouco transito, mas tem apenas uma faixa estreita de acostamento. Os primeiros 12 km desta rodovia são basicamente planos e quando iniciar uma decida mais inclinada logo você vai ver placas de atenção ponte estreita.  A ponte é metálica e só passa um veiculo por vez, depois da ponte tem uma subida.
Até o PC-2 no Mercado Guerini ( logo após a entrada para Itapuca)  você vai enfrentar mais uma subida difícil e as demais não são tão longas e nem íngremes. Na chegada a Arvorezinha é só seguir as placas em direção a Ilópolis. A paisagem é bonita e compensa.
Informações:
Paradouro Serrano= 51-3708-3000
Posto Paradouro Serrano  51-9655-2901 das 5:30h até 22h
Restaurante do Carlão 54-9612-5124
Restaurante Dona Délia 54-3381-5292
Mercado Guerini em Itapuca- 3772-2302
Comercial Reginato na entrada de Dr Ricardo 3756-1026 r-220  ou 9997-1022
Posto Charrua Acco e Acco em Dr Ricardo lancheria Ari caron- 51-9999-8403
Policia Rodoviária Estadual- Pelotão Santa Cruz 3715-1311
SAMU 193
Concessionária Planalto- Soledade-0800-7073114
Rodoviária de Barros Cassal=54-3384-1200/ 1153.